segunda-feira, 1 de junho de 2009

O mundo no seu melhor



O mundo a espelhar o novo pilítico colonizar.


No meio de tanta acusação, de que lado está a verdade?
O facto, é que cada vez temos menos nacionalidade!
O desemprego, é o que se vê.
De dia para dia, aumentam os pobres!
As sociais assimetrias, cavam abismal fosso!
Mas, tal mascarada carnavalesca, as trombetas saem a rua, em mutuas acusações e difamações. Com a politicagem a gastar o que resta de quem trabalha.


CALUNIA
Tantos encanudados
Sem nomes prestados
Doutoralmente são chamados
Bando de caluniadores
Em comunhão de mentirosos
Falsos pregadores
Como sois odiosos
Da calunia não sois castigados
Os injuriados dão-se por distraídos
Invocando outros acusados
Que também não ficam contrariados
E assim a republica vive caluniando
Ou do mandante lixo vai exalando as verdades
Que a política vão minando
E espelhando as suas hipócritas falsidades
Motivando as abstenções
O descredito das instituições
O repúdio das políticas administrações
Mas as prisões só dos pobres estão cheias
Almas de indignados
Amordaçadas em políticas teias
Porque à calunia não ficaram calados
Homens chamados por seus nomes
À honra foram ajuizados
Não têm direito a cognomes
Eduardo Dinis Henriques


CANTOS
Lírios, rosas ou cravos.
Amores e agravos.
Flores deslumbrantes.
Em sonhos de tantos amantes.
Órgãos de aromas de infindos ninhos.
Pedúnculos cravados de espinhos.
Ao destruir de construtivos sonhos.
Paleta de múltiplas cores.
Ao celeste perenes odores.
Bálsamo aos sofredores.
Pétalas ao amor dos apaixonados.
Lágrimas dos desirmanados.
Ofertas aos santificados.
Derradeira coroa dos que foram amados.
Verdes campos de menino.
Aos egrégios canto meu hino.
Áridos baldios por falta de tino.
Negro floreado destino.
Trombeteiros deste aleivoso floreado.
Que o povo traz ruinosamente enleado.
Humanizai por um momento.
Olhai nos campos o movimento.
Voluteiam ao mar mil bandeiras.
Mas não são a Portugal obreiras.
Mas suas malignas cores calaram as ceifeiras.
Pararam as debulhadeiras.
Mas atearam destrutivas fogueiras.
Regaço milagreiro.
Aonde resta teu celeiro?
São estas flores senhor.
Da traição o penhor.
Eduardo Dinis Henriques


TEMPO PERDIDO
O homem alucinava.
E tudo no mundo revolucionava.
Não havia lugar.
A humano comungar.
Neste infernal tumultuar.
Não se via o luar.
Tudo era vazio espaço.
Sem encontro sem abraço.
A chuva não molhava.
O sol não raiava.
O horizonte fino e anacrónico.
Avisava um fim atómico.
Na cinzenta cor do frio.
Seco morria o rio.
O fundo de vermelho tingido.
Lembra a falta do terreno ungido.
Perdido laço.
Abertura de aço.
Intróito de outra esfera.
Sem esta humana cratera.
Tétrico átrio.
Sem raia de pátrio.
No espelho do vivido.
Deste mundo incompreendido.
Resta a terra já sem acre cheiro.
Nem humano companheiro.
Eduardo Dinis Henriques




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