segunda-feira, 27 de setembro de 2010

UNIVERSALIDADE

Universalidade

Neste mundo de tanta natural diversidade.
Que rola ao todo da universalidade.
Não se faz um bolo só de açúcar.
Nem uma banda, com um único instrumento a tocar.
No todo da universal colectividade.
Tudo tem a sua própria versatilidade.
Um pedreiro é um pedreiro.
Um padeiro é um padeiro.
E um engenheiro é um engenheiro.
Como um enfermeiro é um enfermeiro.
E um doutor é um doutor.
Assim como, um construtor é um construtor.
E um estadista é um estadista.
E um fadista, será um fadista.
Cada qual, na sua profissão.
Deve cumprir a sua missão.
E respeitar as hierarquias
De acordo com posições e chefias.
E como cada macaco, deve saltar em seu galho.
Cada qual, ao todo, deve executar o seu trabalho.
Ao mundo, todos são importantes.
Do universo, todos são habitantes.
Formas fulcrais ao uníssono universal movimento.
Executado no contributo do colectivo envolvimento.
Na parte material, deste todo, sempre em crescimento.
Tudo parece andar nos eixos do seu valimento.
Mas na parte que toca à humanidade.
Os eixos, andam enferrujados no ódio da barbaridade.
Tudo a querer ser diferente.
Caminha ao universo como brutal indigente.
Esquecendo o eixo que vai enferrujando.
E a universalidade que vai abandonando.
Na ganância da importância.
Vivida de humana ignorância.
No pedestal de falseadas soberanias.
Que não passam de psicóticas megalomanias.
Originadas por doentio transtorno psicológico.
De desarranjo Fisiológico.
A fomentar queda sem norte.
No caminho de igual morte.
Mas o cósmico! Mantém firme o timão.
E a ele! Não oscila a universal mão.
E para lá da morte. Só se leva a consciência.
Com o peso da sua vivida existência.
Eduardo Dinis Henriques







domingo, 19 de setembro de 2010

AO CONTINUAR DA ESCRAVIZAÇÃO

Ao Continuar da Escravização

A este continuado evoluir.
Há que concluir!
Os tempos rolam.
Mas os mundos... Não se colam!
Assim como, não se conhecem.
Por que os tempos, com o espaço envelhecem.
Sem espaço ao além das eternidades.
Ao somatório de todas as idades.
Porque esta nossa vida, é uma migalha.
Em toda a universal fornalha.
E nem sempre os tempos, o todo beneficiam.
E para o bem comum aliciam.
O tempo, que o espaço faz explodir.
Nem sempre traz benéfico eclodir.
À constante universal formação.
E à continuada metamorfose da criação.
A qual, acompanha o evolucionar da universalidade.
À sua intrínseca finalidade.
Mas quantos são os elementos?
A que os tempos dão movimentos.
Entre forças de sustentáculo hercúleo.
Formadas de cada núcleo.
Ao todo em movimentação.
E sustentação.
Uns a repelirem-se.
E outros a atraírem-se.
Navegam no azul infindo.
A um mundo, que um dia, será lindo.
Não é sonho! É a universal realidade!
Em demanda da verdade.
Em algum dia! Do universal cadilho.
Verterá o rastilho.
E ela virá! Quando o tempo lhe for premente!
A este todo, o planeta terra, infelizmente.
Pelo todo, ou pela sua gente?
Ainda não encontrou zonas bonançosas.
Sofre! A navegar por zonas tormentosas.
Em espaços de escombros e penumbras.
Criadas por nocivas políticas e filosóficas sombras.
Que não conhecem a realidade da humanidade.
Nem a criação da universalidade.
E em fantasmagóricas filosofias, vão inventando amuletos.
Universalmente obsoletos.
Mas como ainda caminhamos trilhos primitivos.
A algumas mentes são entraves bastante nocivos.
Ferrugentas fechaduras.
A travar verdadeiras universais aberturas.
Ao todo, desta universalidade, há patamares de hierarquias.
Fenómenos e forças, que ao todo, são guias.
Ou zagaias dolorosas.
Que entre possíveis rosas.
Vão encobrindo as essências.
De salutares humanas existências.
Até quando os saberes essenciais.
Restaram ainda, para lá das pedras iniciais.
Livros e mais livros. Só com letras.
E tu! Desgraçado! Que nem soletras.
Cátedra maldita de viciadas mitras.
Sem aprendizado.
Que à humanidade possa ser ajuizado.
Entre tantas ignorâncias
O mundo rola. Com cada qual, no seu patamar.
A viver a odiar ou a amar.
Conforme o tempo e a consciencialização.
Da sua integração.
Ao todo da universalização.
A escada, não tem fim.
Mas a todos, é afim!
Todos têm o pé no degrau.
E o seu universal grau!
Ninguém foge à fornalha da idade
E á sua intrínseca responsabilidade.
Ontem e hoje. O amanha, ainda não é campo.
A tanto, ainda não se abriu o tempo.
Do vivido e ocorrido passado.
Já por idade ultrapassado.
Mas ao tempo, resta o alcançado.
E o seu traçado.
Com o qual, se organiza o futura da existência.
Na força da presente valência.
Materiais heranças.
Muitas vezes, a negar humanas esperanças.
Num carpir de vozes, sem eco social ou político.
Nem prestado apoio humanamente ético.
No caminho deste humano ludibriar.
Sem nada de bem criar.
A actual planetária política estruturação.
Da mundialização.
Vem reabrir o caminho da escravização.
Já sem velas nem negreiros.
Nem santos milagreiros.
Nem régulos a venderem o irmão.
Às sombras de pacificador sermão.
Cantado por quem é parceiro.
Deste mercado candongueiro.
Que vende o pobre desgraçado.
Como se fosse animal caçado.
Negando assim, a liberdade.
A uma grande parte da humanidade.
Em troca de farrapos garridos.
E vidros coloridos.
E à força de fuzis e espadas.
Ao crime prestadas.
Coroas e escudos.
E sábios de astronómicos canudos.
Olham as estrelas.
Que guiarão as velas
Deste mercado.
De humano pecado.
Entre o Céu e a terra.
E a humana guerra.
Que nem terra nem vida dá erguida.
Nem paz conseguida.
Nesta navegação a fomentar mais escombros.
Na mediocridade e maldade dos adornados ombros.
Que vão enchendo a pança.
No sangue da humana matança.
Enquanto em Céu azul profundo.
Corre no seu espaço o mundo.
No mar, as barcas balançam.
E em terra os libertos dançam.
Em homenagens engalanadas.
De partidas e chegadas.
Cachaça e gritos.
Olhos aflitos.
Presos sem direitos.
Em temporais defeitos.
Membros acorrentados.
De corpos que à força são levados.
Por entre juizes, padres e soldados.
E mais forças de tantos danados.
Cobertos de rendas e insígnias.
E mais ignominias.
A fechar o cortejo.
Deste macabro festejo.
Que os tempos acompanha.
Em financeira campanha.
Pudicas damas vestidas.
E outras, também pudicas, mas ainda despidas.
Aguardam o passar dos séculos.
E a ganância dos régulos.
Que no correr das idades.
E nas vaidades.
De corpo e mente.
E desejo latente.
Ao querer de quem se julga valente.
Darão as trajadas desnudadas.
E as anteriormente desnudas, enfarpeladas.
Mas ambas, já de pudicos conceitos desvirtuadas.
E no ciúme dos corpos. Que a luxuria dão trocados.
São na nova vida, com a vida manipulados.
Terra e água em confrontação.
Vulcões de aberração.
A espargir lavas de ambulantes maternidades.
Corpos a veleidades.
Barrigas das modernidades.
A filhos dos novos maneirismos.
Paridos aos abismos.
Das farpas de enjeitados.
Coitados!
Animais bastardos.
Neste paraíso repleto de cardos.
Largados a infantários.
Nestes terrenos tempos revolucionários.
Que não se enquadram com os rumos planetários.
No Céu, os astros deslizam.
E o caminho sinalizam.
Mas o tempo, ainda corre sem norte.
A semear a morte.
Porque com a vida, ainda não acerta.
E mesmo que, os astros, já sinalizem o alerta.
O homem não desperta.
Mas com o tempo, acerta o sistema.
Ao continuar do mesmo anátema.
E porque os ignorantes.
Cada vez são mais arrogantes.
E doutoralmente instruídos.
Mais são os caídos.
Na força do aparo dos letrados.
E dos seus legalistas tratados.
Elaborados ao enriquecimento dos maiorais.
E ao proteccionismo dos seus arrais.
A este fim, sem humano respeito.
Altera-se a forma e o conceito.
E sem legal nem moral preceito.
Em político e Judicial estabelecimento.
Legaliza-se ao tempo, conveniente mandamento.
Farfalhado de moral e civilização.
Decretos e artigos, à de sempre comercialização.
Abrem assim, o mercado da globalização.
Políticos, juizes, policias e militares.
E mais nobilitares.
Seguindo antigas matrizes.
Aos poderes das novas antisociais directrizes.
Legalizam as posturas.
Das magistraturas.
A este camuflar, da mais descarada moralização.
Caminha legalmente a civilização.
Com o portal escancarado.
Á força do mais descarado.
Continuando assim, a encapotada farra.
Que na força de maior e mais nociva garra.
Abre o mundo a especulativas Tordesilhas.
De financeiras batalhas.
Sem espadas nem metralhadoras.
Mas feita de leis protectoras.
E de doutores de opacas viseiras.
A viciar comerciais fronteiras.
Nesta falácia de exportações e importações.
Negoceiam-se todo o tipo de transações.
Em especulativas acções.
Rabiscos de aparos maléficos.
Dão força aos editais políticos.
Que em criminoso crivar.
Faz dos planetários direitos privar.
Grande parte da humanidade.
Neste planeta nascida.
Que, por outros nascidos. Têm vida imerecida.
Aparo criminoso! Só, ao seu covil! Tudo instrumentaliza.
E à sua pança! Tudo legaliza e abaliza.
Na força, deste crer dos tempos, a humanidade estigmatiza-se.
E a um vazio do todo planetário, vigariza-se.
Em política instrumentalização de académicos recursos.
Desumanos gatafunhos de canetas sem humanos cursos.
Neste pernicioso e doutoral gatafunhar.
Que a humanidade faz definhar.
A mão, larga a visível espada.
Mas surge mais ferozmente armada.
A empunhar caneta viciosa.
E silenciosa.
Guerra macabra.
A torre perdeu a cabra.
A capa, já não é pasto.
È simplesmente negro rasto.
Nas crepusculares zonas de desolação.
Que só ao mal dão aceitação.
Neste maléfico estado.
O mundo, caminha sem que à humanidade seja prestado.
E, a este inferno.
Os terrenos governos.
Inventam nova forma encapotada e moderna.
Que, com o mal alterna.
Na forma como o aparo do político doutoral.
Sem ética nem moral.
Legaliza o seu sustento.
Cerceando a muita criança o seu alimento.
Macabro político festival.
À barca do tempo! Já não resta olival!
Que traga a bonança em verde ramo de oliveira.
E soldado de cara limpa sem negra viseira.
Mundo de pesadelo. Que tanto tarda em acordar.
E com a essência do universo concordar.
E sem sonhar, à força da criação obedecer.
E a sua essência, que é dar vida, reconhecer.
E em paz e harmonia, olhar o azul do firmamento.
E a criança que nasce ao universal ingresso
E humano progresso.
Guerra e paz. Escudada em armamento.
Eivada de exagerado sentimentalismo.
Mas sem fundo de patriotismo.
Nem humano altruísmo.
Fumo da mediocridade
De quem à sua pança e vaidade.
Quer ser autoridade.
Mas não passa de coveiro
De moderno negreiro
Do macabro obreiro
Das valas comuns repletas de cadáveres.
Caídos ao mando destes criminosos poderes.
Tiros e sangue. E lágrimas de criança.
Que sem esperança.
Se vê à nascença enclausurada ao jugo do mandante.
Que sem ser reinante.
Na dor que causa se julga importante
Mas nem para si! Politicamente é bastante.
Não passa de um prisioneiro egocêntrico
De um ganancioso lírico
De ego doentio com manias de conquistador
Mas só do mal é portador.
E à febre da sua doença.
Sem humana crença.
Subjuga-se e subjuga o planeta.
Com a sua macabra caneta.
Aos interesses das negociatas.
Dos poderosos magnatas.
Que vão impondo as suas políticas marionetas.
E as legalistas doutorais canetas.
Para mais infernizar.
Martirizar e atemorizar.
Quem até à morte tem que batalhar.
E rudemente trabalhar.
Para pagar os elevados impostos.
Taxas e pressupostos.
E mais infindas regalias.
Que as políticas famílias.
Cada vez mais exageradas.
E da humana realidade desajustadas.
Institucionalizam ao seu enriquecimento.
O mais cruel humano sofrimento.
Conquanto, vão criando o planetário empobrecimento.
No político compadrio do proteccionismo governamental.
Que de forma ornamental.
Num total desrespeito.
Pelo estado e pelo direito.
Vai dando postos ao seu clientelismo.
Neste político proxenetismo.
Inventam-se institutos e secretariados.
Para familiares, amigos e aliados.
Em corrupto encher de gamelas oportunistas.
Neste político mundo de tantos vigaristas.
A exalar por todo lado política pestilência.
Não pode haver estado. Que não entre em falência.
Com este total desvirtuar das planetárias administrações.
Alastra o desacreditar das públicas instituições.
Num crescente de onerosas burocracias.
Embrulhadas em maliciosas diplomacias.
Susceptíveis de todo o tipo de corrupções.
À feitura de fraudulentas negociações.
Que o estado vão lesando.
E desacreditando.
Para enriquecerem as contas dos seus magnatas patrões.
Vil mundo de tantos ladrões.
A fomentarem indemnizações.
E vitalícias pensões.
Aos seus sequazes.
Aos seus políticos rapazes.
Trogloditas palacianos. Miseráveis glutões.
A saquearem aos pobres os seus míseros tostões.
Aonde para a justiça? A legalidade e a igualdade?
Neste político mundo sem moralidade nem fraternidade.
Mundo! Assim, não avanças!
Restaras a calcorrear as mesmas andanças.
Sobre o jugo de melhores ou piores saqueadores.
Que sem quaisquer remorsos ou pudores.
Retardam a humanidade em zonas de denso nevoeiro.
Sem que se vislumbre mão de humano sinaleiro.
Que ponha cobro a este político administrar dantesco.
A este caminhar grotesco.
Que na sua doentia liderança.
Só traz humana matança.
E padecimento a vivência.
De toda a humana existência.
Neste mundo, cada vez mais dividido.
E mais ofendido.
Entre a opacidade das poluídas atmosferas.
E a ganância das políticas feras.
Que pelo mundo vão vociferando.
As tretas do seu comando.
E em vulgar e vil argumentação.
Mas a pessoal promoção e alimentação.
Vão instituindo abissais desigualdades.
Entre raças e nacionalidades.
Criando o caos entre a humanidade.
Que como nunca, se viu tão cerceada da liberdade.
Destituída do direito de usufruir o natural avanço planetário.
E do intrínseco conforto humanitário.
Meu Deus! Quantos deserdados?
Restam enclausurada em campos de refugiados.
A viverem sem dignidade. Tristes e amargurados.
Como prisioneiros destes mandos danados.
Destes poderes satânicos.
E politicamente tirânicos.
Meus Deus!
De infindos Céus!
Raças e Credos!
Porquê tantos políticos enredos?
Sem que se vislumbrem sinais de crescimento.
E humano viver com merecimento.
Porquê tanto grito furioso?
A incitamento odioso?
Meu Deus! É curioso!
Não se vê político pobre! No meio de tanto tormento.
No meio de tanta miséria e sofrimento.
Mas lixeiras!
Entre esqueléticas trapeiras.
Cães e gatos.
Baratas e ratos.
Crianças e gaivotas.
Matam a fome nos lixos dos agiotas.
O mundo, nunca será mundo, neste planeamento.
Mas sim, um amargurado campo de sofrimento.
A alargar a cratera do terrorismo.
Na explosão do fanatismo.
Na força deste diabólico instituir.
Nega-se o universal humano constituir.
Como nunca, as mascaras são diabólicas.
Pintadas em cores políticas.
E trajadas aos favores das comparticipações.
Instigadoras das nomeações.
Vende-se o mundo nas urnas em infindas votações.
Que por políticos defeitos, nunca servem as populações.
Nesta guerrilha de eleições.
Sem bandeira nem humanismo.
Mas repletas de político Sofismo.
E de leis artilhadas a este comodismo.
As desfocadas cores, a esta gamela se agitam.
E ao cibo de pão, na miséria gritam.
E na sombra deste continuado obscurantismo.
Por pessimismo? Ou optimismo?
Ou porque a fome é madrasta.
De rastos, a cobardia, a gamela arrasta.
A esta miséria não há justiça nem moralidade.
Não há respeito pela vida nem pela nacionalidade.
Ninguém respeita os abstencionistas.
Que não votam por falta de estadistas.
Ou porque fartos? De retóricas de falsos Portágoras.
Calam-se na força destas palhaçadas destruidoras.
À espera de planetárias melhores horas.
E elas virão!
Porque muito, já é o lixo desta política escravidão.
E porque nenhum fluxo. De nenhuma força é eterno.
Nem o inferno!
O tempo, dará a seu tempo, terrena política iluminação.
Ao bem de toda a universal população.
Os ferros serão cortados!
Não mais, haverá povos castrados!
Mas ainda a viver nas masmorras.
Destas catastróficas políticas amarras.
Entre vencidos e vencedores.
Sem se saber quais são os merecedores.
Caminham os governos e as oposições.
A apregoar infindas políticas soluções.
Mas sem quaisquer humanas melhorias.
Só os políticos comparsas, usufruem honrarias.
Rápidas e milionárias reformas. E um sem fim de regalias.
Nesta lixeira de políticos proteccionismos.
E humanos ostracismos.
Digladiam-se as políticas aos favores financeiros.
Ao poder dos banqueiros.
Que sem fronteiras.
Nem bandeiras.
Em especulativas financeiras investidas.
Vão fomentando as suas monetárias partidas.
Por quem mais rentabilizar.
O vil metal deste infernal prodigalizar.
Ouro! Sem cor nem cheiro.
Nem pretensa de garimpeiro.
Ouro! Sem picareta! Conseguido à espadeirada.
Licenciada por caneta desta vil política doutorada.
Mas ouro! É ouro! Mesmo que sangue dele escorra.
E gente por ele morra.
Mesmo impregnado em inocente sangue de criança.
Ou a espelhar vil humana matança.
Ouro! É dinheiro! É a possível transmutação.
Da rápida lapidação.
No lascar de um burro, ao canudo de doutor.
A este lascar de vidro fosco.
Qualquer tosco.
Se compra ou se vende.
E com o pecado se entende.
E na fogueira do inferno aguça o aparo da tortura.
E ao seu sustento, a lei estrutura.
Nesta feira de quinquilharia.
A encobrir muita confraria.
O dinheiro! É transaccionado entre paraísos fiscais.
A aguçar o apetite dos chacais.
Dos encapotados negociantes.
Que sem serem directos mandantes.
Tudo alicerçam aos seus pessoais valores.
Até mesmo a nomeação de administrativos governadores.
São feitas às suas maquinações.
E monetárias especulações.
Que em demanda de maior capitalização.
Esquecem a moral, a honestidade e a Nação.
O sangue que deixa de brilhar.
Ao humano trilhar.
De um todo mais uniforme e igualitário.
Com a estrutura do principio planetário.
Tudo por um calhau a que chamam ouro.
Fraco elemento sem universal tesouro.
Louros entre os corruptos e corruptores.
Farpas de muitos doutores.
De miseráveis à cata de migalhas.
Prisioneiros das suas próprias gananciosas malhas.
A chafurdarem no lodo, por mais uns míseros cobres.
Que vão sugando aos pobres.
Para acumularem ao seu pecúlio crescente. Mas indecente.
Conseguido na fome de muita gente.
Assim, sem escrúpulos ou remorsos.
A facultar mundiais especulativos Corsos.
Anda pelo mundo o dinheiro. Sem planetário contributo.
Nem humano atributo.
Neste legalizar de pirataria fiduciária.
A segurança económica é precária.
O mundo! Passa a ser dos agiotas.
Que a troco de algumas notas.
Legalizam mercados monetários.
A lavagem dos pecúlios de muitos salafrários.
Nestas legalizações.
Às mais obscuras negociações.
Qualquer ilhota, perdida por esses mares.
Pode ser um banco a abrir patamares.
A corrupção e à criminalidade
Um banco de imoralidade e ilegalidade.
Criado com a conivência dos governos das nações.
A facilitar mais fraudulentas extorsões.
Nestas legalidades, sem que se saibam proveniências.
Camuflam-se milionárias monetárias importâncias.
Dinheiros, que sem fronteiras, pelo mundo circulam.
E na fome de muita gente. Mais dinheiro acumulam.
Dinheiros que a taxas especulativas.
Só ao mercado negro atractivas.
São pelo mundo negociadas.
Aos interesses financeiros.
E candongueiros.
De industriais ou terroristas.
Pacificadores ou carteiristas.
Agiotas ou jogadores.
Negociantes ou coleccionadores.
Que neste andamento de oportunistas.
Esquecem que nem os egípcios.
Sabedores de milenares ofícios.
Levaram o ouro para lá das pirâmides.
Quando findaram as terrenas lides.
Dinheiros que reabrem a escravização.
Às portas da mundial globalização.
Eduardo Dinis Henriques



domingo, 12 de setembro de 2010

PAR LÁ DO MEU EU


Para lá do meu Eu

Tempos! Quantos?
Aí... mil encantos!
De espaços abertos.
Nuvens de sons encobertos.
Calor e gelo de latitudes.
Ao sentido de todas as virtudes.
Espaço de formas e horizontes.
De fracos e valentes.
Mas todos! De crucifixo ou espada.
Sem que a ordem seja prestada.
Aplaudem a política matilha judicial.
Neste espaço... nem a todos circunstancial.
Ventos de tempos... a trazer lamentos.
De séculos de descobrimentos.
Continuo relógio de sentido âmago
Que a fome marca no estômago.
E a vista cega! Sem horizontes.
Neste novo cronometrar de espaço.
Que não dá tempo a um humano abraço.
Eduardo Dinis Henriques







terça-feira, 7 de setembro de 2010

SEM RUMO NEM NORTE

SEM RUMO NEM NORTE

Sem aurora o dia nasce.
E a noite logo desce.
No fogo que a abrasa.
E o horizonte atrasa.
Em incerto movimento.
Sem tempo nem valimento.
Neste cair, sem dia nem noite.
Nem sonho que se afoite.
A vislumbrar a solidão.
Da planetária escuridão.
Que surge sem hora nem rumo.
A cair sobre o planeta como mortal prumo.
Fogo, de perdido norte.
A atear a seara da morte.
Que desde os pólos ao equador.
Em tumulto aterrador.
De universal guerra.
Arrasa a terra.
Eduardo Dinis Henriques




segunda-feira, 6 de setembro de 2010

POLÍTICA

POLÍTICA

Deixai-me mamar na teta da política.
Entrar nessa vida artística.
E ao som do instituído cantarolar.
De satisfação polar.
E como há muito morreu a matriz do respeito.
Até é cómico o político pleito.
E assim, em casamento multicolor.
De político daltonismo incolor.
Com todas as cores, politicamente alinhar.
Sempre em político adular, para mais ganhar.
E sem nada dizer, gritar eloquente.
Para que o povo me sustente.
Sou político! Sou doutor! É do povo obrigação.
Contribuir para a minha alimentação.
Abram-me a porta do político manjar.
Eu, também quero o erário público esbanjar.
Sou um bom mafarrico.
Também, tenho direito a ser rico.
E embora não seja um facho?
Acho-me com direito ao político tacho.
E na actual, discriminativa política norma.
Gozar o povo em rápida reforma.
Logo após poucas palmas batidas.
Às partidárias políticas a este gozo instituídas.
Deixai-me ser parlamentar.
Para a velhice não lamentar.
E ainda novo e anafado.
No cantar do político fado.
Viver alegre e babado.
Como rico nababo.
À custa dos votantes.
Que não passam de nabos pagantes.
A este paraíso de políticos errantes.
Que por métodos aberrantes.
Sem políticas variantes.
Se legalizam em proteccionismos.
Que vão fecundando entre as populações abissais abismos.
E desumanas assimetrias sociais.
No expandir da irracionalidade destas políticas antisociais.
Mas eles, os políticos, dos gritos de igualdade.
Como nunca instituem a desigualdade..
E em rápidas reformas garantem o sustento.
Político vergonhoso alimento.
Escamoteado a quem por toda a vida tem que trabalhar.
E rudemente por um cibo de pão batalhar.
Para no fim da vida nada usufruir.
Criminoso ruir.
O deste político instituir.
Desumano governo.
A fomentar na terra o inferno.
Por falta de estado.
Que ao mundo seja prestado.
Eduardo Dinis Henriques







sexta-feira, 3 de setembro de 2010

FUTEBOL

BOLA

O futebol! já nem tem bola!
A mesma já não rebola.
Entre o tempo.
Das linhas do campo.
Do recinto das planeadas jogadas.
Já extravasa as bancadas.
Para lá das fronteiras nacionais.
A mascarar jogadas internacionais.
Os apitos! Não se sabe. Se são de lata, ou de ouro?
Nem quem rege este fantasiado tesouro.
Os misteres! São os treinadores.
Neste português de desertores.
Que vai vivendo em piloto automático.
E desnorteado envolvimento político.
Grita o sul e o norte.
Sem futebolística sorte.
E atras da bola de imaginários bicos.
Como nunca, correm os actuais políticos.
Com as suas marionetas aos gritos.
Neste País de aflitos.
Que à bola se embandeira.
Entre camisas sem nacional fronteira.
Que a bicuda bola legaliza.
E às chutadas nacionaliza.
Bola Bola a jogar fora de jogo.
Vais ateando o teu fogo.
Eduardo Dinis Henriques
















quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CORPOS

CORPOS

O mundo é formado por portas continuas.
De formas nuas.
De miriades de elementos.
Que se vestem de sentimentos.
Para se mostrarem
E encontrarem.
Antes ou depois de qualquer curva.
Desta nem sempre estrada turva.
Que sem parado mundo.
Cresce a este universo profundo.
Em constante luto.
Mas nunca devoluto.
De formas há vida.
Que o todo dos elementos convida.
No turbilhão do eixo do tempo.
Sempre a abrir o espaço a novo campo.
Neste cósmico nascer de comuns traços.
Que pelos infindáveis universais espaços.
Vão estendendo os braços.
A universais abraços.
Até atingirem a essência universal.
A lagrima sem sal.
Que forma o todo da existência.
Da universal concomitante valência.
Eduardo Dinis Henriques