terça-feira, 11 de maio de 2010

MAUS VENTOS

Lá para os lados de S. Bento.
Sopra sempre o mesmo vento.
Tempestade de crise e impostos.
E muitos mais fatídicos desgostos.
Para a população.
Mas para a governação.
Feita no absentismo da eleição.
Sopram sempre melhoradas brisas de feição.
Por todo o lado venta regalias.
No furacão das mais valias.
Reformas, cartões e pagas viagens.
Como se tudo na vida, fossem miragens.
Sem Céu nem Inferno.
Verão ou inverno.
Ao acordar desta miragem, venta a troposfera.
Aos pulmões da humana fera.
E porque o vinho, não mais é feito de uva.
Com sol ou chuva.
Continua o homem a soprar a fumegantes tições.
Na mesa das eleições.
E sem que se conheçam as humanas lógicas.
Em quaisquer condições meteorológicas.
Os homens labutam.
E entre si lutam.
Por migalhas e ideias.
E ainda pelo petróleo às suas candeias.
Mundo de cegos acorrentados.
A erguer mais cruzes que os antepassados.
Neste correr às populacionais algibeiras.
Esgrimem-se espadas e bandeiras.
A darem força aos encanudados letrados.
E a uns quaisquer magistrados.
Que sem obras feitas.
Por todo o lado cortam fitas.
E erguem estatuas aos seus ídolos.
Neste mundo de tolos.
Até que outro louco.
Que se julgue com pouco.
Com as armas da morte.
Imponha outro norte.
Dantesco degolar de estatuas.
À ordem dos novos fátuas.
Criados nos mesmo círculos viciosos.
Mas feitos a ventos mais tempestuosos.
Assim, o mundo sempre pecando.
Vai-se ao pobre fechando.
Em nome da moral e da ética.
Que somente enche a pança da política.
Eduardo Dinis Henriques

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