terça-feira, 7 de setembro de 2010

SEM RUMO NEM NORTE

SEM RUMO NEM NORTE

Sem aurora o dia nasce.
E a noite logo desce.
No fogo que a abrasa.
E o horizonte atrasa.
Em incerto movimento.
Sem tempo nem valimento.
Neste cair, sem dia nem noite.
Nem sonho que se afoite.
A vislumbrar a solidão.
Da planetária escuridão.
Que surge sem hora nem rumo.
A cair sobre o planeta como mortal prumo.
Fogo, de perdido norte.
A atear a seara da morte.
Que desde os pólos ao equador.
Em tumulto aterrador.
De universal guerra.
Arrasa a terra.
Eduardo Dinis Henriques




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