terça-feira, 23 de março de 2010

POBRE É O OURO QUE NÃO BRILHA

De mão estendida
Caminha o pobre
A sua desdita.
Segue a vida erguido e nobre.
O trajo desfiado.
Nem parece esfarrapado
De tanto que é asseado
E cuidado.
Sem orgulho vai mendigando
A luz que o vai guiando.
E lhe vai dando.
A alegria que vai ofertando.
Mesmo com os pés frios
E mal calçados.
Caminha sem martírios.
Mais sorridente que os abastados.
E na magra algibeira.
Sempre guarda algum trocado.
Que de forma companheira
Oferta ao mais necessitado.
Lá no alto, a sua estrela brilha.
E ele, na sua singeleza.
Segue a sua trilha.
Espelhando nobreza e realeza.
Entre a terrena pobreza
Eduardo Dinis Henriques

Sem comentários:

Enviar um comentário