segunda-feira, 4 de outubro de 2010

REPÚBLICA

REPÚBLICA

Nos últimos anos da monarquia.
Vivida em política completa anarquia.
Os homens lutam por uma força salvadora.
Que desse há Pátria uma política criadora.
E assim, a república floresce.
E ao todo português cresce.
E a cinco de Outubro de 1910, é por Portugal vitoriada.
Pelo povo alegremente cantada.
O qual, pedia uma vida mais reconhecida.
E humanamente merecida.
O lema, era instrução e igualdade.
Em gritos de liberdade.
Mas tantas eram as ideias.
E tantas as políticas teias.
Que os governos sucediam-se.
E as causas perdiam-se.
Por entre alguns espasmos de crescimento.
Que brotavam do político tormento.
As tropas amotinavam-se.
Ou gladiavam-se.
De todos os políticos sectores contra o governo urdia-se.
E Portugal perdia-se.
O povo esfomeado.
Via-se nesta política teia enleado.
Sem governos capazes, faliam as finanças.
Gorando as portuguesas republicanas esperanças.
As nações estrangeiras.
Tentavam açambarcar as nossas fronteiras.
Quase se perdia o Ultramar.
Desta Nação outrora aberta ao mar.
Que deu mundo ao mundo.
Ao navegar sem medo o mar profundo.
Até que foram chamar o Salazar.
Para por cobro a tanto mal fazer e azar.
Este estadista!
Talvez de Portugal o político mais altruísta.
Agarrou forte no nacional timão.
E como se de ferro fosse a sua mão.
Formou nacional e couraçado governo.
Mas livrou Portugal de nefasto inferno.
Às finanças deu valimento.
Ao povo vencimento.
Nem tudo eram rosas. Mas nem tudo eram cravos.
E os agravos!
Eram poucos, comparados com a felicidade.
Do continuado crescer à universalidade.
Embora com muita gente ainda a viver de esmolas.
Nunca em Portugal se abriram tantas escolas.
Liceus, Ensinos industriais e comerciais.
A dar à juventude mais valências.
Como nunca, à república se deu seguimento.
E tentou-se alastrar o ensinamento.
Nunca Portugal, foi mundialmente tão respeitado.
Dada à honradez e força do seu Estado.
De todo o lado vinham ilustres visitantes.
Rainhas, Xás, Ministros e Presidentes de Nações importantes.
Mas nem sempre o mundo, procura políticas de estabilidade.
Que reforcem a legalidade e a nacional moralidade.
Em universal criatividade.
Que se ia construindo.
E instruindo.
E nas possibilidades do tempo, concretizando.
Ao todo que a melhor mundo se ia realizando.
O Tejo, era um vai e vem de embarcações.
A fervilhar de internacionais transações.
Nas aldeias corriam crianças.
Há verde e rubra republicana bandeira davam esperanças.
Infelizmente, há sempre inveja e política ganância.
A minar a política decência.
Assim, nasce a abrilada. A novo republicano florescimento.
Mas infelizmente, foi uma cilada a enfraquecer o crescimento.
Foi uma liberdade que não floresceu.
Nem socialmente cresceu.
Ao todo da nacionalidade.
E com o tempo, mais acentuou a social disparidade.
Em abissal fosso de assimetrias sociais.
Criadas na força de políticas incongruentes e irracionais.
Que sem trabalhar
Nem pela Pátria batalhar.
Tudo prometia ao povo que delirava.
E contente com vivas rejubilava.
Mas a festa não floresceu ao nacional melhoramento.
O argumento não era de cabal valimento.
Foi o abrir de portas a uma política vingativa.
Sem qualquer política forma administrativa.
Foi o reabrir de barricadas.
O recolocar de novos nomes nas fachadas.
O fomentar de saneamentos.
O carpir dos verdadeiros republicanos sentimentos.
Foi o caos e a desordem a fomentar a descolonização.
Em completo atraiçoar da Nação.
Criminoso negar do direito das populações.
O levar a um total desacreditar das instituições.
A nação em chorado lamento.
Tomba em sofrimento.
Tantas são as políticas ciladas.
Das continuadas políticas palhaçadas.
Num total abrir de portas a corrupções.
E humanas violações.
Que ao pobre limitam.
As manobras que as leis facilitam.
Criadas nestas políticas aos seus círculos eleitorais.
E não aos comuns interesses nacionais.
Chega de prometimentos.
De falsos juramentos.
República! Abre os teus fraternos braços.
A abranger a Nação em teus abraços.
Não deixes que sejam só os políticos a comer de semeado.
Que por teus braços ó República foi criado.
República institucionaliza a igualdade.
E então República! Grita enfim liberdade.
Eduardo Dinis Henriques




















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