terça-feira, 27 de outubro de 2009

E NÃO HÁ CENSURA

Na actual cultura, haverá espaço para a arte a Portugal? Ou continuamos com a dificuldade. O que é Português, não se enquadra na agenda cultural. Nem há espaço para essas tretas de fantasmagóricos dinossauros.
Hoje, a arte, para vingar, Tem que ser amorfa. Ou desvirtuada de qualquer temática reflexiva. Que interfira com o passado recente. Com o futuro. Ou foque, qualquer tema, que amedronte o presente.
Assim, na irracionalidade destes medos. Às artes rupestres. Pictóricas formas datadas do paleolítico superior. Dá-se espaço! Até se deixam de construir barragens! Para que continuem visíveis. Será que? Como são antigos traços dos nossos queridos Pais de muitos Pais. De um passado sem fronteiras. Já sem verdade nem mentira. Que possa influenciar a actual gamela da humanidade. À que dar espaço. Não se cria! Não se adverte! Fomenta-se o medo!
Eduardo Henriques

CULTURA

Quantos embuçados?
Entre os engraçados?
Caminham na vida disfarçados?
Bizarros traços.
Arlequins de nacionais embaraços.
Cantares de palhaços...
A insidiosos, esgares laços.
Nestes novos espaços.
De tantos dizeres falsos.
Sem construtivos passos.
Artistas do encobrimento.
Facas ou arpas a qualquer momento.
Mas sempre, escondidas ao crescimento.
Prognósticos sem sentimento.
Danças sem movimento
Em ritmo sem merecimento.
Asqueroso granjear do político cumprimento.
Do aplauso, a interesseiro apadrinhamento.
Sem qualquer valimento
Nem esclarecimento.
Hipócrita envolvimento a sustento.
Comediantes entristecidos.
Mesmo trajados com berrantes tecidos.
Restam no esplendor da cor embrutecidos.
Proscénio de vencidos.
Em seus sorrisos de convencidos.
Corpos adormecidos.
As cores dão desvanecidas
Em artes descabidas.
Funestos cénicos.
Teatral de cínicos.
Neste país de tétricos cómicos.
Dados a fantasmagorias de maus ventos.
E de sofridos lamentos.
Por mortos sem Pátrios vencimentos.
Renegados braços
No meio de tantos estilhaços.
Só do mal abraços.
Em piruetas ridículas.
A esconderem culpas e maculas.
Com embriagadores cantares
Às cores de quais queres pares.
Que se determinem mandantes.
E por inércia do cargo, de altos dirigentes.
Logo conhecedores das artes comediantes.
Palhaçada de indiferentes.
A contar anedotas irreverentes.
De doentio falsear
E louco metamorfosear.
Vedetas bestializadas
Por si próprias banalizadas.
Palcos ridicularizados.
Pelos seus sectários notabilizados
Em entrevistas de apaniguados.
Neste mundo de irados..
Os quais, pela vil farsa ficam lembrados
Neste teatro de tantos espezinhados.
Que, a informação dá por calados.
Neste jornalismo de interesseiras tretas
E falsas vedetas.
Sem reais letras.
Miseráveis pecadores!
Da mentira oradores.
Pataratas escritores
Com artigos de traidores.
Para se quererem importantes.
Afirmam-se descontentes
Dos tempos dos valentes.
Que, a Portugal, foram sempre presentes.
Trágica comédia de divertidos?
Cantadores a qualquer cor convertidos.
Do passado, dizem-se ofendidos.
Mas ao mesmo, não foram destemidos.
Andavam sim nas ribaltas!
A cantar às administrativas maltas.
Corriam ao beija mão.
De irmão, para irmão.
E porque à vida, não eram esforçados.
Nem à Nação afeiçoados.
A descoberto ou encapuçados.
Consideravam-se ameaçados.
Mas viviam aplaudindo.
Comendo.
E bebendo.
Do nacional trabalhar
Do Pátrio amealhar.
Palhaços de nacional desmantelar.
Animais de atrelar.
Para qualquer purulenta ribalta estrelar.
Mesmo que, represente a falsidade.
Desculturizante da nacionalidade.
Há Portuguesa mocidade.
Palhaçada a qualquer fantasmagórica
E grotesca retórica.
Eduardo Dinis Henriques

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

HAVERÁ POR AI PORTUGUESES




Construí uma obra que canta Portugal. A qual, foi criada em homenagem aos heróicos navegadores portugueses. Que, em tosca caravela e rudimentar instrumento, deram mundo ao mundo. Esta obra, foi criada também, em homenagem a todos aqueles que, contra ventos s tormentas, com honra e dedicação souberam preservar e defender o património português.
Não sou artista de profissão. Nem sou detentor de canudo a licenciar nome artístico. Nem tenho pretensões ao estrelado das artes. Sou um simples cidadão.
Meu nome é: Eduardo Dinis Henriques, tenho 64 anos. Sou viúvo. E sou o autor dos painéis construídos com moedas. Moedas de praticamente todo o mundo, embelezam esta obra. Em orgulhoso cantar a Portugal Vivo presentemente em Almada. De profissão sou marítimo. Já naveguei praticamente por todo o mundo. E gosto do mundo, e do povo, que por cá vai nascendo e ainda vive. Sou um ser universalista.
Vivi alguns anos nas Áfricas Portuguesas. Assim como na África do Sul. Também já vivi no Brasil. E andei por muitas mais nações. Gosto do Universo. Mas ainda resido no planeta terra.
Sou um criativo curioso. Gosto de observar e de ver o horizonte com boas cores.
Infelizmente, pelo que se ouve, e se vê, neste incongruente, agitado e inseguro viver. Actualmente em Portugal, as cores são negras, o compadrio impera. E neste vicioso desarranjo nacional. Uma parte da população, sem nada criar, ou melhorar. Diz mal de ontem. Talvez, para sem trabalharem. Comerem o amealhado de ontem.
Porque não gosto de mal dizentes, que nada fazem de melhor. lembrei-me de fazer este trabalho em homenagem a quem, a trabalhar, construí-o Portugal. Este trabalho, vem homenagear também. Quem, contra ventos e vendavais sempre defendeu o Portugal português, com abnegação.
As moedas, neste trabalho, vêem dar ênfase à boa fortuna, que foi o navegar de Portugal ao mundo.
E lá longe, no saber de homens egrégios, O PADRÃO, Assinala PORTUGAL.
Enquanto em seu redor, fala-se na língua de CAMÕES. África encontra-se no Português
Já fiz algumas exposições em Portugal. Mas nunca, com a totalidade da obra. Este trabalho, tem sido noticia em alguns jornais e revistas. Tanto nacionais como estrangeiros.
No entanto, creio que não tem tido a divulgação que devia merecer. Dado o inédito da obra. Talvez, devido ao seu falar claro. Numa verdade que muita gente quer escondida. Para continuar a encher a gamela da mentira e do oportunismo.
A curiosidade em baixo, demonstra o que temos em Portugal.
Ex.
De cinquenta catálogos enviados a administrações públicas estrangeiras. A solicitar divulgação do meu trabalho. As cinquenta responderam. As portuguesas, na maior parte não responderam. E uma, digníssima administração, mesmo, depois de uma segunda solicitação, demorou um ano a responder. Infelizmente, é a gente que temos nas administrações do nosso país.
No entanto, três dos painéis, devido ao seu tamanho e numero de moedas aplicadas, já foram galardoados pelo Guinness Book of Records.
Esta obra, para além de ser um hino a Portugal. É também, na cunhagem de cada moeda, aplicada no painel, um livro aberto à história do mundo.
As fotos, podem ser Vistas em: www.portugalaomundo.pt.vu
Eu, continuo na demanda de um lugar para expor este trabalho Haverá por ai alguém que o queira expor.


INFANTE D. HENRIQUE

Para que o mundo, aqui não fique!
E o Padrão, Portugal indique.
E sem pânico.
Se navegue o tormentoso oceânico.
Tu! Foste o navegador.
O grande impulsionador.
O nauta talentoso
A desafiar o tormentoso.
Nas Graças Divinas.
Fazes navegar as Naus das Cinco Quinas.
E com a Cruz de Cristo nas alvas velas.
Sulcam os mares as Lusas Caravelas.
E para lá do nunca antes alcançado.
Novo mundo é abraçado.
E para que, ao mundo, fique demarcado.
O Luso Padrão, é no longínquo colocado!
A Deus! O recado foi concretizado.
E novo mundo é baptizado.
Foi do Infante a constância
A vencer a pelágica distância.
Mas foi Divina a insistência.
Desta demanda a mais humana existência.
A tamanha grandiosidade.
Escolhe Deus a Lusa nacionalidade.
O Infante é o eleito
Para concretizar o feito.
Serão Lusos os navegantes
A singrar aos novos continentes.
A destronar o tormentoso aterrador.
Em navegar dominador!
Ao mundo, abrem-se novas esteiras
De multicolores bandeiras.
Nas Naus, homens a Deus crentes.
Com a Divina fé em suas mentes.
Filhos de Portugal, ao mar Infantes!
No saber do Infante, que nos fez gigantes!
Sagres! Infante! E um mundo de valentes!
Ao mundo e a Deus presentes.

Eduardo Dinis Henriques

sábado, 17 de outubro de 2009




Ouvindo as mutuas acusações vociferadas pelos actuais políticos, não restam duvidas, Portugal está perdido. E o pouco que resta, somente é distribuído pelos eleitos.
Lendo os jornais, fica-se a saber, que há instituições publicas, a gastar fortunas na concretização de eventos de seu agrado.
No entanto, neste actual mundo de gregos e troianos. O não eleito cidadão, que solicite um espaço ou patrocínio a um seu trabalho Nem sequer merece resposta ao solicitado. Por estes fazedores de gregos e troianos. Que na força das abstenções se consideram votados.
http://www.portugalaomundo.pt.vu Um trabalho a Portugal, que nos dias de hoje, está calado amordaçado num armazém. Dando a ideia de um Portugal, a viver no medo do seu passado.
È simplesmente vergonhoso. Mas pior, é que, com este actual procedimento, por mais que abarrotem de novas tecnologias as escolas. Portugal nunca mais terá filhos a Portugal.
FOTO
Painel Espada Rei D. Afonso Henriques ( O Conquistador )
Neste painel a Espada e o Castelo berço desta Pátria, que deu mundo ao mundo. Um poema do autor faz parte do painel.
Na construção do painel foram utilizadas 2.860 moedas de diferentes valores e metais.

domingo, 11 de outubro de 2009



O NOSSO POVO, que a tudo estende a mão. Assim, como também, as deixa ficar nos bolsos. Na incongruência de nocivas e grosseiras influencias políticas, tem-se vindo a degenerar. E no vegetar a que é obrigado, na força das actuais maldosas e discriminatórias insurreições políticas, que somente correm a tachos e compadrios. Em vergonhosa política vivência, de mútuas e escandalosas acusações. E insinuações, que depauperam e desacreditam a legalidade, honestidade e moral da actual família política. Facilitando assim, todo este malfadado aparato político, o conluiado descalabro e pecaminoso caminho da corrupção e da desordem. Nesta decadência, que progressivamente vai arruinando o país. E forçando na decrepitude do político prosaísmo. E da muita política mistificação o agravamento da crónica doença do povo.
Este nosso povo, umas vezes pacato, outras insubordinado. Virtuoso, mas repleto de vícios grosseiros. Calmo. Mas também, brutal. O qual, na dependência de utópicas promessas, deixa de trabalhar, para passar a viver do instituído subsidio à malandrice. Propina a fortificar a preguiça e a acicatar o egoísmo avarento e mesquinho. Dinheiro fácil, labareda a incendiar carne fraca, a estimular ao cinismo e a esporear a mente criminal. Gorjeta, que perversamente vem perverter aqueles, que ainda neste inferno, estendem as mãos a condigno e honroso trabalho.
Corja de oportunistas, a sugar em Pátria bandeira, que briosamente, nunca defenderam.
Dadores de esmolas que acicatam o povo à pratica de actos imorais. E à criminalidade da pecaminosa liberdade da mentira.
O povo, assim como as administrações políticas. Espelham-se mutuamente. São a cara, de um mesma fisionomia. São a voz e o eco, da mesma vivência. São o grito ou a surdez, do progresso ou do aniquilamento. São um todo a Nação. Ou um todo, a caminho da dependência. São a maquina criminal, da aniquilação de históricas fronteiras.
O povo, no seu todo, e na fúria da sua promiscuidade. Rapidamente perde o norte, o caracter e o bom senso. E ensurdecido no contágio do maléfico. Desordenadamente, esquece quem ao todo foi nobre. E assim, perdido, segue o grito espúrio. Junta-se na cobiça de maior gamela, à sua ralé. Espelhado no todo, é parte integrante da mistificada injuria. É a peçonhenta voz, que vem denegrir quem trabalhou no caminho do bem, a uma consciência de mais humanização e moral.
Mas este povo, assim como o seu espelhado político, que tão depressa, despe o casaco do seu primeiro grito. Como logo traja outra qualquer farpela. E assim, couraçado em nova armadura, no egoísmo de maior gamela, vagueia por todas as gritadas ideologias. Actualmente desvirtuadas e desprovidas de saudável, criativo e benfazejo idealismo, na força da gritaria materialista e do sectarismo bazofiado a pessoais enriquecimentos, pelos seus sectários lideres. Que, facciosamente gritam a mais brilho, a reflectir pelo já fracturado espelho. Cansado de espelhar tanto falseado brilho. Nocivo reflexo. Que dia a dia, raio a raio, vai escurecendo o caminho de melhor comum advir
Mas infelizmente, é toda esta amalgama, toda esta força inconsequente, sempre a contradizer-se. A blasfemar e a benzer-se. A denegrir e a lisonjear, o que conhece, e não conhece. Mas por torpe egoísmo, sempre a movimentar-se no rumo do caminho mais falseado. E do reflexo, que mais vai estilhaçando, o já, tão injuriado espelho. Haja bandeiras no ar. A cor, é irrelevante é indiferente. A massa, até é daltónica O importante, são as promessas, de todos virem a ser doutores, à sombra das bandeiras aplaudidas, por doente multidão, que vai sucumbindo à epidemia das mãos nos bolsos. Para toda esta massa de gritaria. Para estes números, em filas a outros números. Para estes amontoados de cruzes, a estiolarem a luz a benfazejas urnas. O que interessa, é o grito. No meio deste silencio ensurdecedor. Assim, sem consciência do seu acto, lá vai desordenado o gritado desvairado de forças. Inconstantes, inconsoláveis e imprevisíveis. Tanto caminham com velas ao Divino. Como com varapaus a criminais matanças. Dependendo a sua acção, da força e do interesse do reflexo do seu aplauso, no fosco espelho da infligida promiscuidade.
Mas infelizmente. É esta divinizada ou satanizada massa de crentes, ou de ateus. Que glorificam ou maculam, a sua história comum.
É esta massa, a força criadora da glória de um Império.
Ou a traiçoeira armadilha motivadora da queda do constituído Império.
Mas, neste todo, a massa, para além da sua crónica doença. Na incongruência da actual sociedade. Caminha estupidificada. Não vê, que somente, enche a gamela dos raios, que nas suas falsas farpelas ideológicas, vão violentando os fracos estilhaços do tão atormentado e constrangido espelho. Enquanto a massa, agora inerte. Deambula sem direito a gamela. Levando na mão, quebradiça e vazia malga, a esmolar a sopa do Barroso. No grito, entornada.
Já nem consegue enxergar, que não virá a ser doutor. O grito, já reabre escolas técnicas. Enquanto abrilhanta a designação das profissões. A vulgar criada. Passa a chamar-se: pomposamente, técnica de limpeza. Mas o varredor de ruas, para gastar menos vassoura e aprimorar a sua profissão. Não é entusiasmado a licenciar-se em energias eólicas.
Desvairada, cansada de promessas, a falange que segue com as mãos fora dos bolsos a melhor rumo. Como nunca, imigra.
A restante, continua a ser amalgama a votos. Ou a massa, que desvirtua grito, na vergonhosa verdade da vencedora abstenção. Os votados, em engendradas leis à auto promoção. Valorizam os seus desproporcionados salários. Enquanto o trabalhador, é forçado a viver na dependência de miserável paga. Os votados, para si próprios, promovem leis que legalizam chorudas e rápidas reformas. Mas o trabalhador, tem que labutar a vida toda, para usufruir vergonhosa reforma. Os votados, aos seus interesses, formalizam e organizam subsídios, que cobrem praticamente todas as despesas. Mas o trabalhador, esse, como nunca, é tão pecaminosamente desrespeitado. Do seu parco rendimento, tem que fazer frente às suas despesas. E pagar o cibo de pão, que parcamente lhe enganará a fome.
Não à duvida! Estamos estupidificados! Cobrimos de ouro e regalias, quem nos força à pungente escravatura.
Eduardo Henriques

CERÚLEO
Caminho como votante número.
Mais cego que Homero.
Sou grito de Traição.
A morte, da nacional filiação.
Trajo farrapos.
Feitos na cor de mil trapos.
Mas cobro de ouro, quem me escraviza.
A chorar, a quem a humanidade diviniza.
Tu! Que tudo espelhas cerúleo.
Em cristalino raio hercúleo.
Traz a esta gente, novo brilho.
Para que, construa humano trilho.
Que espelhe, verdadeiros raios de solidariedade
Sobre esta sofrida humanidade.
Eduardo Henriques

sábado, 3 de outubro de 2009

ABASTARDAR



Para comer, ser-se obrigado a mistificar a vida. Deixar-se de dizer as coisas, tal e qual, como nos parecem justas. Ter que andar de salamaleques com patifes e delinquentes, que entre muitas divulgadas faltas, ainda apregoam a conveniente frase “ POLÍTICAMENTE CORRETO” para desculparem ou permitirem as mesmas faltas. Calar e perdoar culpas desvergonhadas, que por todas as esquinas, são grosseiramente divulgadas. Depois de publicamente terem sido delatadas. Sem que o difamador ou o presumível criminoso seja punido, e uma vez por todas, arredado da vida pública. Para que o pobre, também tenha direito a bons salários. E as mesmas condições de reforma, politicamente instituídas para os políticos.
E no respeito pelo consagrado na constituição, direito a comer.
Esta desfaçatez e assimétrico projecto de vida, será: DEMOCRACIA ?
Não é! Este jugo, às actuais albardas convencionais. Não querendo ser juiz pago. Nem moralista de conveniência. Mas no respeito pelo meu semelhante, esta vergonhosa postura, não é mais, do que covardia e hipocrisia.


BASTARDO

Será que? O que é! É?
Ou será que? O que não é! É?
Quem sabe, até?
Se, no meio de tanta contrafé.
E tanto bebedor de café.
Neste mundo de pouca fé.
Em que, impera o português do boé.
Na política de um assolador Noé.
Figura negra disforme e chué.
Inebriada em coca e capilé.
A qual, nos obriga a andar de boné.
Com a pala virada à ralé.
Como simples marioneta xoné.
Enquanto, nos vai tocando oboé.
Em duplo e nasalado banzé.
Causticando aos ouvidos do pagante Barnabé.
O qual, débil na pele de André.
Vê o país submergir em diluviano fricassé.
Na força de quem, não foi deitado ao bidé.
Pela senhora, que no canapé.
Conspurcado de nauseante chulé.
Em recôndito e prostituto chalé.
Às escondidas do seu amado Tósé.
Nos braços de um qualquer xexé.
Gera o bastardo de tão nefasta maré.
Que nos obriga a andar a pé.
Enquanto ele em bons carros, gasta o nosso pré

Eduardo Dinis Henriques.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

MAIS SABER MENOS COMIDA










Mais um espaço do mesmo. O prato, está fechado na manjedoura das políticas. Já nem tripas Há. O porco é sintético. E as políticas desumanas.

LUGAR
Curvado Não é curvo
Mas a distancia é sempre circular
E o longínquo à vista é turvo
Não dá para até lá pular.
Nem para saltitar
A idade não estaciona
Caminha sempre a debilitar
O lugar do tempo assim nos pressiona
A esta regra infalível temos que caminhar
Depois de cansados de gatinhar
E como tudo de um todo é oriundo
Horizontalmente nos elevamos
Sem no todo do mundo
O calendário da vida anotarmos
Erectos em desconexos projectos deambulamos
E tudo contornamos
Para a mais saber chegarmos
Entre rezas mesinhas e bruxedos
Crucifixos e amuletos
Lá vamos na linha da vida cheios de medos
Vestidos de preconceitos e conceitos obsoletos
Rectiliniamente escrevemos
E praticamente tudo medimos
Algo tememos
O circular sentimos
Mas caminhamos ao milímetro
Num todo sem circular metro
Embora a idade seja em tempo medida
Ainda acompanha a era do quadrado
Por conveniência urdida
Embora a íris seja redonda
Como a gota que forma uma onda
Assim como tudo o que nos circunda
Sem redonda ser de alguém a sua corcunda
Curva é a recta da loxodromia
Mas recta na curva é a ortodromia
Mecânicas de posicionamentos e distancias
Enquanto o corpo ao tempo vai curvando
Na verdade das vividas circunstancias
A que nos força o tempo que sempre vai mudando
E crescendo enquanto vai andando
Eduardo Dinis Henriques