sexta-feira, 5 de setembro de 2008

FALSAS REDES

Não foi o tormentoso bastante. As Quinas! Foram rasgadas e esquecidas em casa

Pescas
Não éramos escravos...
Podiamos caminhar.
Eis... De novos mundos.
Glória... Que nos fica a lembrar...
Pedros, Colombos, Zarcos e Vascos.
E, outros tantos... Na terra... A labutar.
Rezamos e amamos
Sempre a cantar.
Choramos mas lutamos
Sempre no avançar.
À terra agarrados
Zarpamos a navegar.
Unidos na terra... Éramos unidos...
Aos do mar... No velejar.
Neste saber... O falar dos Lusos
É hino no mundo... Não deixa enganar.
Aos mortos, os devidos respeitos.
Heróis de espada a pelejar
No dever sentido aos netos.
Da costeira à longímqua, no pescar
De moço a arrais aprendemos.
Nosso crescer... A olhar o mar.
Pais e irmãos eram os barcos avistados
E largos os horizontes neste navegar.
Éramos grandes e gloriosos...
Tínhamos fé e ardor no nosso trabalhar.
À Nação... Num todo... Éramos políticos.
E, ao mundo... No seu todo... Tínhamos o respeitar.
Seguiamos à vante... A meta ... Era a de todos.
Parte do mundo, no medo de nos ver chegar.
Sem olhar a meios, usa tudo e todos
No sujo trabalho de minar.
Mas são os de casa... Que nos deixam a ferros...
Nos negam o direito de lutar...
Nos submetem à grilheta os membros...
Falseiam o nosso trabalhar.
Negam feitos e escravizam netos
Espelhados em heróis do libertar.
Tais fidalgos de comendas de mercados
Comem sem pudor... Oiro... De outros trabalhar.
Neste estado, sem artes e amarrados.
Inertes... Vemos os outros a pescar.
Tudo são mercados e escravos...
Não há moral... Nem ideia de construir altar.
Negados os convénios... Por homens sem cemitérios.
Muitas são as nações... A, armar...
Traidores sem escrúpulos.
Gente que tudo vende... Na ânsia de mandar.
Traidores de verso... Etiquetas de escuros ficheiros.
Não há nação que os receba... A não ser para chafurdar...
Nas bancas de imundos negócios...
Onde a própria mãe... É mercadoria a negociar.
Consumada a traição... Imposto o caos
Passamos a servir... Quem, nos soube enganar.
Largamos de navegar... Passamos a boiar.
Em artes e manhas de subsídios
Vão-se as artes... E os barcos a queimar.
Hoje, a esmolar de outros mais argutos...
De, joelhos... Pedimos... Que, à linha... Nos deixem pescar.
Na fome... Já se chora... A, pedir... O que largamos.
Mas fria... É já a pedra. Antes ao sol um patamar.
Já somos filhos... Mortos... Com netos escravos

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