quarta-feira, 14 de novembro de 2012

SERVIÇO DE SAÚDE

Já o corpo não sinto.
E na dor, à Alma minto.
Nesta espera interminável
Que nada tem de saudável.
Em sofrimento, sonho com lazer.
Sem nada que fazer.
De olhos fechados.
Penso no toque de finados.
Morreu em mim a esperança!
E a doença...
Já é uma brincadeira.
E prolongada companheira.
A levar meu corpo até à falência
Nas salas de urgência
Da nossa saúde hospitalar.
Ante câmara. Aonde a morte, vem acasalar
Com o moribundo.
Que sem tratamento no hospitalar mundo.
Já se vê defunto.
Como porco que caminha para presunto.
No abismo de hospitalar abissal fundo.
De mortal odor nauseabundo.
Nesta escuridão há morte. As batas são multicolores.
Tal tela de Picasso. A verter mil cores.
Entre benzinas e dores!
E infindos temores!
Dos muitos pacientes.
Que impacientes.
Se lastimam na hospitalar precariedade.
E doentia promiscuidade.
Por uma bata, que se debruce sobre a sua maleita.
Que a vida lhe enjeita.
Malfadada urgente espera.
Aonde a vida desespera.
Enquanto as maleitas se vão agravando.
Porque a consulta à sua dor se vai atrasando.
Num calendário irresponsável.
Num juramento médico imperdoável.
Neste servir a uma tutela que não dignifica a saúde.
E vai calando o utente no silencioso ataúde.
De legalizada irresponsabilidade.
Falta de ética e imoralidade.
«»
Fiscalizam-se tavernas, mercearias, bares, feiras e um sem fim de estabelecimentos. Mas ainda bem! Eu, pessoalmente, até gostaria que as fiscalizações fossem mais assíduas e eficazes. Evitando-se assim, a possibilidade de que, devido a alguma irresponsabilidade ou descuido de gerentes comerciais. Muita gente tenha que recorrer aos serviços de saúde. Mas igualdade só é igualdade. Justiça só é justiça!. Quando o fiel da balança desconhece o conteúdo dos pratos. E esta aferido a medidas iguais para todos. Assim, no respeito por direitos e deveres. Devia-se também fiscalizar os hospitais. Como outras instituições governamentais. Os políticos. E tudo o que mexe com dinheiros públicos.

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