sexta-feira, 30 de abril de 2010

EU

Céu, Terra e Mar.
Do crepúsculo patamar.
E do meu eu, espirito!
A criar celestial grito.
Para além dos confins.
De todos os mundos afins.
Segue o meu eu, o desconhecido.
Neste corpo merecido.
Ao espaço da sua temporalidade.
Num todo de infinda idade.
O tempo, sopra o vento.
Do todo, lamento.
E eu, caminho o tormento.
Do meu vivido momento.
Ou a satisfação!
Da minha formação.
Céu, Terra, Mar. E mais do azul celeste .
Que em anil o todo veste.
Mas pouco o homem conhece.
Enquanto o meu eu, o corpo envelhece.
Em obediência ao chamamento.
Que sem lamento.
Força o meu eu, a uma mais sábia integração.
Ao Céu, Terra e Mar. E sua criação.
Eduardo Dinis Henriques

quinta-feira, 29 de abril de 2010

VERGONHA E CRIME

VERGONHA E CRIME

Fiscalizam-se tavernas, mercearias, feiras e mais estabelecimentos. Ainda bem! Eu pessoalmente, até gostaria que as fiscalizações fossem mais assíduas e eficazes. Evitando-se assim, a possibilidade que devido a alguma irresponsabilidade ou descuido de gerentes comerciais. Muita gente tenha que recorrer aos serviços de saúde dos hospitais. Mas igualdade só é igualdade. Quando o fiel da balança desconhece o conteúdo dos pratos. No respeito por direitos e deveres. Devia-se também fiscalizar os hospitais. Como outras instituições governamentais. É legal, moral, ou ético, que um doente em: 23/02/2010, vá às urgências por uma questão de saúde. Seja nessa data, nas urgências algaliado e o mandem para casa com uma requisição para consulta da especialidade. Com caracter de urgente. Mas mesmo assim, a mesma. Só é marcada para o dia 05/07/2010 Ou seja, o doente tem que andar algaliado à espera da consulta. 4 Meses e 12 dias. Para mim, isto é uma vergonha. E aos responsáveis que permitem esta vergonhosa falta de respeito por quem necessita de cuidados médicos. Não devia ser permitido exercerem cargos públicos. Estão estas instituições a respeitar o consagrado na constituição? Estão os hospitais a prestar às populações um serviço de saúde de qualidade?

Já o corpo não sinto.
E na dor, à Alma minto.
Nesta espera interminável
Que nada tem de saudável.
Em sofrimento, sonho com lazer.
Sem nada que fazer.
De olhos fechados.
Penso no toque de finados.
Morreu em mim a crença!
E a doença...
Já é uma brincadeira.
E prolongada companheira.
A levar meu corpo até à falência
Nas salas de urgência
Da nossa saúde hospitalar.
Ante câmara. Aonde a morte, vem acasalar
Com o moribundo.
Que sem tratamento no hospitalar mundo.
Já se vê defunto.
No abismo de hospitalar abissal fundo.
As batas são multicolores.
Tal tela de Picasso. A verter mil cores.
Mas mais são as dores!
E os temores!
Dos muitos pacientes.
Que impacientes.
Se lastimam na hospitalar precariedade.
E doentia promiscuidade.
Por uma bata, que se debruce sobre a sua maleita.
Que a vida lhe enjeita.
Malfadada urgente espera.
Aonde a vida desespera.
Enquanto as maleitas se vão agravando.
Porque a consulta à sua dor se vai atrasando.
Num calendário irresponsável.
E ao médico juramento imperdoável.
Neste servir a uma tutela que não dignifica a saúde.
E vai calando o utente no silencioso ataúde.
Da sua legalizada irresponsabilidade.
Falta de ética e imoralidade.
Eduardo Dinis Henriques

quarta-feira, 28 de abril de 2010

POLÍTICAS TRETAS

Só a ignorância e a maquiavélica desumanidade dos mandantes. Força a humanidade a tanta brutal social assimetria. Mas hoje, século XXI, em prejuízo das governantes vaidades. E até talvez por medo. Os sumptuosos palacetes de outrora. Não passam de museus. A recordar as vaidades do passado. Ou de restaurantes a políticas folias. Enquanto os governantes vão camuflando os seus haveres em paraísos fiscais. Ou investindo em propriedades em diversos países.
Devido a esta brutalidade e ignorância. Por todo o mundo. Já tresanda o cheiro de uma nova Bastilha.

Eles lá andam mascarados.
Mas montados em grandes ordenados.
A implorar aos sacrificados.
Por mais tolerância
Recato e observância.
Neste peditório.
Deambula o político finório
Com o seu falso falatório.
A vender a banha da cobra.
E a confiscar o pouco que ao pobre sobra.
A treta, é sempre a mesma cantada.
Mas o pobre, é que leva sempre a dentada.
Todos unidos não tememos.
E juntos venceremos
Esta crise internacional.
Que veio lesar o tesouro nacional
E dificultar o nosso trabalhar.
Sendo o português é um povo de batalhar.
Com o de todos sacrifício.
Veremos futuro beneficio.
Mas os gritantes malfeitores.
E desta crise feitores.
Não abrem mão, das suas instituídas regalias.
Das suas palacianas folias.
Até já para Paris, se pagam viagens a deputados.
Enquanto o Zé povo, vive com cintos sempre apertados.
E tem que trabalhar até à morte.
Sem que a vida, lhe dê benéfico norte.
Enquanto os causadores desta miséria
Continuam com a sua política léria.
A comer o por outros trabalhado.
E com muito sacrifício amealhado.
Eduardo Dinis Henriques

domingo, 25 de abril de 2010

EUROPA

Segundo o difundido publicamente. Portugal vai emprestar um saco de milhões. A um parceiro desta política. Do politicamente convertido em europeu.
GRANDE PORTUGAL. A tua população vive em festa. Cerca de três quartos de milhão já nem trabalha. Tal é a grandeza do país. Que chateado e doente de tanta fartura. Muita da sua população. Vai passar as horas para as urgências dos hospitais. E para não se sentirem sozinhos. E abandonados nesta fartura. São consultados e tratados aos dois e aos três, ao mesmo tempo, no mesmo gabinete. E alguns, dos tão fartos, a precisar de tratamento à sua agonizante fartura. Fazem-se passear de ambulância de aldeia para aldeia. E assim, fartos. Andam tempos e tempos a viver as maleitas de tão próspera fartura.
E como somos um todo politicamente democrático. Congratulamo-nos por não vermos os democráticos políticos. Sentados nas salas de urgência e doentio convívio dos fartos hospitais.
GRANDE PORTUGAL na tua democrática doentia política. A fomentar a raiva nos cães. Até já HÁ quem coma do caixote do LIXO.

Já ando farto!
De tanto político parto.
E de tanto rato!
A comer no meu prato.
E assim farto, vou passeando.
E pelos hospitais andando.
Sem ver melhores partos
No meio de tantos políticos fartos.
André! Empresta-me uns cobres.
Para fazer frente aos meus pobres.
Vê-se que tu és rico e anafado.
Até hoje o fado.
Na actual liberdade
Já canta com saudade
Os tempos amargurados.
E chora pelos antepassados.
Eduardo Dinis Henriques

sábado, 24 de abril de 2010

EU

EU
Levassem-me os sonhos
A todos os desejados carinhos.
E que todas as luzes iluminassem.
E magnetizassem.
Os meus mais sublimes pensamentos.
Dando asas aos meus sentimentos.
Para o Céu espelhar.
E por toda a terra espalhar.
Entre a humanidade.
Fecunda felicidade.
Incutindo em cada coração.
A força de alegre oração.
Reabrindo assim com satisfação
E redobrada afirmação.
A Alma a novas emoções.
Na concretização de todas as ilusões.
E que todo o eu, abri-se os seus braços
Em amigos abraços.
E logo todo o eu, o coração abri-se.
E entre todos os eus, com ternura se sorri-se.
Eduardo Dinis Henriques

sexta-feira, 23 de abril de 2010

ELEITOS

Para que não se viva momentos enxovalhantes a desacreditar quem é honesto ou não. Deveria ser obrigatório que o eleito por determinado sitio. A ou B. Mora-se no sitio A ou B. E no local da sua morada. Fosse obrigado a ser recenseado. Com este simples procedimento. Evitar-se-iam
Muitos aborrecimentos e possíveis fraudes. E haveria um maior controle dos eleitores, em caso de eleições.
Eu procuro: O que é que, tem Paris, a ver com a Madeira, ou com os Açores? Essa terrinha nem é Portugal.
Com estes legalizados empreendimentos. Qualquer dia, o Entroncamento. Apresenta-nos um seu eleito. Com residência em Marte. Ou quem sabe? Se nos arranjos e ficção das políticas. E raciocínios formulados em quânticas hipóteses Não vai aparecer por ai, um eleito, de desconhecida Galáxia.

Paga Zé pagante.
Caminha como cavaleiro andante
Desta tropa de eleitos.
Sempre insatisfeitos.
Que em demanda de mais cobres
Andam pelas políticas a catar aos pobres.
Paga Zé penante.
A doutorada quer seu garante.
E tu não passas de um andarilho
Sem licenciado trilho.
Tens que ser a força trabalhadora
A alimentar a classe doutora.
Paga Zé pobrete.
Se não queres levar com um porrete.
Tens que custear quem não te deixa amealhar.
Mas te força a trabalhar.
Olha que esta doutorada de aparos viciados
Têm os serviços municiados.
Escutas e olheiros.
Em cima dos teus dinheiros.
Paga Zé calado.
Se tivesses sido acautelado.
E à Pátria disciplinado.
Não andarias agora arruinado.
Com gritos desalmados.
A chamar pelos antepassados.
Paga Zé vai com todas.
Canta as novas modas.
Enquanto eles enchem a pança.
E tu vives sem esperança.
Mesmo depois de muito chafurdares.
Um duro cibo de pão mastigares.
Eduardo Dinis Henriques

quinta-feira, 22 de abril de 2010

VERDADES

Diz-se: não há duas sem três. Como não há fumo sem fogo. É verdade. O planeta, também tem a sua realidade. Comprovada na existência do seu todo. Assim, a estas comprovações. À que juntar outras. Que legalmente vão esfumando o planeta. A maior parte dos dirigentes planetários são licenciados. E das duas uma. Ou as faculdades não prestam. Ou são eles que não prestam. Como prova desta verdade. A miséria em que vive o planeta.

Quero comer. Mas não sou dirigente.
Mas também sou gente.
Embora na chaga da enxada.
Tenha a mão inchada.
Caminho de vazia barriga.
Na instituída política briga.
Que na caneta se fecunda.
Enquanto o mundo afunda.
Sem qualquer humanismo.
Em interesseiras leis de proteccionismo.
Que só aos políticos e seus correligionários.
Garantem todas as benesses e ordenados milionários.
Que fazem as personalidades.
Da treta de faculdades.
Que os números vai ensinando.
Aos doutores que o mundo vão minando.
Na ganância de só eles, incharem a pança.
Com o trigo, que a todos, daria vivida esperança.
Lentes da ignorância.
Quanta mais paciência.
Resta ao mundo que basta.
Para ensinar à doutora casta.
A convergência dos números.
Em contas de colectivos esmeros.
Sem a ficção da quântica.
Que somente à política.
Incha a carteira.
De forma legalmente trapaceira.
Eduardo Dinis Henriques

quarta-feira, 21 de abril de 2010

ENGANADOS

Os mandantes dos governos. Fomentam as crises. Que os governos autorizam. Crises estudadas ao enriquecimento de alguns. E à eleição de outros paladinos. Subservientes aos mesmos mandantes. Que alteram as cores em função do ruído dos votantes.

ENGANADOS
Nestes terrenos infernos.
Andam os governos
De Anás para Caifás.
A propagandear falsas rifas.
É um eleger de letrados.
Ou de militares armados.
Às ordens dos seus mandantes.
Que escondidos, são os verdadeiros mandantes.
Desta cáfila de presidentes.
Que nos obrigam à situação de dependentes.
Da escravizante globalização.
Que se impõem sem Ética nem Nação.
Num total desrespeito à civilização.
E desejada global humanização.

Eduardo Dinis Henriques

domingo, 18 de abril de 2010

EU

EU
Ao meu eu. Que eu ainda não consigo.
Mas na força do mesmo sigo.
Nada é inútil.
Até o fútil!
Muitas vezes. É um aprendizado útil.
Para continuar comigo.
A força do todo ser amigo.
Fosse o meu eu, mais sabedor.
Da vida, seria eu mais merecedor.
E a todos os eus mais fraterno.
Amigo e terno.
E ao todo compreenderia.
E com amor responderia.
Com versos apaixonados.
Aos desabafos dos desamorados.
Fosse o meu querer amor e sabedoria.
Em todos os eus reacenderia
A chama de nova alegria.
Num querer de vida enamorado
Mesmo quando amargurado.
É o trilho da existência.
Em solitária vivência.
Fosse o meu olhar luminosidade.
A reflectir felicidade.
Tanto o dia como a noite e o descanso crepuscular.
Seriam sempre palco espectacular.
Aonde todos os eus se amariam.
E no sublime desejo do amor se felicitariam.
Sem julgamentos nem vergonhas.
Mas de braços estendidos às novas cegonhas.
Eduardo Dinis Henriques

quinta-feira, 15 de abril de 2010

EU

EU
Não é por ter voz que falo e grito.
Mas sim, porque o meu ser. Não é um vazio sem sentimento.
É também espirito.
Em corpo que sente a satisfação e o sofrimento.
A dor e o contentamento.
É um todo de Alma e coração.
Que consoante a alegria ou amargura evoca a sua oração.
Assim, o que sinto. Tento transmitir.
Sem nada omitir.
Bem ou mal.
Porque sou um ser normal.
Caminho na minha normalidade.
Com a possível felicidade.
Falo porque não sou hipócrita.
E contra o mal, sempre a minha Alma grita.
Sou contra as frases feitas.
Que só por rimar são perfeitas.
Mas a carecer de útil proveito.
Pecam por defeito.
Fossem elas sempre mudas.
Pois são mais falsas que judas.
E na beleza dos seus florais.
Ferem como punhais.
Quem incauto vi o universo.
Sempre com amigo verso.
Solarengo ou cinzento.
Para mim. O tempo, é sempre advento.
A uma melhor existência.
A um todo, de mais igualitária abrangência.
Chova ou faça sol sou optimista.
Ando no mundo pela universal conquista.
Falo porque acredito na humanidade.
E no beijo dado com amizade e sinceridade.
Eduardo Dinis Henriques

terça-feira, 13 de abril de 2010

EU

EU
Como toda a terrena criatura.
O meu eu. Também apareceu na humana aventura.
E como todos os eus. Trilha as suas futilidades.
Enquanto, mal ou bem, vai vencendo as humanas realidades.
Não é melhor, nem pior. É simplesmente semelhante.
A todo o humano viajante.
Que o seu eu, em crescimento.
A melhor merecimento.
Na rota da vida. De um modo ou de outro. Vai alimentando.
E divinizando.
E assim, ao meu espaço enclausurado.
Vou crescendo com a vida admirado.
Mas quando sonho para lá do horizonte.
Todo o universo ilumina a minha fronte.
Todas as nuvens se desvanecem.
E à minha mente. As estrelas aparecem.
A dar luz à escuridão.
E a expandir a minha vivida gratidão.
Enquanto rogo para que o tempo, me seja suficiente.
E o meu ser obediente.
Ao espaço. E ao tempo. Que nos vai transformando.
E de uma forma mais ou menos intensa informando.
Como todos os eus, a viver vou aprendendo.
E hoje, mais ensinado. Dos erros me arrependo.
Não para angariar divina clemência.
Mas sim, para assegurar melhor existência.
Nesta hospedagem.
De humana passagem.
Eduardo Dinis Henriques

domingo, 11 de abril de 2010

ÍDOLOS

O sol. Forma do contexto universal. Nasce para todo o espaço e forma que no mesmo tem a sua existência e dependência. Mas infelizmente. O ser humano. Amesquinha-se e não respeita a grandeza da sua existência. E por vaidade, ou embrutecida ganância. Fomenta terrenos ídolos. A quem vai dando poderes. Mas como humanos. São os falsos ídolos. Logo se aproveitam da humana fraqueza. E em proveito próprio. Tudo vão sugando. E apertando as grilhetas a quem lhes facultou a caneta. E na penumbra de um sol distante. Se acovardam à sua criminosa espada.

sábado, 10 de abril de 2010

FOME!!!

Porquê tanta social assimetria?
A resposta é simples. Só não a sente ou vê, quem não quer. Ou quem come do politicamente estabelecido. O pobre, estupidificado na sua forçada escravatura. Permite inacreditáveis luxos e milionárias benesses aos assalariados políticos. Os quais, nessa incongruente permissão. Fazem da política uma das mais nocivas industrias planetárias. No entanto, das mais bem pagas e corruptas actividades do planeta. Enquanto, de desgraça em desgraça. O pobre. Mais fundo. Vai mergulhando no abissal fosso das sociais assimetrias. Mas mesmo assim, abruptamente descalço. Na esperança de um dia melhor. Lá vai esfomeado batendo palmas. Na fila de uma das muitas ideologias. Que na força dos seus gritos. Esquecendo a humanidade. Negando o prometido e difundido. Vai guindando os seus avatares. Aos mais autos cargos administrativos. Para mal do planeta e das suas populações. Escravizados! Por um segundo, considerai-vos livres. E sem ideias tendenciosas. Nem hipocrisia. Nem ao serviço dos homens que instituem politicamente tanta brutal desigualdade. Olhai o planeta. Contai os esfomeados e os descalços. Que na nossa estupidificação e inércia consentimos.

domingo, 4 de abril de 2010

EU

EU
O meu eu, em boa vontade espargiu-se.
Mas a consciência afligiu-se.
Ao ver que não conseguia
Encontrar guia.
A uma rota, em que todas as Almas, irradiassem felicidade.
Até ao supremo ninho da liberdade.
Aonde toda a humanidade seria ungida.
E a Luz do Divino, sobre todos os eus espargida.
Mas tal grandeza, ainda o meu eu, não conhece.
Mas sempre, nessa vontade amanhece.
E a essa certeza, é seguro o meu espirito.
E continuo o meu grito.
Neste todo de umbilicais cordões.
Sempre à espera de Divinos perdões.
Como se a vida fosse uma carestia
De Divina amnistia.
E não um querer de aprendizado.
A um todo Divinizado.
Meu eu, sempre ao bem coagido.
Caminha afligido.
Na fraqueza da sua vulnerabilidade.
Indefesa à mesquinhez da sua vaidade.
No todo, sou um eu. Igual aos eus, de toda a criação.
Que canta ao mundo a sua oração.
Mas como todos predador.
E pecador.
Com sonhos e ilusões.
Com pesadelos e desilusões.
Também choro e comovo-me.
Canto e alegro-me.
E com devoção e carinho.
Festejo em vinho
Com sentido ardor
A dádiva do criador.
Mesmo quando me parece atravessar um deserto.
Caminho sem desanimo a passo certo.
Tentando melhorar os meus sentimentos.
E ajusta-los aos Divinos mandamentos.
E assim, sigo nesta aprendizagem.
Aberto a todos os saberes, esta minha viagem.
Eduardo Dinis Henriques

sábado, 3 de abril de 2010

INQUIRIÇÃO

Toda a vida é o passado.
Mesmo que o mesmo. Já ultrapassado.
Não tenha sido desejado.
Mas quem sabe? Se por outros, não foi invejado?
O futuro, recria novas emoções.
E abre do passado as recordações.
Lembranças.
A dar forças a outras esperanças.
Se o homem, pode-se voltar a viver o vivido.
Teria a vida algum sentido?
Este retrotrair no universal movimento.
Não seria a negação do crescimento.
Nesta retrogradação o que seria da memória?
A morte, seria à vida meritória?
Eduardo Dinis Henriques

sexta-feira, 2 de abril de 2010

EU

Se nesta existência.
O meu eu! Cresce-se em benfazeja ciência.
Até ao portal da omnisciência.
Até ao encontro do saber. Porque sou eu! Efectivamente.
Um ser. Com este eu! Em minha mente.
Se das minhas lágrimas. Eu conhece-se a sua herança.
Para a quem chorar. Poder dar esperança.
Se o meu eu, fosse ao todo que eu sou. Um livro aberto.
Para indicar a todos o caminho certo.
Diria que o meu eu. É um ser em universal crescimento.
E se, a esta nascença.
Fosse sempre do meu eu. A sua pertença.
O meu eu. Daria ao todo. O saber, da universal criação.
Um paraíso sem qualquer universal limitação.
Aonde qualquer crescimento e movimento.
Fosse sempre gerador de sublime sentimento.
Uma mão amiga e ao todo servidora.
Farta. E pelo todo, distribuidora e conciliadora.
Mas cada eu, é como uma pequena lagoa.
Encerrado em sua felicidade ou magoa.
A espelhar o vivido que vai passando.
E no seu consciente memorizando.
Enquanto o universo, a um melhor mundo, vai cinzelando.
Eu, cerceado por sombras e margens estranhas.
Muitas vezes a dilacerar as suas entranhas.
Mundo de infindas façanhas.
Aonde o tempo, passa e desaparece.
Para o espaço que o aguarda e merece.
Sem que, eu algum. Consiga apanha-lo.
E na sua forma acompanha-lo.
Assim limitado.
Sinto que o meu eu. É somente à vida emprestado.
Um eu, que caminha como o vento.
Que a todo o momento.
Consoante a temperatura envolvente.
O fustiga de forma diferente.
Eu, na vontade cerceado.
E de seus sonhos apeado.
Eu, que como todos chora e canta.
E à noite, se enrola na sua manta.
A sonhar, com quem o encanta.
Eu, que como todos, ri e entristece.
Porque não alcança o que lhe apetece.
Entre o tudo que lhe acontece.
Um eu, sem fios visíveis a conduzi-lo
Nem um sentimento estável a induzi-lo
Mas como uma qualquer marioneta circense. Dependente.
De exterior força abrangente.
Da vontade do criador.
Gosto e animo do manobrador.
O qual, lhe da animo e movimento.
E reflectido sentimento.
No cantar do seu verso.
Consoante o correr do universo.
Eduardo Dinis Henriques