sexta-feira, 2 de novembro de 2012

SOU UM FALHADO

Em farsa altruísta.
No mel me lambuzei como político oportunista.
Mas ao ver instituída por mim tanta desgraça.
Sozinho choro a minha raça.
Enquanto sonho com fuzilamento em disforme paredão
A Deus rogo perdão.
Consciência! Deixa-me só! Para o meu eu cantar.
E para o meu interior gritar.
Esta farsa que me vai enchendo a gamela.
E na incontrolável remela
Que da Alma me chega à vista
De forma imprevista.
Deixa-me cegar!
Para continuar a mentir e o brioso passado a negar.
Em interior dor sem conscencioso legar.
Deixa-me cantar!
E falsamente gritar.
Por um floreado canudo de falseados prometimentos.
Sem quaisquer sociais valimentos.
Mas farto de milionários políticos instituídos vencimentos.
Legalizados num florido conluiado a associação criminosa.
Que de forma partidária, danosa e manhosa
Fomenta gravíssimas sociais assimetrias.
E nega a Portugal passadas briosas honrarias.
Deixa-me cantar!
E só para mim, vergonhosamente gritar.
Toda esta minha hipocrisia.
Viver esta nacional acinesia.
Pois não passo de um trovador feito a qualquer vento
Em demanda de fácil sustento.
Sou um palhaço! Um falhado! Que canto a qualquer revolução.
E se o vento mudar o eco, logo eu, mudo a minha canção.
E consoante as novas dos canudos de aço, será a minha intervenção.
Deixa-me cantar!
E sem me denunciar, ao meu interior gritar.
A tanta oportunista política palhaçada
Que pelo mundo caminha disfarçada.
A gozar de passada herança.
E conluiada ao jugo dos canudos vai enchendo a pança.
Do que é roubado do parco cibo do esforçado.
Que a Portugal não caminha embuçado.
E altivo respeita o passado que por Portugal foi alcançado.
Deixa-me cantar!
E à consciência na ganância adormecida gritar.
Que a ganância da minha pança, nega-me a moralidade.
Mas como sou todo barriga, que se dane a nacionalidade.
O florido circo por canudos foi montado.
A um sistema administrativo só a si prestado.
E sem qualquer sentido de estado.
Em promiscua política oligarquia vai-se revezando.
E sem consciência, ao povo ao todo gritante! Portugal negando.
Deixa-me cantar!
E até para mim, falsamente gritar.
Há minha gamela. Na TV vou mentindo
E o ser do meu interior omitindo
Em couraça de mentiras vou destruindo
Os trovadores da verdade
Camões e a Lusa realidade
O todo da Portugalidade
Que em pano branco navegou pela planetária universalidade
Deixa-me cantar
E de consciente atormentado gritar
Reconheço que por ganância sou um político mentiroso.
Mas vencível! Como outrora foi o Admastror tormentoso.
Nada do que canto vem do meu pertencer honroso
Mas sim! Do consciente medo de corpo sofrido
Por falta de coragem de gritar que cano de aço florido.
Foi porta a mercado de agiota.
Espinhoso jardim antipatriota.
Deixa-me cantar
Rico mas desiludido ao meu ser gritar.
Só digo mal de ontem e de quem a Portugal sempre defendeu.
E por Portugal sempre empreendeu.
Porque não tenho vergonha e por fácil gamela perdi a dignidade.
Perdi a Alma da Lusitanidade.
Abjurei egrégios honrados
Que outrora nos fizeram grandes e respeitados.
Erguendo o nosso Padrão para lá dos mares nunca dantes navegados.
A Gritarem Portugal
A um todo Universal
«»
Deixai-me sonhar com o mar. Com as ondas a bater na praia. Com Caravelas de velas pandas. Com Homens e ventos a leva-las ao longínquo. Com o Padrão de Portugal erguido além mar. Com o Admastor vencido. Com todos os continentes a falarem Português. E a uma Abrilada de benéfica viragem a trazer um Portugal de novo erguido e respeitado.

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