terça-feira, 25 de maio de 2010

MERCADOS

Importe a fruta e plante cardos no seu país não tarda a mastigar pedras

Cravos de tantos ódios.
Matas dadas a incêndios.
Mãos sem enxadas.
Terras abandonadas.
Mãos de unhas envernizadas.
Vidas infernizadas.
Em políticas sem nacionalidade.
Sem bandeira nem lealdade.
Terras de infindas brigas.
Na dor de vazias barrigas.
Nesta globalização de negociatas.
A mercados piratas.
Terras sem fronteiras.
Terras candongueiras.
Aonde tudo é importado.
E a qualquer preço disputado.
O mundo virou um mercado.
O lucro não é pecado.
Mesmo que a criança.
Em vida sem esperança.
Tenha sido escravizada.
Com trabalho brutalizada.
Para os senhores da globalização
Imporem a sua cotação.
E nas lágrimas de quem sofre.
Encherem o seu cofre.
Eduardo Dinis Henriques

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