domingo, 14 de novembro de 2010

O SOL VAI LUZINDO

O espelho da realidade das modernas democracias. São as amarras que de dia para dia mais subjugam as populações. Conquanto no compadrio de medíocres e falseadas políticas, arregimentadas aos seus correligionários. Vão abrindo fossos de abissais assimetrias sociais.
Neste mundo cheio de generais e almirantes. Que não conquistam um metro de terreno. Nem defendem as fronteiras. Nem tão pouco asseguram a segurança dos cidadãos.

O sol lá vai luzindo.
Mas pouca gente já vai rindo.
A terra só tem almirantes.
Que ao mar não são bastantes.
E o mar sem arrais.
Banha mortos areais.
Esquecendo os horizontes.
Do encontro de todas as gentes.
E no Cerúleo as estrelas.
Vão carpindo às Lusas velas.
Neste deserto de traiçoeiras vitórias.
Sem humanas glórias.
Entre as lágrimas da desgraça.
A escuridão graça.
E a lua, vai mostrando as suas caras.
Consoante o tempo, abre ou fecha as suas garras.
A este planeta de generais.
Que se julgam maiorais.
Num estrelado sem firmamento.
Nem humano valimento.
Neste cerúleo de obscurantismo.
Ruma-se ao Pátrio abismo.
E Aljubarrota sem espada.
Não mais à Nação é prestada.
Eduardo Dinis Henriques







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