sábado, 6 de setembro de 2008

E DESTA NAÇÃO DE MAR INFINDO TERMINA SEU POVO SERVINDO


Velas Brancas
Ó nau... Sem alma pecaste!
A outros, o rumo entregaste.
Os teus... Negaste.
Com maus ventos, sem norte mataste.
A bandeira esfarrapaste!
Que farda tu usaste?
Que bandeira hasteaste?
À Nação que escravizaste.
De ferro, corpo de crente...
No saber crescente...
Resto ao omnipotente.
Ó Deus... Que Portugal ungiste...
A descobrir o longínquo que existe.
Com alvas velas o mundo cingistes...
A tua gente uniste!
Sagres! Farol ao distante.
O Divino foi costante...
Aos mares o vento o bastante.
Às velas possante.
Foi mareante... Sempre no quadrante.
Da rota do infante.
Foi de DEus a mão a armar-te.
Não é forte o homem a findar~te...
Ó Pátria do Infante. A Deus vou rezart-te.
O vento virá refazer-te e fortificar-te.


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PORTAL

De, quem?
Eu? Tu? Ninguém?
Qual? Este fim?
Nesta origem... Afim?
Em constante transformação.
A nova porta de construção.
Será incubação de uma visão?
Força da criação... E missão?
Ou simples matéria em mutação.
Num eixo em transmissão?
Sem qualquer submissão
Aos corpos em movimentação.
É a rotação
Banal oscilação?
Escape de gaz...
Em cair fugaz.
Que na idade conduz
À velocidade da luz...
De sagaz cor sandiz...
Que perdiz
O abrir da noite
Clarividente.
De chama distante...
Ao fogo do dia poente.
Nascente...
Água que é fonte
E leva a sede
Desta gente.
Portal
Imortal!
Deixa a tua porta aberta
À nova descoberta


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MAUS VENTOS


Gélido vento...
Fustiga meu corpo sem alento.
Neste espiral de funesto padecimento
Não se vislumbra evidente merecimento.
Belzebu! deu-te espaço a florescer.
Mas Deus! Não te dará o dom de crescer.
Nem de prosperar! Muito menos de rejuvenescer.
Esta nacional baixa depressão.
Nega de Portugal quem lhe teve confissão.
E honrou nobres juramentos de fidelidade
Há Portuguesa Nacionalidade.
Ventos malfazejos
De perversos despojos.
Tua malignidade... Expiraram em ruínas.
As terras das Cinco Quinas.
Ao teu espiral turbulento
Manifesto meu lamento.
Enquanto a Deus rezo a todo o momento
Por um vento a Portugal mais auspicioso e atento.
Em teu fustigar rudimentar
Repudias em teu ventar
Nacional alimentar.
Negas Pátrio abraçar!
És vento de funesto desgraçar.
Levas de rompante conquistas milenares.
Largando as populações a aterradores penares.
Mas por mais que, teu vento sopre a resmungar.
A seu tempo, de Deus, virá o teu excomungar!


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GRITO


Grito dilacerante e deletério.
Que, a todos nos levará ao cemitério.
Altaneira no delírio das quimeras
De homens no estado de feras.
Rasgasse a nacional bandeira
Rubra cor de tanta canseira.
Saltam à rua os malandros.
Homens... De lúgubres meandros.
De falsa e estéril autoridade.
E obnóxia dignidade.
Luto de conflito miserável
É o caminho deplorável
Desta orbe de bandidos.
Os quais, a Portugal, não foram merecidos.
Deste grito eversivo.
Enceta em Portugal a governar o subversivo.
Neste pandemónio gritam campónios.
Gestículam anónimos sábios.
Mas nada é concretizado
Neste país... Num dia polítizado.
Formam-se partidos
De perniciospos destinos.
Da Portuguesa humana massa... Excede~se a escória
A fomentar à discordia.
E o Portugal outrora competente
Resta hoje, como pobre padecente.
E desta Nação de mar infindo
Termina seu povo... Por mal servindo.







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