sábado, 6 de junho de 2009

A Pedra e o sistema




Esta pedra, do que honradamente foi deixado, vai restando ao implantado novo sistema. Que passa a vida a resmungar, monologando, de sócio para sócio, do mesmo sistema. Mas sobre a Nação, A aflição dos mais necessitados, obrigados pelo novo sistema a vegetar no actual fosso de sociais assimetrias, nada é dito nem feito. Mas o desgraçado, com este novo sistema, de dia para dia, mais se afunda no fosso. Enquanto os membros do sistema vivem como nababos.



PEDRA

Pedra! Quanto sangue por ti vertido.
E lágrimas derramadas.
Para que fosses Portuguesa realidade.
Num todo de nacional sentido.
De armas aclamadas e honradas.
À nova nacionalidade.
Pedra! De Guimarães, para lá do Adamastor.
Venceste o horizonte profundo.
A novo mundo navegaste.
Da Cruz de Cristo foste o pastor.
Ao longínquo que chegaste.
No teu zarpar ao mundo.

Eduardo Dinis Henriques

PEDRA

Pedra! De filhos de una bandeira!
De castelos! Para lá do oceânico elemento!
És parte deste universo de infindas transformações.
No todo da humana esteira.
Ao universal crescimento.
Pedra! não expurgaras em humanas maquinações!
Em glória! Venceste o tormentoso.
A fé divina! Às gentes transmitiste.
Em teu navegar talentoso.
Mundo desconhecido uniste.
Pedra! Teu falar expandiste.
Pelo mundo a tua cultura legaste.
Não haverá mal que te conquiste.
Pois com Deus! Sempre chegaste!
Ao encontro que previste.

Eduardo Dinis Henriques
PEDRA

Estagnado nesta crise de carência
De gente que não se investiga.
As palmas lamento!
Armas e flores vermelhas.
Quanta desgraça e morte?
Em todo o mundo português.
Insidiosa cedência.
Que, tanto inocente castiga
A este viver sem alento.
Entre despeitadas muralhas
de falido forte.
Aberto a qualquer freguês.
Eduardo Dinis Henriques

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