quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

GUIMARÃES

Guimarães! Mundo de horizontes! Ontem muralha de senhorios distantes. Ténue arrabalde de outras cortes. Teus braços de feudatário eram a ruína. A quem, a Pátria já opina. E aos seus, a liberdade destina! No horizonte, o sol… Novo dia avizinha! Aquece quem caminha! Embrandece… Quem definha. No berço, grita uma criança! As muralhas ainda nuas de seu suor e crença. Aguardam a sua tença! Enquanto o povo no terreiro. Forma alvissareiro. As boas novas do guerreiro! Na espera, já desesperava quem sofria. Na forja. O aço já esfria! Urge braço. Valentia Pátria! O tempo abraça... A formação é fraternal! Elos ao desígnio. Comunhão divinal! Um todo. A hino nacional! Cresce o Infante que domina! Segura na mão o montante. Força divina! Que ás cinco quinas atina. Jura aos seus estandarte e bandeira. De Guimarães! Ao mundo. Ondulante companheira! Diligente a Cruz de Cristo. É-lhe obreira. Guimarães! Ao mundo foste colossal! O sal do mar! Não te foi abissal! Foi sim! Quilha firme! De rumo universal! O despontar do longínquo abismal! Não foi só, mercado animal! Ás esclavagistas grilhetas do mal! Serviu a Deus! No encontro das gentes. No aproximar dos continentes: Serviu as gentes! Ao servir as mentes! Oh Portugal!!! De atlânticas areias! E castelos de mil ameias! Ao mundo… Ainda hoje candeias!!! Guimarães! As pedras não findam! Porque os astros, as tuas ameias circundam. E no espaço, mais cedo ou mais tarde, por ti bradam. Quem sabe… Se a fecundar? Para ao mundo dar. O mesmo de ontem mandar. Do egrégio Guimarães! Que ao mundo, lançou nobres capitães! A erguer a Lusa bandeira. E a alargar a Lusa fronteira. «» Guimarães! Deste mundo ao mundo. Conseguiste construir uma Nação Universal. Pariste filhos valentes que sempre souberam respeitar-te. Mas também, pariste muito filho, que nem o inferno os quer. E com o tempo, até os seus descendentes, deles se vão envergonhar.

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