quinta-feira, 29 de abril de 2010

VERGONHA E CRIME

VERGONHA E CRIME

Fiscalizam-se tavernas, mercearias, feiras e mais estabelecimentos. Ainda bem! Eu pessoalmente, até gostaria que as fiscalizações fossem mais assíduas e eficazes. Evitando-se assim, a possibilidade que devido a alguma irresponsabilidade ou descuido de gerentes comerciais. Muita gente tenha que recorrer aos serviços de saúde dos hospitais. Mas igualdade só é igualdade. Quando o fiel da balança desconhece o conteúdo dos pratos. No respeito por direitos e deveres. Devia-se também fiscalizar os hospitais. Como outras instituições governamentais. É legal, moral, ou ético, que um doente em: 23/02/2010, vá às urgências por uma questão de saúde. Seja nessa data, nas urgências algaliado e o mandem para casa com uma requisição para consulta da especialidade. Com caracter de urgente. Mas mesmo assim, a mesma. Só é marcada para o dia 05/07/2010 Ou seja, o doente tem que andar algaliado à espera da consulta. 4 Meses e 12 dias. Para mim, isto é uma vergonha. E aos responsáveis que permitem esta vergonhosa falta de respeito por quem necessita de cuidados médicos. Não devia ser permitido exercerem cargos públicos. Estão estas instituições a respeitar o consagrado na constituição? Estão os hospitais a prestar às populações um serviço de saúde de qualidade?

Já o corpo não sinto.
E na dor, à Alma minto.
Nesta espera interminável
Que nada tem de saudável.
Em sofrimento, sonho com lazer.
Sem nada que fazer.
De olhos fechados.
Penso no toque de finados.
Morreu em mim a crença!
E a doença...
Já é uma brincadeira.
E prolongada companheira.
A levar meu corpo até à falência
Nas salas de urgência
Da nossa saúde hospitalar.
Ante câmara. Aonde a morte, vem acasalar
Com o moribundo.
Que sem tratamento no hospitalar mundo.
Já se vê defunto.
No abismo de hospitalar abissal fundo.
As batas são multicolores.
Tal tela de Picasso. A verter mil cores.
Mas mais são as dores!
E os temores!
Dos muitos pacientes.
Que impacientes.
Se lastimam na hospitalar precariedade.
E doentia promiscuidade.
Por uma bata, que se debruce sobre a sua maleita.
Que a vida lhe enjeita.
Malfadada urgente espera.
Aonde a vida desespera.
Enquanto as maleitas se vão agravando.
Porque a consulta à sua dor se vai atrasando.
Num calendário irresponsável.
E ao médico juramento imperdoável.
Neste servir a uma tutela que não dignifica a saúde.
E vai calando o utente no silencioso ataúde.
Da sua legalizada irresponsabilidade.
Falta de ética e imoralidade.
Eduardo Dinis Henriques

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