domingo, 14 de março de 2010

EU

EU
Com o continuar do meu eu.
Vislumbro que o meu eu, tem algo de meu.
Pois entre os muitos eus.
Que habitam entre tantos Céus.
Todos têm diferente forma interrogativa.
E consoante ideia afirmativa.
Dos eus pensantes.
Que entre os Céus, vivem de tantos eus dependentes.
E de todas as outras formas, visíveis e invisíveis.
Umas, por todos vistas e palpáveis.
Outras, de diferente modo, por cada eu sentidas.
Consoante o trajecto de suas vidas.
Mas que, não deixam de ser eus.
Dependentes dos teus e dos meus.
Nesta cadeia à existência.
Ainda em humana turbulência.
Mas a caminhar dentro da mesma convergência.
Entre ódios e lutas de sangue e morte.
Sem saberem porque há norte.
Seguem os eus, entre beijos e castigos.
Temerosos da espada dos inimigos.
Clamam pela mão dos amigos.
Nesta trilha de maldade e bondade.
Vão vivendo os eus, da riqueza ou caridade.
Do trabalha ou da usura.
Da fraude ou da lisura.
Na vergonha ou na vaidade.
Vive cada eu, a sua realidade.
Entre paixões e amores.
Vão vivendo os eus, as suas dores.
Numa constante de angustias e alegrias.
A desenhar fantasiosas alegorias.
Sem olharem, que cada eu, é o que é, neste todo de fobias.
E intrínsecas manias.
Retiradas de ideias.
Muitas vezes originadas em fraudulentas teias.
De gnoses sem qualquer humano fundamento.
Nem universal mandamento.
Que pelo mundo, vão difundindo o seu pensamento.
Sem verem que, uma rosa, não é só por espinhos formada.
Também pode ser, deliciosamente perfumada.
E que a terra.
Não é unicamente um mundo de feroz guerra.
Também é, um éden de encontros.
E mesmo que, as mãos, se cruzem entre monstros.
Coexistem sempre abraços.
A melhores laços.
Ao longo dos caminhos que a vida vai vencendo.
E na forma de cada eu merecendo.
Entre prantos e risos.
Que a cada eu, vão servindo de avisos.
À demanda de mais amplos conhecimentos.
E mais profundos sentimentos.
Neste todo, de tantos eus, e seus relacionamentos.
Meu eu, que padece, no limiar da ponte.
Em demanda da nascente da fonte.
Criadora de todos os eus.
E de todos os Céus.
Roga por mais coragem.
Para chegar ao fim da sua viagem.
Eduardo Dinis Henriques

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