segunda-feira, 22 de março de 2010

CORRECTAMENTE POLÍTICO

CORRECTAMENTE POLÍTICO
Depois de Pilatos.
Que por medo. À urbe entrega um inocente.
Quantos falsos aparatos?
Quem governa consente.
Quantas cruzes?
A ofuscar as universais luzes.
Quantos inocentes?
São vitimas dos actuais presidentes.
Quantas cruzes se carregam em cerimoniais?
De políticos festivais.
Somente para fazer brilhar políticos chacais.
E quantas? Se penduram em casacas de generais.
Para encobertar e pagar à espada.
Que a cabeça do inocente deu por decepada.
Cruzes, que à humanidade não foram prestadas.
Mas sim, ao interesse político emprestadas.
Para garantirem aos políticos chacais, segura guarida.
Em desprimor da pessoa querida.
Cruz do monte das oliveiras.
Chagas padroeiras.
Sangue e sofrimento.
Mas nada resta de teu humano sentimento.
Brutal esquecimento.
Neste mundo que por si vai crescendo.
Mas pouco merecendo.
Terreno purgatório.
Em ti, somente é notório.
O político finório.
Infernal promontório.
Teu político território.
É do inferno o maléfico portal.
Político chacal. És na terra a espada mortal.
Chacal sem olhos. Só feito de barriga.
Por ti, toda a seara seca, sem benfazeja espiga.
E já cadavérica a criança.
Caminha sem esperança.
Neste pantanal de tanta política desavença.
E de tantas cruzes ferrugentas.
A adornar mentes sangrentas.
Eduardo Dinis Henriques

Sem comentários:

Enviar um comentário