sábado, 27 de setembro de 2008


O planeta, só pode ser tão licito e produtivo. Quanto as pessoas que nele vivem.
O universo, sempre será uma escola de diferenças. Uma aula de constantes abrangências a todos os universais patamares. No entanto, a humanidade, já poderia viver melhor. No contexto do tempo atingido.
O ouro, somente chega até ao sepulcro. E rico! É quem tem o vizinho a viver bem.


DOUTORES

Hoje, soberanias.
Tiranias.
Manias.
E felonias.
São outras.
Neste mundo de contras.
Mas ao pobre, muito mais gravosas.
Até mesmo criminosas.
Doutores tais calhaus.
Dão-nos com paus.
Escondidos entre véus.
Olhar, somente aos seus céus.
Chorar nem a Deus.
Servimos ateus.
E a ouvir os maus.
Negamos as naus.
Bandeiras são trapos.
Sujos farrapos.
Mãos são sacos ávidos.
Aos Pátrios vendidos.
Por estes doutos, no mal esclarecidos.
Eduardo Dinis Henriques
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CANTOS

Aprendemos com doutores
A lutar por valores.
Tínhamos coração.
Éramos unidos à Nação.
Éramos brancos, amarelos e negros.
Também, tinha-mos degredos.
Não havia segredos.
Respeitavam-se de outros credos.
Agraciava-mos os trabalhadores.
Punia-mos os conspiradores.
Mas, a um mundo melhor construíamos.
As ideias que, respeitava-mos e seguíamos.
Tinha-mos sangue de egrégios
E princípios régios.
Com devoção.
Aprendíamos a oração
Em alegre ovação.
Em sintonia aos distantes cantares
De Lusos altares.
Que ao mundo.
Navegado o mar profundo.
Deu conhecimento.
Mais e melhor merecimento.

Eduardo Dinis Henriques
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MINISTÉRIO

Esperançadas crianças.
Alegres em suas tenças.
Acatam sorridentes
Ao ensino de suas mentes.
Mas, no ouvir de tantos falantes.
Uns crentes, outros descrentes.
Tragicamente ficam adiadas.
Ao jugo de pungentes piadas.
Que vão dando as escolas por encerradas.
Com as novas escolares determinações.
Surgem as recriminações.
Clama o sindicato por melhor feito.
Chora o senhor professor insatisfeito.
Brama o Ministro por tudo perfeito.
No meio de tanto defeito.
Levanta-se o pleito.
Não há peito nem jeito.
Ao ensino não há conceito.
As escolas, sem mestres nem tabuadas.
São hoje, rudes pedras amontoadas.
Erguidas, sem pedagógicas portadas.
Camões! Já não é merecido.
D. Sebastião! É o vero desaparecido.
O hino Nacional! Já não é apetecido.
O actual magistério.
É um prognóstico um mistério.
É o espelho de politicas atabalhoadas.
O reflector das escolares patacoadas.
É a prepotência dos mal licenciados.
Ao poder viciados.
Neste ajoujo de políticos convencidos.
Os professores, foram esquecidos.
Os deveres desobedecidos.
Em livros politicamente desvirtuados.
Ao gosto dos votados.
Neste antro de revoltados.
O aluno desconfiado.
Resta atrofiado.
De nenhuma Nação será aliado.
No primeiro livro! Já sorri fingindo.
E ao estudo mentindo.
E à vida agindo.
Começa cedo a aprender
E a compreender.
Que, entre tanto dizer e político critério.
É com o actual ministério.
À vida crescer sério.


Eduardo Dinis Henriques
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NEGRA CAPA


Em continua aprendizagem.
Sigo a minha viagem.
Caminhando ao sublime eterno.
Neste terreno inferno.
Aonde o douto não é fraterno
Do ígneo ao nada
Estagna finada
Esta terrena vida danada.
Negra faculdade.
Sem humanidade.
Não há leite em tua cabra.
As actuais sebentas, deram-na espúria e macabra.
Lóio danado
Causativo de tanto finado
Por ti desirmanado.
Resto semimorto e abandonado.
Abjecto erudito
Corrompes em teu dito
Tudo quanto é bendito.
Negro de capa e espírito.
Causador de tanto humano grito.
Teu canudo são garras espúrias.
De infindas humanas lamurias.
Não há quem não te tema.
Ilustrado anátema
Ao hemiciclo assalariado
És um inútil viciado
Fingidamente irado.
Aprendeste em viperina sebenta..
Tua espúria conduta sedenta.
Perdeste o amor e o calor
Dormes com Satanás teu valor
Há humanidade és um pavor.
Não sedes a um humano favor
Nefando político doutorado
Trazes o mundo amargurado.
Não passas de um doutorado analfabeto e despótico
Da humanidade não és pórtico.
Oh desgraçado humano
Cidadão profano
Só de ti és ufano.
Capa negra e doentia
Não tens nenhuma serventia
Teu saber é mais desgraça.
À fome que contigo graça.
O tempo alarga a ciência .
À humana existência.
Mas tu, negra capa, de fatídica demagogia. .
Na força de um canudo sem deontologia.
Atrasas a humanidade
Na sua universal continuidade.
Grito negro de orgia.
Povo sem divina liturgia.
Mundo de amargura.
Em blasfémia encapada ditadura
Hoje, já não tropeço em pedra dura.
Mas sim, em corpo de fome, para a rua atirado.
Pela capa do letrado.
Capa de mentecapta escravatura.
És humana impostura.
Eduardo Dinis Henriques
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LETRAS

Há quem escreve.
Mas do mundo nada transcreve.
Nem humanas necessidades descreve!
Escritos de persistente omitir.
Passam a revolução a mentir!
Sem nada de inaudito transmitir.
Letras sem assuntos.
Apócrifos cantos.
Repletos de insultos.
Ao serviço de estranhos cultos.
Sem alma a santos.
Um inquirir sem encantos.
Fazedores de falsa história.
Sem qualquer meritória!
Débil mental.
Serei eu sempre um sentimental?
Oh! sublime morte.
Quando o corpo não tem norte.
Oh! negro destino.
Desta escrita sem tino.
A tinta é importada.
A agitadores emprestada.
É de um falar estrangeiro.
De nefasto pregoeiro.
É escrita do demo mensageira.
À Pátria, não serve como guerreira!
Incendeia a fronteira.
Oh! falsa liberdade.
De improlífica igualdade.
Proclamas honestidade.
Com o punhal da brutalidade!
Vives do látego de infausta politica.
Visionária escrita erotemática.
Oh! minha mãe, que ao mundo me deste.
E logo pelo mundo me perdeste.
Logo eu, que, esta escrita não sei ler.
Terei que à Pátria valer.
E ao mundo Portugal mostrar.
E o luso Padrão ilustrar
Neste universal
De Portuguesas lágrimas de sal.
Eduardo Dinis Henriques

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MOCHO


Mocho! De dia, o sono expias.
E no escuro da noite pias.
Nasceste para as rapinas nocturnas.
Vives de habilidades soturnas.
És, ave agoirenta para os supersticiosos.
Símbolo de astúcia aos estudiosos.
Nome de animal sem chavelhos.
Árvore de troncos derramados e velhos.
Navio desmastreado.
À deriva resta desnorteado.
Mocho da judicatura.
Nas negras opas... Brutal legislatura.
Estudante, transcritas as sebentas.
No mocho! Ao exame te sentas!
À procura de pessoais volúpias.
Na arteirice da negra capa copias.
Pois não procuraste sapiência!
No mocho da ciência.
Buscaste sim! O diploma da licenciatura.
Para te instalares no mocho da ditadura.
Como qualquer pança, de vulgar criatura.
Que, a esperteza e astúcia formou mentecapta.
Faltou ao curso… A inteligência de pessoa apta.
Para servir com discernimento.
No mocho da argúcia e merecimento.


Eduardo Dinis Henriques
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MALCRIADOS

Todos falamos.
Choramos
E cantamos.
O momento.
É o lamento
Ou o contentamento.
Uns mais cultos.
Outros, mais brutos.
Alguns letrados.
Mas poucos são os educados.
Pesado, é o fardo dos malcriados.
Temos artistas e técnicos.
Escribas e mecânicos.
Entre mil artes e ofícios.
Muitas mãos em sujos desperdícios.
Mas os mudos.
Continuam calados.
Por mais que gesticulem
Saltem e pulem.
Todos escutamos.
E barafustamos.
Mas os surdos, não curamos.
Nem perspectivamos.
Doutores e veterinários.
E muitos mais universitários.
Profetas e atrevidos.
Um rol de convertidos.
Militares e políticos
Químicos e físicos.
Enfermeiros e médicos.
Cientistas e curandeiros.
Cozinheiros e padeiros.
Caminhantes e votantes.
.Mas poucos são os valentes.
A demandar por Pátrios dirigentes.
No saco dos votos de indigentes.
O mundo, vai caindo no ruído dos moucos.
Pelo calar dos roucos.
Nem todos comemos.
Mas todos tememos.
E quantos, a vida sofremos?
Divinos milagres.
Fé dos alegres.
Há que conquistar melhores ares.
À humanidade, não pode haver calares!
O planeta é farto em recursos.
E até, há técnicos com universitários cursos.
Mas só nos palácios há banquetes.
De orgias e beberetes.
Leite de burra... Para banhos.
Das concubinas de quem nos nega os ganhos.
Os universais agasalhos.
Há ministros nas agriculturas.
Mas não se vislumbram sociais culturas.
Há bispos nas dioceses.
Mas não se trabalha a humanas benesses.
Generais formam os exércitos.
Mas não se constróem Pátrios créditos.
E na humanidade dos destituídos.
Cada vez há mais caídos.
Corpos de esfomeados.
Em falsas leis ameaçados.
Com impostos sobrecarregados.
De tudo se vêem sonegados.
Ao jugo dos actuais tétricos políticos, vegetam acorrentados.
Crianças letárgicos esqueletos.
Agarradas à fé dos seus amuletos.
Quantos martírios!
Em escusada vida de suplícios.
Senhores! Ministros dos proveitos!
O universo estipula conceitos.
E obriga a humanos respeitos.
Há humanos direitos.
É crime deixar irmãos moribundos.
Neste correr de universais mundos.
Aonde se queimam excedentes planetários.
Para fins monetários.
Esquecendo os princípios humanitários.
Num igual crescer a defuntos
De corpos mortos.
De um todo, nu de nascimento
Ao mesmo firmamento.
Eduardo Dinis Henriques


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PEDRA

Pedra! De sangue e lágrimas.
Teus filhos honras granjearam.
Para lá da oceânica neblina!
Camões legou as rimas.
Dos heróis que pelejaram.
Há Pátria! De forma cristalina.
Pedra! De universais colinas.
O sol, a teus campos, continuo espelho.
Abraça o todo granjeado!
Honra à Bandeira das Cinco Quinas.
Da caravela de rudimentar aparelho.
Que, o mundo deu por navegado.
Eduardo Dinis Henriques
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PEDRA

Madrugada de continua matança!
Teus filhos pariste.
Misérrimo parto!
Pedra! Quantos penedos?
Nos legaste por desgraça.
Abrilada, de infindos enredos.
A quem nos constrangeste.
Teus feitos perdeste!
A glória, traíste!
E hoje, já de ti farto.
Vive o país sem graça.
Em total descrença.
Nas politicas destes académicos penedos.
Herdados da tua madrugada.
Os quais, a ninguém dão esperança.
A vida de melhor aventurança.
Eduardo Dinis Henriques
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MEMÓRIAS


Lembranças... Resquícios de memórias.
Umas, virtuais, outras, inglórias.
Neste aglomerar de costumes e rituais.
Ao encontro de cemitérios espirituais.
Insaciável passado.
Por tantos pensadores devassado.
Futuro incógnito, ainda encoberto.
Por tanto empírico, ficticiamente descoberto.
Corporais e profanados necrotérios.
À descoberta dos metafísicos mistérios.
Curso de tantas sepulturas.
Nesta vida de infindas loucuras.
À criança nascente.
Surge a relação crescente.
Brota a inteligência.
Intelecto em convergência.
Nesta humana abrangência.
As amizades evidenciam-se.
E, com o tempo, apreciam-se.
Ou, depreciam-se.
Neste viver de afinidades.
E, incongruentes futilidades.
Futuro de provecta existência.
Quanta antecedente convivência.
Me elevaram a este pedestal de moralidade.
Ou, me adestrar na memória da delinquente maldade.
Morte que o corpo purificas.
No constante viver que edificas.
Memória de lágrimas e alegrias.
Neste viver de alegorias.
Que, ao amigo morto, expurga seus pecados.
E o eleva em infindáveis predicados.
Emocional recordação.
De quem olha o passado com o coração.
Sem a maldição do egoísmo.
Nem o ferro do antagonismo.
Memória seculares curiosidades.
Neste sonhar de espiritualidades.
Outorgador da vida ao corpóreo esqueleto.
Ainda animado ao supersticioso amuleto.
Neste contubérnio de memórias ancestrais.
Que, neste fantasmagórico viver lembrais.

Eduardo Dinis Henriques
= = = = =
CANALHA

Falar! Ou não falar?
Calar! Ou não calar?
Não consentir? Ou consentir!
Mentir o de outro mentir.
É perdoar o danoso.
É consentir o criminoso.
È aquecer o ferro que, na carne ardia.
Em humana cobardia!
Nua criança... Assim não avança.
No vilipêndio de vil liderança.
Ignominiosa impostura
Do líder sem compostura.
A nação, outrora grandiosa!
É hoje, entre si odiosa.
Neste estagnar amargo
Vive cáustico letargo.
Ó famélicos miseráveis.
Idiotas execráveis.
Neste mundo de aguerridos.
Quereis ser reis floridos?
Em mentecapta alacridade aos cravos.
Indigentes escravos.
Acéfalos negadores de juramentos
Não passam de meros jumentos.
Carregadores de palha
Ao alimento da canalha.
Eduardo Dinis Henriques

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DOUTORAIS
Não largo meu canto
A qualquer pranto.
Longe vai o encanto.
Da capa... Nosso manto.
Hoje, doutos... doutorais.
Sois Animais Brutais.
Nem mereceis maiúscula
Nasceis de cátedra minúscula.
Sois das letras tenebrosa mácula.
Não passais de arrais...
Por mais que berrais.
Vosso gritar ferino...
Ao mundo... Não tem tino.
É, viperino hino.
Ás gentes não dá destino.
doutos... Discursais!
Com dialécticas infernais.
Outros doutos... Admirais.
Mascarados em capas iguais.
doutos irreais.
Em nada sois curiais
Arrazoado de anormais.
A, acepção descurais.
Na citação não sois textuais.
São vossos doutos parceiros.
Que, disparatam dos ditos brejeiros.
Ou se lhes convêm, berram lisonjeiros
doutos da erudição mensageiros
Não passais de nefastos pregoeiros.
Meu canto, eu não largo.
Mesmo vivendo neste letargo.
A PORTUGAL, meu pranto amargo.
Por estes doutos que, arrasam a Nação.
Por trinta réis de depravação.
Eduardo Dinis Henriques
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