segunda-feira, 6 de setembro de 2010

POLÍTICA

POLÍTICA

Deixai-me mamar na teta da política.
Entrar nessa vida artística.
E ao som do instituído cantarolar.
De satisfação polar.
E como há muito morreu a matriz do respeito.
Até é cómico o político pleito.
E assim, em casamento multicolor.
De político daltonismo incolor.
Com todas as cores, politicamente alinhar.
Sempre em político adular, para mais ganhar.
E sem nada dizer, gritar eloquente.
Para que o povo me sustente.
Sou político! Sou doutor! É do povo obrigação.
Contribuir para a minha alimentação.
Abram-me a porta do político manjar.
Eu, também quero o erário público esbanjar.
Sou um bom mafarrico.
Também, tenho direito a ser rico.
E embora não seja um facho?
Acho-me com direito ao político tacho.
E na actual, discriminativa política norma.
Gozar o povo em rápida reforma.
Logo após poucas palmas batidas.
Às partidárias políticas a este gozo instituídas.
Deixai-me ser parlamentar.
Para a velhice não lamentar.
E ainda novo e anafado.
No cantar do político fado.
Viver alegre e babado.
Como rico nababo.
À custa dos votantes.
Que não passam de nabos pagantes.
A este paraíso de políticos errantes.
Que por métodos aberrantes.
Sem políticas variantes.
Se legalizam em proteccionismos.
Que vão fecundando entre as populações abissais abismos.
E desumanas assimetrias sociais.
No expandir da irracionalidade destas políticas antisociais.
Mas eles, os políticos, dos gritos de igualdade.
Como nunca instituem a desigualdade..
E em rápidas reformas garantem o sustento.
Político vergonhoso alimento.
Escamoteado a quem por toda a vida tem que trabalhar.
E rudemente por um cibo de pão batalhar.
Para no fim da vida nada usufruir.
Criminoso ruir.
O deste político instituir.
Desumano governo.
A fomentar na terra o inferno.
Por falta de estado.
Que ao mundo seja prestado.
Eduardo Dinis Henriques







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