sexta-feira, 28 de maio de 2010

EU

De algum lugar do passado.
Esperado no tempo da criação.
Para na vida, ser de novo ingressado.
A continuar a universal formação.
Assim, o meu Eu, aparece em matéria terrena.
Neste todo de força eterna.
Eu, feito a olhar os Céus.
Mas quantos são os véus?
Que me escondem as estrelas.
Por mais procissões de velas.
Que em oferendas. Os eus, queimem.
E com orações o éter animem.
Continua o meu Eu, no meio deste hercúleo.
A olhar o inatingível cerúleo.
Eu, que na Cruz, o sangue derramou.
Pelos eus que amou.
Neste mundo de suplícios
E terrenos vícios.
Que vão cortando as assas aos voos da compreensão.
E fomentam a humana tensão.
Que faz levar a espada à mão.
E a morte ao irmão.
Eu, em corpo de sangue.
De olhar sorridente ou langue.
Conforme a luz que o sustenta.
Ou as trevas que o tenta.
No todo da humana confusão.
E da vivida ilusão.
Eduardo Dinis Henriques

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