sexta-feira, 9 de julho de 2010

BRANCA FOLHA


Do Céu, miriades de estrelas.
Taís incandescentes velas.
Sobre infindas cores brilhavam.
E a minha folha em branco, iluminavam.
Enquanto eu, olhava perplexo.
A luz e a cor do universal amplexo.
Atento ao meu braço.
Que na força do cósmico abraço.
Sobre o branco da minha folha. Restava imobilizado.
Como se tudo, já tivesse sido realizado.
E nada ao branco da folha, eu pudesse acrescentar.
A não ser observar, sem o espectáculo violentar.
Neste êxtase. A mente o corpo não socorria.
E sobre a branca folha, somente o meu suor escorria.
Como se a minha vida.
Não tivesse sido vivida.
E nem uma branca folha, merecesse a sua história.
De infortúnio ou glória.
Branca folha, resta em ti o soro do meu transpirar.
As lágrimas do meu suspirar.
Que em extasiante loucura.
Não consegue na tua brancura.
Descrever a beleza do cerúleo.
Deste universo hercúleo.
Eduardo Dinis Henriques







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