segunda-feira, 29 de setembro de 2008

LICENCIAR A ABRAÇOS É FÁCIL


Ainda em outros espaços, de longínquos tempos, já chovia.
Portanto, não é S. Pedro, o culpado. Pelas diluvianas planetárias catástrofes. Pois à muito, que já chove.
E desde à muito, que é sabido. Tudo o que se atira ao ar, mais cedo, ou mais tarde, acaba por cair.
Licenciar a abraços é fácil. Mas, pobre do desgraçado que, não é abrangido nos abraços.



NU

Nu! Neste inferno, caminho.
Sem Pátrio carinho.
Já pesa o andrajo.
Neste fardar de conivente trajo.
Vestimenta desta escumalha.
Vivente de quem trabalha.
Evocatória de falsa oblação.
Sem educacional filiação.
Nem nacional pergaminho.
Que, engrandeça e ovacione o nacional ninho.
Outrora farda ditosa.
Resta moribunda em decadência faustosa.
No intrínseco palco, da actual, miserável condição.
Da Lusa perdição.
Que, arredada da nacional missão.
Vê a Nação, caída à internacional submissão.
À nefasta sujeição.
Da actual política de nacional perdição..
Política desastrosa.
Destruis a Nação, na tua manhosa prosa.
Contigo qualquer vistoso trapo.
Logo é transformado em nojento farrapo.
Esfarrapada aberração.
De política sem nacional criação.
Mas de políticos, aos nacionais dinheiros andarilhos.
Causando infindos nacionais sarilhos.
Enquanto vão comendo, da prosa de ideológica conveniência.
Sem nacional existência.
Eduardo Dinis Henriques


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EU ACUSO

Nada existe
Neste politico mundo
Que ao povo não assiste
Governante imundo
Aviltas a humanidade
Não tens moral nem dignidade
És o pária da sociedade
Dejecto nulo sem mestria
Personificas a egolatria
Só crias hostilidades
E favoreces as imoralidades
Causadoras de humanas barbaridades
Vives da impostura
Não tens nacional postura
Nem humana compostura
Para politica estrutura
De humano progresso e ventura
Não passas de um chupista
De resolução oportunista
Com tiques de estadista
És da militar desordem o papista
Politico de incongruentes antecedentes
Abandonaste combatentes
Que Há Pátria foram valentes
Cemitérios distantes
Corpos Há Pátria crentes
Hoje restos de fardas descontentes
Sem nacionais comandantes
Com Pátrio amor como dantes
Ministro tu mentes
E consentes
Que te chamem trapaceiro
Sem largares o governamental poleiro
Foste o nacional cangalheiro
Só politicas por dinheiro
Sem governar de modo obreiro
És um politico infernalmente desastroso
Tido como mentiroso
Não tens personalidade
Politiqueiro da promiscuidade
A nada deste prosperidade
És o advento da nacional infelicidade
Em governos sem nacional autenticidade
Contigo voltamos aos primitivismos
Sujeitos a todos os cataclismos
E humanos traumatismos
Padroeira de Portugal a ti ergo minhas orações
Exausto de tantas traições
E nacionais aviltações
Neste politico mundo de pejorações
Com políticos a todas as comutações
E conjurações
A tudo são candidatos
Sempre ávidos de novos mandatos
Abandonados e trocados à primeira oportunidade
Por mandato de maior notoriedade
Os quais na evidência
Da má consciência
Dissertam do fascismo
Com duvidoso e teatral facciosismo
Para esconderem a verdade
Desta partidária tirania de politica exiguidade
Que Portugal veio tiranizar
Sem nada de positivo concretizar
E à falta de politico programa
Nem politico valor mesquinho ódio se derrama
Sobre todo um nacional passado criador
Aos mares navegador
Há Pátria e ao mundo servidor
E à humanidade de juras e promessas cumpridor
Abutres da democracia
De infinda burocracia
Impulsionadora à compadrice de rasteira acrobacia
Sois o estigma da universidade
O descalabro da faculdade
Sois os mestres dos canudos da destreza
Em licenciaturas de incerteza
Portugal que politica tristeza
Ecos ouvidos em todas as povoações
Devido às vozes das populações
Cansadas de tantas fraudulentas atribulações
Políticos enredos confusões e complicações
Politico governas-te no governo
Enquanto o pobre vive hórrido inferno
Não passas de politico avarento
Infesto e azarento
Poder vergonhoso
Em jugo manhoso
De cérebros dementes
Em corpos doentes
Com hemorrágicas diarreias
De pecaminosas verborreias
Demagogias
A tresandar ideologias
De conteúdo embusteiro
À cata de alheio mealheiro
De forma trapaceira
Em politica traiçoeira
E desordeira
Com vossos enredos marginais
Só vos saturais os tribunais
Venenosa chispa
De politica Alcateia
Que tudo regateia
Enquanto o povo crispa
Nefandos políticos vendavais
Só o mal validais e inovais
Do humilde o pouco levais
Em estrondosas lérias rujais
Sem honra tudo sujais
A humanidade enojais
E pelo voto a todos rogais
Na vossa insanidade tudo subjugais
Tudo cobiçais
Na forja que atiçais
De leis sem justiça nem equidade
Ao enriquecimento da imoralidade
E da vossa politica dejectaria personalidade
Jurisdição de enlatados
De mandantes danados
Fetos alados
Ao mal vinculados
Doutoresca corja de desalmados
Canetas de erudições pecaminosas
Em mãos de mentes criminosas
Incitadoras de maléfico politico portal
Aríete mortal
De ignorância e fanatismos
Que obriga o povo a viver de proselitismos
No gume da machada
De libertadora fachada
Piolhos fardados
Pelo belzebu armados
À controvérsia de militares artigos
Que findam em populacionais castigos
Encobrindo os propósitos dos inimigos
Armas floridas
Politicas fratricidas
Juras esquecidas
Crianças doridas
Vidas padecidas
Bandeiras vencidas
Fronteiras perdidas
Searas incendiadas
Vidas mortificadas
Pessoas aniquiladas
Em politicas odiadas
Promessas e desculpas
De quem são as culpas
Prendem-se polícias
Instauram-se milícias
Mas juízes e generais da ditadura
Continuam a viver em extrema candura
Imunes na justiça da liberdade
Proclamadora da igualdade
Que só prende o insignificante secundário
E apadrinha e proclama o mandatário
O qual continua a viver ricamente
Sem o julgamento da militância antecedente
Na liberdade do novo despotismo
A nacionalidade é politico abismo
Esta é a triste realidade
Desta tirania de inverdade
Motivadora de nacional precariedade
Hoje Portugal é um país de esfomeados
De seres amedrontados
Com impostos constantemente ameaçados
Miséria de amordaçados
Apagados foram infindos fornos
Para brilharem novos cornos
De porcos comedores de chouriços
Que não descendem dos magriços
Fazedores de promessas
Caminhos de avessas
A nulo progresso
Triste retrocesso
Com estes militantes do devaneio
Sem nacional meio
Nem igualitária liberdade
Ao chão da nacionalidade
Grito disforme
Com a ditadura conforme
Mas do nacional propósito dissonante
E da Portuguesa gente distante
Eduardo Dinis Henriques
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Humanos

Nascemos pertencentes
Ao todo dos antecedentes.
Na pertença dos cósmicos elementos.
A que o tempo, dá novos movimentos.
E sentimentos.
Dos corpos... Íntimos.
A vida sentimos!
Até nos vestimos.
Somos humanos!
Falamos, ouvimos e vemos.
E do mundo! comemos.
Mas, também o tememos.
Somos humanos!
Até em materno seio mamamos.
E a vida amamos.
Mas, também matamos.
Somos humanos!
Do nu oriundos.
Às vezes pudibundos.
Procuramos novos mundos.
Somos humanos!
E em espúrias leis condenamos.
E com trapos trajamos.
Corpos que envergonhamos.
Somos humanos!
Defecamos.
Urinamos.
E até respiramos.
Somos humanos!
Até nos despimos.
E ao sol, o corpo ferimos.
Mas ao oposto sorrimos.
Somos humanos1
Mundo de infindos abismos
Aonde tanto construímos.
Mas também, muito destruímos.
Somos humanos!
Até ocultamos.
E negamos.
Mas também, difamamos.
Somos humanos!
Mentimos.
Consentimos.
E oprimimos.
Somos humanos!
E se ao mundo, muito ou pouco demos.
O muito ou pouco recebemos.
Porque também, até morremos.
Somos humanos!
Eduardo Dinis Henriques
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BASTARDO

Será que? O que é! É?
Ou será que? O que não é! É?
Quem sabe, até?
Se, no meio de tanta contrafé.
Neste mundo de pouca fé.
Em que, impera o português do boé.
Na política de um assolador Noé.
Figura negra disforme e chué.
Inebriada em coca e capilé.
A qual, nos obriga a andar de boné.
Com a pala virada à ralé.
Como simples marioneta xoné.
Enquanto, nos vai tocando oboé.
Em duplo e nasalado banzé.
Causticando aos ouvidos do pagante Barnabé.
O qual, débil na pele de André.
Vê o país submergir em diluviano fricassé.
Na força de quem, não foi deitado ao bidé.
Pela senhora, que no canapé.
Conspurcado de nauseante chulé.
Em recôndito e prostituto chalé.
Às escondidas do seu amado José.
Nos braços de um qualquer xexé.
Gera o bastardo de tão nefasta maré.
Eduardo Dinis Henriques.

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