quarta-feira, 10 de março de 2010

EU

EU
Se tão simplesmente assim acontece-se.
Não haveria noite nem dia.
E cada eu, um todo de eus, sem nada que os desvanece-se.
Viveriam a uma só melodia.
Num amor de corpos juntos.
Sem espirito nem ardor.
Eus de programados conjuntos.
Eus sem criador.
Neste todo de eus.
De mãos erguidas aos Céus.
Alegria e bondade.
Ódio e maldade.
Mas felizmente, o mundo.
È muito mais profundo.
E cada eu, em seu libre arbítrio.
Vive o seu humano mistério.
Neblinas entre Véus.
Inocentes, espadas e réus.
Sem Almas que se espelhem.
Nem eus que se ajoelhem.
Se assim tão simplesmente.
Caminha-se cada eu livremente.
Meu Deus! Que força tinha a vida?
E para que, era ela vivida?
Seria ela a tantos eus merecida?
Ou simplesmente, uma corpórea meta pela morte vencida.
Eus orgânicos de Espíritos Divinizados.
Mas sem que, dos maus pensamentos fossem imunizados.
E somente ao bem acarinhados.
Eus, por outros eus, desejados.
E na cadeia de seus magnetismos amados.
Eus, que do todo ainda restam interditos.
Por que os seus Espíritos, tardam em ser benditos.
Eus sem realidade.
Sempre em demanda da sua verdade.
Vão pelo mundo instituindo grades.
Sem verem de outros eus, suas vontades.
Eus de infindas visões.
Em demanda de todas as ilusões.
Eus de sentimentos.
Consoante os vividos tormentos.
No todo de encontros e desencontros.
Entre Santos e monstros.
Que formam a pirâmide dos eus.
Que nem sempre, conseguem seguir os seus.
E tardam em ver, as verdadeiras cores dos Céus
Eduardo Dinis Henriques

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