domingo, 29 de agosto de 2010

VIDA E MORTE

VIDA E MORTE

O mundo vai perdendo o seu encanto.
No esquecer do divino canto.
E o homem, ao Céu de mãos erguidas.
Grita as preces perdidas.
Neste silêncio assustador.
O abafado grito é confrangedor.
E corpos, com a morte já marcados.
Deambulam apavorados.
Entre o fogo dos horizontes.
Que caí, e se eleva, por todos os quadrantes.
Que rolam sem norte.
A vitoriar a morte.
Neste cair de gravidade.
Fervilha o sangue da humanidade.
E as vozes vão morrendo.
Enquanto o Céu, vai escurecendo.
Ao deflagrar do movimento.
Que detonará a explosão de novo nascimento.
Pelo todo da universal maternidade.
Que em concomitância com a cósmica idade.
Vai alargando o espaço do tempo.
Por mais vasto cósmico campo.
De ventos amenos.
E horizontes serenos.
Ao ressurgir de infindas estrelas.
Que no azul do cerúleo, brilham como velas.
A incentivar o homem a universais orações.
E Divinas aclamações.
Ajoelhado no seu pântano, já de águas mais calmas.
Ao crescer de novas Almas.
Eduardo Dinis Henriques





sábado, 28 de agosto de 2010

SEM LUZ NEM BRILHO

SEM LUZ NEM BRILHO

No caminho que se trilha.
Nem o ouro já brilha.
Mas os sapos são lustrosos.
E como nunca. Untuosos!
Até parecem pirilampos.
A luzir por entre os seus pantanosos campos.
Com o resto da bicharada atolada.
Entre as políticas flores da abrilada.
Que sem matriz nem raízes.
Nem pátrio juizes.
Se vão floreando na desgraça.
De um povo, que vai perdendo a sua raça.
Esquecendo os Lusíadas.
Para viverem no infortúnio das Abriladas
Eduardo Dinis Henriques


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

POLÍTICA ACOMODAÇÃO

POLÍTICA ACOMODAÇÃO

De fraudulenta especulação em especulações.
Só possíveis com a corrupção das políticas administrações.
Rola o mundo descontrolado.
Com fome por todo o lado.
Neste cambalear, Portugal! Afunda-se em politiquice.
E aliada consequente vigarice.
Com a sua política a desculpar-se.
E a lamentar-se.
Da crise que assola o mundo da finança.
Mas sempre a pedir confiança.
Em frenéticos gritos de partidarismos.
E de ingovernáveis sectarismos.
Vai culpando o exterior.
Dos pecados do seu interior.
Das mazelas das entranhas.
Podres de tantas políticas manhas.
Artilhas aos políticos proteccionismos.
E políticos elitismos.
Que assim, vão fomentando abissais fossos sociais.
Na força e imoralidade destas políticas criminais.
Nesta política escandaleira.
Não se vislumbra mão obreira.
Gente capaz de sanar os conflitos.
Motivadores de tantos aflitos.
Que nestas políticas vivências.
Vão perdendo as suas existências.
E vendo as suas fronteiras violadas.
Na acomodação de políticas, criminosamente planeadas.
Mas já diziam os Romanos!
Da sua glória ufanos.
Lá, para os lados do atlântico.
Há um povo místico!
Que não se governa, nem se deixa dominar.
Livre e feliz, vive a opinar.
Entre o mar e a terra.
E a procurar a paz, não foge da guerra.
Sonha com o mundo.
A olhar para o mar profundo.
Advinha um Império.
Para lá do salgado mistério.
Povo estranho e sonhador.
Ao seu querer, dominador.
Sempre contente e descontente.
É esta portuguesa gente.
Sempre a lamuriar-se.
E sempre a injuriar-se.
Vai vivendo a sua existência.
Acomodando-se à mandante valência.
Que muitas vezes, sem ser estado.
Vai comendo do antigamente conquistado.
Meu Deus! Quanta ignorância.
Vai aniquilando a Portuguesa independência.
E levando a sua gente a uma acomodação.
De negativa política governação.
Eduardo Dinis Henriques







quinta-feira, 26 de agosto de 2010

POLÍTICA

POLÍTICA
Nunca vi tão grande vergonha.
As políticas carraças, são autentica peçonha.
Correm como marionetas.
Atras de falsas metas.
E sem subirem ao pódio.
Entre político ódio.
A avultar a corrupção e o descontentamento.
Que grassa como nacional lamento.
Logo formão governo.
Transformando Portugal, em peçonhento inferno.
Neste miserável digladiar.
Para o bem adiar.
Desrespeita-se o vencedor.
O legal merecedor.
O gritar! E querer da Nação.
A revoltada nacional abstenção.
Para eleger um votado.
Que na sua mediocridade, não passa de um coitado.
De segunda posição.
A legalizar a sua oposição.
Entre o escabroso político pantanal.
Que vai minando tudo o que é nacional.
Eduardo Dinis Henriques


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CAMALEÃO



Vou rabiscar vulgaridades.
Cantar veleidades.
Falar sem nada dizer.
Para com o todo condizer.
Vou gritar ideologias.
Entre canções e políticas orgias.
Derrubar egrégias estatuetas.
E erguer outras políticas silhuetas.
Vou encher a pança à custa dos libertados.
Que como nunca, serão mal tratados.
No derrubar das portuguesas fronteiras.
No esfarrapar das Lusas bandeiras.
Vou andar como o camaleão.
Em corpo morto de leão.
Chafurdar no sangue que já escorre.
De tanto corpo que indefeso morre.
Vou dizer que tudo está melhor.
Na força de ignorante penhor.
Que de gamela na mão.
Assassina o seu irmão.
Vou andar disfarçado.
Para não ser ameaçado
Por este mundo hipócrita.
Que já, nem há fome grita.
Vou andar de roupa apalhaçada.
Mesmo que não seja engraçada.
Desde que condiga com a política fantochada.
Desta nojenta política trapalhada.
Vou passar a vida a votar.
E de estômago vazio arrotar.
No cheiro do sebo que exala dos votados.
Que nos vão dando desgraçados.
Vou pedir ao santíssimo.
Porque a justiça já não tem meritíssimo.
Que nos livre de tantas maldades.
E desta gente que só grita banalidades.
Eduardo Dinis Henriques


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

EU


Hoje, como no passado, que meu caminho já deu percorrido.
Meu Eu! Caminha sofrido.
Neste todo, que sou Eu! A espelhar o meu vivido.
E por mais que me esconda. O meu Eu, é sempre reflectido.
É vivido acontecimento!
É tempo em movimento!
E mesmo, sem a nada olhar. A vida sempre vislumbro.
E o tempo decorrido lembro.
No sorriso do erguido. E na tristeza do caído Escombro.
Se assim sou! Qual a causa de tanto assombro?
Porque Eu! Sou o espelho desse tempo conseguido.
O ser, que o todo percorrido deu erguido.
E o tempo, ainda não deu concluído.
Embora Eu, me sinta já destruído.
A percorrer um mundo que julgo desfeito.
E no ver do que sou Eu, imperfeito.
Um espaço à vida murado.
Aonde o meu Eu, grita o seu silencio de corpo irado.
Na razão da forma como o todo sente.
E não o dá contente.
Entre os vindos e desavindos sentimentos.
Entre as desilusões e os encantamentos.
Nesta vida de desconhecida razão.
Que tem a morte como certo brasão.
Depois da medida do tempo, findar o fluido.
A um ser, com o universo ainda pouco intuído.
Mas como tudo, ao caminho de metas semelhantes.
À morte e seus horizontes..
Aos fins latentes.
Entre o choro de descontentes.
Que de olhos apiedados.
Se esquecem, que na mesma meta, são esperados.
Quando lhes findar a areia na ampulheta.
E a morte lhes tocar a sineta.
A quebrar toda e qualquer sentimentalidade.
Toda a vivida realidade.
Ou mistificada dualidade?
Eu, que do meu corpo ironiza.
Enquanto o meu ser agoniza.
Entre as ultimas palpitações.
Que se vão esvaindo em recordações.
Da passada existência.
Brotada de um nascimento sem experiência.
A um final sem clemência.
Eu! Comigo nascido.
Do todo quero ser merecido.
Até que o tempo, me de por vencido.
Eduardo Dinis Henriques

terça-feira, 17 de agosto de 2010

PULSAR DO MUNDO

PULSAR do MUNDO

Só vive quem consegue ver o mundo.
E sentir o seu pulsar mais profundo.
Quem à noite, vê no Céu as estrelas.
E de dia, não precisa de candeias nem de velas.
Para ver as serras que da terra se elevam.
E as águas que os rios levam.
Quem sente o calor das areias do deserto.
E o vento nem sempre certo.
Quem vive a humidade da densa floresta.
Com o seu verde a brotar em festa.
Universal criação!
Ser feito ao pulsar do coração?
No tempo, que dá o movimento.
Imaginário? Ou sempre transportado sentimento?
Ou simples massa sem alento?
Vulgar corpo a sustento?
Da pedra! Ao ainda, fuzil atómico?
Mundo cómico!
Cheio de fogo e fome. E corpos sem cemitério.
A gemer sem humano critério.
Sol, Chuva e Vento.
E humano lamento.
Neste nefasto pulsar mais bárbaro que no passado
Do tempo que já foi viajado.
Vento feito do voar de gaivota.
Homem, que o mundo vai cerceando quando vota.
Neste querer de liberdade.
Perdida na falsa demanda da igualdade.
Fogo, Ar, Água, Universalidade.
Alegria, Magoa, Humanidade.
Infinidade de forças diferentes a um só viver.
Quando há respeito pelo direito e pelo dever.
Fonte de universal nascente.
A brotar a um mundo crescente.
Interrompida pelo vulcão da ganância.
Pelo puder criado na ignorância.
Mortal político fuzil a negar os seus deveres.
De homem que se julga com puderes
Angariados no direito das Kafequianas votações..
Que vão negando as planetárias populações.
E fomentando corpos de criança
A quem negam a esperança
De ver e viver o mundo.
Eduardo Dinis Henriques



domingo, 15 de agosto de 2010

AO MEU PORTUGAL

AO MEU PORTUGAL
Triste o destino de um País.
Que não tem filhos e perdeu os pais.
E que ao jugo de negros destinos.
Já não canta seus hinos.
Ao seguir os gritos de igualdade.
Que somente fecundaram deslealdade.
E um fosso abissal, entre a Nação e os políticos.
Que sem quaisquer preceitos éticos.
Criaram em Portugal abismal fosso de desigualdade.
Num viver sem política nacionalidade.
Maldito Politizar.
Sem a Nação ajuizar.
Nem o País respeitar.
Mundo controverso e politicamente manhoso.
Aberto ao inferno do tinhoso.
Num todo de maldade.
E política instabilidade.
Portugal! Caíste um danoso reviralho.
Numa revolução que não te dará agasalho.
Mas encher-te-á de fome e de desempregados.
Em triste mundo de retornados.
Peitos secos e esfomeados.
De tantos escamoteados.
Em traiçoeiro correr a político aproveitar.
Num inferno de governos sem nacional projecto.
Nem Pátrio afecto.
Portugal! Como te deixaste levar?
Por este gritante traiçoeiro enlevar.
Por esta gritante política maternidade.
A fecundar precariedade.
Malfadado político egoísmo.
A afundar Portugal em negro abismo.
Dias de morte em cantada falsa liberdade.
Politizados ao assassínio da Portugalidade..
Neste cruel cair na desonra e mentira.
É um ver quem mais do erário tira.
Num pandemónio de partidarismos.
Feitos de nulos patriotismos.
Que vão desonrando a Lusa bandeira.
E negando a Pátria fronteira.
Mas enriquecendo economicamente a política sociedade.
Que sem moralidade nem equidade.
Se auto financia nas leis que em seu favor vão instituindo.
E na forma como as populações vão espremendo e punindo.
De crise em crise, como se a culpa, fosse das populações.
E não das fraudulentas especulações.
Que as políticas vão autorizando
E até mesmo legalizando.
Na fornalha dos paraísos fiscais.
Criados ao proteccionismo da finança e seus chacais.
Portugal! Desonras o erigido.
Neste politizar fingido.
Matando assim duas vezes os heróis da Portuguesa Nação.
O Conquistador da fundação.
O verdadeiro Libertador.
O Real conquistador.
Que, com a sua espada e diplomacia inteligente.
Deu a Portugalidade à Lusa Gente.
Ao fazer de um condado, uma Nação independente.
Um País por todos reconhecido.
Que ao mundo, mostrou ser merecido.
Quando no saber do Infante o Navegador.
De Guimarães, dobrou o bojador.
E sempre com a Cruz de Cristo nas Alvas velas.
Seguiu mar fora em suas caravelas.
E não tarda! É o tenebroso vencido!
Entra Portugal no Indico! Até então desconhecido.
O cabo das tormentas foi dobrado!
Passa a ser o cabo da boa esperança.
Ao mundo Portuguesa herança!
Assim o mundo, dá novo brado!
Daí à Índia, é um pouco mais de vento.
E a continuidade do Luso alento.
Portugal! Quanta honraria.
Meu Deus! Virgem Maria.
Por todo o planeta a Pedra de Portugal ergue o seu Padrão.
Como Divino Clarão.
A anunciar à planetária comunhão e aproximação.
Na égide de uma nova planetária relação.
Portugal! Depois de tanto conseguido.
E por todo o planeta tanto valor erguido.
Como te deixaste cair nesta abrilada?
Nesta nefasta cilada.
Para passares de campeão.
A um miserável peão.
Ao jugo de uma Europa politicamente enfraquecida.
E sem projecto político que a dê enriquecida.
De uma Europa, a viver de postais ilustrados.
E dos ecos dos passados brados.
De uma Europa desmilitarizada.
E socialmente politicamente martirizada.
Devido a uma política socialmente desenraizada.
Das verdadeiras necessidades.
De quem vive as actuais instituídas dificuldades.
Mas em contra partida!
Porque as políticas lhes dão guarida.
Vêem-se os políticos com rápidas e milionárias reformas.
Instituídas e estabelecidas por políticas normas.
Meu Deus! Que vergonha! Nojento proteccionismo.
Desta política de infame sectarismo.
Que em político favoritismo.
Cria infernal desordem social e populacional descontentamento.
Entre as gentes, que descriminadas, vão gritando o seu lamento.
Europa! Teus castelos vão ruir.
Pois já não sabes construir.
Vives na grandeza.
E na extrema pobreza.
Numa Europa a duas velocidades.
Ao sabor das partidárias políticas veleidades.
Que cegas não vêem as Europeias realidades.
Em fim, numa Europa sem política nem justiça.
A instituir-se de forma bizarra e castiça.
Enquanto vai instituindo catastrófico.
E não menos maléfico.
Fosso social entre as populações.
E até mesmo entre as Nações.
Portugal! Toma mão no teu seguir.
Mas olha! Com esta gente, não vais conseguir.
Olha para o que tinhas! E vê o que tens!
E será? Que o pouco que te resta manténs?
Ou serás? Com mais impostos sacrificado?
E ao jugo desta ruinosa política crucificado.
Para que os políticos, sem qualquer valimento.
Mantenham o seu político sustento.
Enquanto tu, trabalhador! Vives sempre em social agravo.
A trabalhar que nem um escravo.
Miserável serventia.
Sem sopro de valentia.
Político mundo de falaciosos prometimentos.
Sem concretos valimentos.
A boiar num parlamento de ditos controversos.
Que pelas bancadas vão saltando dispersos.
Entre políticos que no parlamento, nunca deram uma palavra.
Que autentica-se a sua política lavra.
Mas neste mundo viciado.
Eles batem palmas e gritam apoiado.
Como obedientes neófitos ao partido filiados.
Mas em dois mandatos de aplausos políticos.
Porque para estes afilhados, os políticos não são semíticos.
Conseguem a reforma por inteiro.
Em autentico saque ao público mealheiro.
Abril aonde enterraste a liberdade?
Uma liberdade de direito sem marginalidade.
Aonde deixaste a igualdade?
De social dignidade.
Diz-me? Aonde ficou a solidariedade?
O respeito por quem trabalha.
E infelizmente, nesta nova política nada amealha.
Tudo vai para a crise e seus mentores
Para estes políticos, sem quaisquer nacionais valores.
Neste País incendiado.
E politicamente extraviado.
Com uma justiça incoerente e manhosa.
E uma saúde tardia e vergonhosa.
Num ensino sem educação.
Mas com muita bélica armação.
Tristeza progresso.
Facultai-me a porta do regresso.
Ao passado que foi mais justo.
Sem tanto político fausto.
Portugal! O teu Império saquearam!
Com traiçoeiras armas que armaram
Mas o Luso falar! Esse não anularam!
Porque as armas eram viciadas.
E criminosamente municiadas.
Por quem não lutava para o bem das populações.
Mas sim! Para obter os bens das suas possessões.
Portugal! Sempre foste um País de serviços.
Hoje, infelizmente, restas um país de políticos vícios.
Com a politicagem a viver e a comer imperialmente
Anafada e contente.
Como se tivesse-mos um império milionário.
O todo planetário.
Mas o trabalhador! Esse coitado, verga-se desgraçado.
Ao imposto do político império forçado.
Vegeta pelo político kafequiano império escravizado.
E na justiça do político império, deambula martirizado.
Portugal! Não te deixes amesquinhar!
O Luso Padrão! Ainda é pedra a brilhar!
E o Luso falar! Ainda é planetário cantar!
Por todo o planetário altar.
Portugal! Os Americanos tiveram coragem!
E fizeram a sua lunar viagem.
Também passaram os seus tormentos!
Sentados em sofisticados instrumentos.
Mas tu, Portugal! Foste ao mundo!
Pelo mar profundo.
Em tosca caravela.
Com a Cruz de Cristo na tua Lusa alva vela.
E com um Portugal valente
Ao abraço de mais planetária gente!
Eduardo Dinis Henriques


















quarta-feira, 11 de agosto de 2010

EU

EU

Meu Eu, encorpado aos terrenos sentidos.
Mas longe! Dos terrenos gemidos.
Espaço de escuridão.
Quanta solidão.
Quando restar aqui largado e ignorado.
Às cinzas atirado.
Porque de ti! Fui desintegrado.
Corpo amargurado.
Meu Eu! Serás tu forma empedernida?
Que na ânsia de melhor ermida.
Fechas a porta
Ao ser que te transporta.
Meu Eu! Eu, não te conheço.
Mas contigo, ainda amanheço.
Porque o tempo, ainda vai emergindo.
Deste correr de espaço infindo.
Meu Eu! A ti! Meu ser foi confiado.
E pelo crescer do mundo Gladiado.
Como se o meu ser! Fosse corpo de monge.
Que em sua peregrinação anseia ir mais longe.
Mas como o meu Eu! É ser que não se conhece.
E nem se sabe? Se, com o corpo envelhece?
Nesta trilha que finda em corporal morte.
Sem que se conheça do Eu, sina e sorte.
Depois do todo que o fez rir e chorar.
Pecar e orar.
Amar e odiar.
Abraçar e gladiar.
Mas pela certa o fez crescer!
E aos desígnios do mundo descer.
E sempre de olhos erguidos aos Céus.
Entre as estrelas, escolher o seu Deus.
E seguir os seus mandamentos.
No acordo de endeusados prometimentos.
Deixados em planícies ou montanhas.
Ou no recôndito de infindas entranhas.
Meu Eu, que caminho escolheste?
Será que seguiste o que mereceste?
Consoante na trilha da vida foste assediado.
E pelo bem ou pelo mal sitiado.
Ou caminhaste sem seguimento?
Neste tempo que não tem complemento.
Eu, nascido sem história nem memória?
Ao espaço de temporal trajectória?
Eu, de passado esquecido?
Ao mundo aparecido.
Feito à forma corpórea que o dá aprisionado.
Como se o todo do mundo. Assim fosse irmanado.
E feito sempre na sábia vontade de um ser mágico.
Que idealiza toda a matéria a um fim trágico.
Mas mantêm no tempo, toda a passada radiação.
Da matéria que foi forma e criação.
Eu, que a vida ao tempo vê fiar.
Mas no tempo, não pode confiar.
Porque a sua idade, não tem velocidade.
Que lhe de o espaço, de outra idade.
Eu, em vida de lembranças e esquecimentos.
Eu, perdido em constantes pensamentos.
Eu, de infindos padecimentos.
E corpóreos contentamentos.
Na terrena dualidade.
De Eu e Corpo. E de cada um veracidade.
Na forma como o tempo os faz viver e separar.
Sem que nada, esta separação consiga parar.
Corpo em cinzas. E Eu, sozinho?
Tempo e espaço, quanto caminho?
Entre magoas e alegrias.
Insultos e honrarias.
Eu, a caminhar à felicidade.
Do corpo? Ou da do meu Eu realidade?
Corpo que no tempo vislumbra a sepultura.
Quem sabe à do meu Eu ventura?
Cinzas de corpórea infância.
Largadas pelo meu Eu a outra vivência.
E lá no alto. As estrelas a brilhar.
Iluminam ao meu Eu o novo trilhar.
Enquanto que o corpo, são cinzas a marcar o passado rasto.
Do tempo que na terra o meu Eu deu por gasto.
Ou não passa tudo de criativa imaginação?
Na cobiça de uma qualquer salvação?
Meu Eu, feito a esta separação?
Mas Eu, ainda nem tive tempo de entender a nossa relação.
O porquê, da do meu Eu germinação?
Com a terrena materialização.
Sonhos de além horizonte.
Ao provir de que fonte?
E a que rumos são a nascente?
De tanta gente.
A indagar o seu presente
Meu Eu! Que na terrena matéria te aturo.
Terás tu medo do futuro?
Meu Eu, quanto caminho juntos já percorremos?
E as negras encruzilhadas tememos.
E as ilusões que idealizamos.
E tão poucas neste tempo concretizamos.
Será que erramos?
Ou a vida não amamos?
Meu Eu, a minha forma vai perdendo a consistência.
Da terrena existência.
Do meu corpo, acerca-se a descrença.
E o tempo, aproxima os horizontes da doença.
Os passos, já não trilham à esperança.
Sinto no corpo a cósmica herança.
Da universal sentença.
Que toda a matéria, tem a sua planetária pertença.
O meu Eu, sentira a mudança?
Tempo espaço e calma.
.O meu Eu e a Alma.
Desprendidos do coração.
Talvez mais perto da oração?
Ou da existência de novas revelações?
Que se vão abrindo ao caminho das mais distantes constelações.
Meu Eu, que é que nós fomos?
.E o que é que nós somos?
E o que seremos?
Ou simplesmente morremos?
Como se nada existisse.
E da planetária matéria nada partisse.
Nem memória nem conhecimento.
Que dê continuidade ao movimento.
Da crescente humanidade.
Eduardo Dinis Henriques








segunda-feira, 9 de agosto de 2010

SACOLA DE HERÓI


SACOLA DE HERÓI

Eu sou um herói!!!
Que o mundo constrói???
Corro à minha satisfação.
A pessoal realização.
E de sacola na mão.
Abandono o meu Pátrio irmão.
E como o interesse da nova política organização.
Pretende esta brutal aniquilação.
Até tenho direito a divulgação.
Nas públicas redes de comunicação.
È um abrir da sacola à nefasta propaganda.
No aplauso à falsa publicidade de quem manda.
Maldita punição.
A brotar da sacola de desumana ambição.
Neste descalabro.
Há mentira a sacola abro.
Nego a verdadeira construção do mundo!
Em sacola traiçoeira e imunda.
Nego a história!
A construtiva glória!
Ao jugo da mundial avareza.
Ao interesseiro chicote a serpentear pobreza.
Ao ferro do terrorista.
Armado por esta sacola oportunista.
Que quer que a terra.
Se afunde em criminosa guerra.
Em pântanos de corpos trucidados.
Levados na torrente de rios ensanguentados
Mas desde que se morra longe da minha porta.
O sangue não me importa.
Sou um pacifista???
Um desertor Moralista.
Um anti militarista???
Fujo da Portuguesa tropa.
Para ir militar na anti Portuguesa Europa.
E até, sou um idealista.
Um herói realista.
Que gosta de comer mexilhões.
E de fugir do troar dos canhões.
Mas de aplaudir quem os vai fabricando
E pelo mundo espalhando.
Como ferro na liberdade da morte.
A fomentar fronteiras sem norte.
Abertas aos interesses do mais forte.
Que logo, infligem sobre as populações negra sorte.
Sou um ser elitista.
Vivo de sacola materialista.
Sou um estudante das ciências.
Em demanda de pessoais conveniências.
Um falso fadista.
Que canta a saudade
Ao tom da falsidade.
Sou em todas as artes um artista.
A viver de aplauso altruísta.
Mundo de sangrentas sacolas.
De mãos estendidas a pecaminosas esmolas.
Sacolas sem memórias.
A viverem de mortuárias vitórias.
Heróis esquecidos.
Nos passos destes fugitivos adormecidos.
Fardas desguarnecidas.
De vidas imerecidas.
Sacolas de funestas conquistas.
Esvair de sangue derrotista.
Sem corpo nem criação
Nem dever há fundação.
Chão que me criaste.
Bandeira que ao mundo hasteaste.
Mar que sulcaste.
Em caravela que pelo mundo navegaste.
Mas eu, herói da nova sacola, somente a minha sacola guarneci.
E a este egoísta fim. Pelo mundo, de ti escarneci.
A fingir a verdade.
Por estradas de falsa realidade.
Eu! Nem conheci o conquistador!
Nem o Infante navegador!
Nem sei o porquê? De as Berlengas.
E de outras ilhotas solarengas.
Ainda não serem independentes.
Se tantos são os impérios das novas finanças
A quererem desertas às suas poupanças.
E se são tantos os valentes.
De mãos ensanguentadas.
A caminhar por traiçoeiras estradas.
A gritar falsas liberdades.
E impraticáveis igualdades.
No construir destas sacolas carregadas de infelicidade.
Que pelo mundo vão disseminando amargura e crueldade.
Num mundo, cada vez mais traiçoeiro.
E mais candongueiro.
A fomentar criminosa desigualdade.
E infantil mortandade.
Fruto da nova sacola, que pelo mundo se vai abrindo.
E na mentira destruindo.
O que, outros, por bem construíram.
E pela humanidade distribuíram.
Eduardo Dinis Henriques














terça-feira, 3 de agosto de 2010

O LAMENTO DE UMA NAÇÃO

O LAMENTO DE UMA NAÇÂO
Grito do inferno.
Finda sem governo.
Que mantenha o sustento.
O nacional alento.
De quem trabalhou ao erigido.
Erguido! Por quem por Deus foi ungido.
De quem sempre honrou a bandeira.
E defendeu a nacional fronteira.
Universais Castelos. Ao mundo erguidos.
Mas neste grito perdidos.
Nevoeiros de tempos amargos.
Sem Naus! Mas pejado de náufragos!
Meu Deus! Mas que tormenta!
Portugal enfrenta.
O governo tudo corta.
E a solidariedade resta morta!
Com esta politicagem
De infernal viagem.
Que como maldita miragem.
Espelha a sua voraz política imagem.
Por entre os pacóvios pagantes.
Que envergonhados e delirantes.
Afundados em tanto azar.
Vão chorando por Salazar.
Ao verem que foram enganados.
Por quem lhes prometia eldorados.
Antes de ao cadeirão administrativo serem guindados.
Meu Deus! Quantos amargurados?
Agora de joelhos imploram apavorados.
Pelo escudo salazarista.
Pela nobre política do estadista.
Que sem falseados floreados.
Nos ia mantendo coesos e mundialmente invejados.
E sem nunca prometer mundos e fundos.
Mas sempre arraigado por sentimentos profundos.
Ao todo da Lusa Nação
Com total pessoal desprendimento geria à Lusa governação.
Meu Deus! Tende piedade.
Desta gente que aplaudiu a inverdade.
A uma mão cheia de nada.
Ao todo de uma política envenenada.
E com a internacional cobiça enleada.
E que, de forma falseada.
Foi-nos minando.
E na mentira arruinando.
Enquanto ia prometendo.
E o todo corrompendo.
Ao julgo da sua falsidade.
Ao grito que fomentou a actual precariedade.
E fecundou a nacional confusão.
A populacional desilusão.
No todo da portuguesa Nação.
Que no cilicio da nova política encenação.
Vê por tudo e por nada os bens penhorados.
Para que os políticos, sejam ricamente remunerados.
Com rápidas e milionárias reformas vitalícias.
E vivam em eldorados de infindas delicias.
Regimentadas por leis políticas.
Que, sem quaisquer humanas éticas.
De forma elitista e proteccionista.
São instituídas por esta política classe elitista.
Enquanto o resto da população.
Espezinhada por esta política administração.
Tem que, sem qualquer político norte.
Trabalhar até à morte.
Em vida insustentável e lastimável.
Para usufruir uma reforma miserável.
Meu Deus! Quanta inglória!
A enegrecer a Lusa história!
A mostrar que, nem sempre o governo é o verdadeiro Estado.
Que a uma Nação, deve ser honrado e prestado.
Eduardo Dinis Henriques