terça-feira, 25 de maio de 2010

ESCRITOS

Faltam palavras
Em muitas obras.
Que incitem a boas lavras.
Mas são muitas as sobras
De escritos e alfarrábios.
Sujo papel de títulos.
À filosofia de falsos sábios.
E seus escritos esdrúxulos.
Que de forma descontrolada.
E velada.
São narrados na papelada.
Em absoluta verdade.
Como se fossem a universal realidade.
Tristes olhadores de Céus.
A obscurecerem os cristalinos universais véus.
Canetas perdidas e desvirtuadas.
Dadas a escrituras desnorteadas.
Nas quais, nem os seus divulgadores acreditam.
Quando nelas meditam.
Aparos de tintas desfocados dos universais coloridos.
E criadores sentidos.
Letras amontoadas.
A ruidosas filosóficas toadas.
Escondidas em disfarçados enigmas.
E incompreensíveis dogmas.
A findarem em engenhosos epigramas.
Repletos de pleonasmos bombásticos.
A gritar por Céus plásticos.
Feitos às filosóficas erudições.
Destes curiosos das universais criações.
Testemunhas apocalípticas.
Sem universais ópticas.
Eduardo Dinis Henriques

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