quinta-feira, 4 de setembro de 2008

CÚMPLICES


No vegetar que nos obrigaram a receber.
Sentimos hoje, no corpo a diferença.
E pronto, começamos a perceber.
Que, construímos um mundo de desavença.
Com uns a rir, outros a chorar, e muitos já cadaveres.
Cúmplices fomos! No exonerar da ordem e da moral.
No desobrigar a nação, de seus Pátrios deveres.
À Pátria, cavamos o seu funeral.
Neste infausto. E consequente alienamente ganância.
Mistificados em espúrios juramentos de abundância.
Guindamos o Averno. À cadeira do maioral.
Nesta universal culpa, de humano pecado.
Resta-nos interpretar este divino recado.
Ao viver nosso lapso. Já nem a chuva é rega.
É sim, cataclismo que devasta.
Hoje, até o universo nos nega
O exíguo que nos basta.
Nunca vi tanto pobre!
Tanto humano sem sustento!
Hoje a Deus! Todo o faminto descobre.
Que, a fé no Altissimo. É o seu único alimento.
Aos filhos, nas filas da miséria aguarda
Os restos da ceia do inferno.
Missérrima côdea que tanto tarda.
Nesta vida de calamitoso Inverno.
És tu, que te cognominas libertador
O causador de tanta desilusão.
Da Nação ferro avassalador.
Interesses estrangeiros, germinaram a confusão.
E tu, a novo mando. Foste da Nação o matador.
Espada! Na farda a outra servidão.
O orbe enganaste!
Favoreceste a mão ao energúmeno desta maldição.
Espada! Tanta desgraça armaste.
E, como os teus, não serviste nem amaste.
Enferrujas hoje, no sangue do inocente!
Pelejaste vilmente... A vitória negaste.
E a Pátria renegaste.
És do terrorismo o vil tenente!
Em política demente.
Já não constróis em glória a Pátria.
Profanas sim, ao teu sustento, como vil pária.
Não és exercito a Nação.
Foste a causa da revolução.
Não passas de um vendido revolucionário.
És corpo de mercenário.
O aço da danação,
Sem coração!
Nem Pátria devoção!
És o guindar de infernal átrio.
Não mais és o montante Pátrio!
Que a Portugal foi afirmação!
Na Lusa devoção.
Que abriu as portas ao mundo.
Ao navegar o todo mar profundo.
E Agora, já sem seara. Os abutres, esvoaçam sobre os míseros grãos, que ao pobre, ainda restam, do Portugal de ontem.


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