domingo, 14 de fevereiro de 2010

MUNDO

Tanto o ser humano. Como todas as outras formas.
A um todo. Crescem na temporal civilização.
Desde o utensílio de pedra, até à bomba atómica.
Sem o planeamento de planetárias normas.
Vai o mundo, subindo a escada da admiração.
E de forma antagónica e muitas vezes até cómica.
Soletrando estudada retórica.
Vai o homem, de forma alegórica.
Cantando a planetária história.
E consoante a reinante vitória.
E a sua pitoresca dicção.
À força, vai afirmando a sua convicção.
Às formas, que não saíram vitoriosas.
No actual, civilizacional empreendimento.
Na consequência deste irracional movimento.
Por falta de humano sentimento.
Ainda segue o mundo em sofrimento.
Mesmo depois, de tanto caminho já percorrido.
E tanto castigo sofrido.
As grilhetas da opressão, ainda são manifestação.
E ferro de condenação.
Na vontade e viciação dos mandantes.
Neste descalabro de inumanos reinantes.
O mundo, continua a sofrer e pecar como dantes.
Somente, queimou sol. E conspurcou doutorais sebentas.
Enquanto vai, sem misericórdia, espargindo águas bentas.
E na força de políticas falsidades.
Encobertando humanas realidades.
Neste faz de conta, segue a humanidade.
Perdida na actual catastrófica política vaidade.
E criminosa maldade.
E assim, sem humana criatividade.
Sem qualquer luz de igualdade.
Rola o mundo. Na energia da sua idade.
Mas, como, às riquezas planetárias, nem todos têm acesso.
Perde o mundo crescimento. Por falta de humano, comum ingresso.
Neste separatismo. Não pode haver planetário progresso.
Assim, na era nuclear. Força-se o planetário retrocesso.
E entre rádios e televisões. A cantarolar políticas ideologias.
Vão-se camuflando as reinantes orgias.
Mundo de calados.
A vogar no espaço. À vida parados.
Louco mundo de acorrentados.
A viverem na era atómica. Ainda, com senhores e escravos.
Com letrados e iletrados.
Com os eruditos, a penalizar os não letrados de mil agravos.
Mundo de tarados!
A enriquecerem a pedra de bélicos elementos.
Para se tornarem senhores de atómicos armamentos.
E nucleares bélicos instrumentos.
Mas sem aptidão para usarem a primitiva catapulta.
Ou vestirem calças de gente adulta.
Nesta miséria de políticas, sem construtivo crescimento.
O mundo, parece ter estagnado no firmamento.
Com os reinantes a chafurdar nas mesas das populações.
E a causarem criminosas populacionais humilhações.
Mundo de depravados!
De reinantes desvairados!
A esburacar a terra à cata de ouro e diamantes.
Para pagar aos bélicos fabricantes.
Os instrumentos da destruição.
O fogo da terrena poluição.
Eduardo Diais Henriques

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

LUZ

Uma luz! Lá! No infinito.
Demarca-se no azul bonito
Deste todo hercúleo
Bendito cerúleo.
E quantas mais não brilharão?
E como eu! Estarão!
A olhar os horizontes.
Repletos de infindos pontos brilhantes.
Destes Céus.
Meus e teus.
Ainda, no azul, de indecifráveis véus.
Mas, mesmo assim, eu vou olhando.
Ciente que alguém me esta escutando.
Neste sentir das ondas telepáticas.
Escuto no todo, o vibra de melodias harmónicas.
Que de luz em luz se imitem
E ao todo se transmitem
Alargando o braço
Ao universal abraço.
Eduardo Dinis Henriques

NÃO CORRAS



Tantos são os movimentos.
Entre não sentidos elementos.
E tantas são as visões.
De programadas ilusões.
Neste viver de dolorosas aflições
E falseadas orações.
Que levam o homem à destruição.
E à Divina perdição.
Mundo iluminado.
Restas arruinado!
A ferramenta do crescimento.
Foi transformada em bélico armamento.
Transformando a produtiva terra
Em selvático campo de guerra.
Seres que à vida correm.
E pela vida morrem.
Sem saberem o porquê da sua existência.
Nem o porquê, da vivida falência.
Neste mundo de política fraudulenta.
E assaz truculenta e maldosamente turbulenta.
Fazedora de braços a ferros mortais.
Sem saberem que também são mortais.
E que o corpo, é Divino instrumento.
Dado ao crescimento do universal empreendimento.
Mundo não morras!
Para! Não corras!
O tempo. É a nascente.
Que te abrirá a fonte
À noção do saber andar
Obedecer e mandar.
Num mundo de mais igualdade.
Sem tanta política criminalidade.
A forçar a humanidade a inúteis correrias
De brutais selvajarias.
A viciar mercados e valores.
Sem morais pudores.
E sem política ética e nobreza.
A difundirem pelo mundo, miserável pobreza.
Eduardo Dinis Henriques.