domingo, 11 de outubro de 2009



O NOSSO POVO, que a tudo estende a mão. Assim, como também, as deixa ficar nos bolsos. Na incongruência de nocivas e grosseiras influencias políticas, tem-se vindo a degenerar. E no vegetar a que é obrigado, na força das actuais maldosas e discriminatórias insurreições políticas, que somente correm a tachos e compadrios. Em vergonhosa política vivência, de mútuas e escandalosas acusações. E insinuações, que depauperam e desacreditam a legalidade, honestidade e moral da actual família política. Facilitando assim, todo este malfadado aparato político, o conluiado descalabro e pecaminoso caminho da corrupção e da desordem. Nesta decadência, que progressivamente vai arruinando o país. E forçando na decrepitude do político prosaísmo. E da muita política mistificação o agravamento da crónica doença do povo.
Este nosso povo, umas vezes pacato, outras insubordinado. Virtuoso, mas repleto de vícios grosseiros. Calmo. Mas também, brutal. O qual, na dependência de utópicas promessas, deixa de trabalhar, para passar a viver do instituído subsidio à malandrice. Propina a fortificar a preguiça e a acicatar o egoísmo avarento e mesquinho. Dinheiro fácil, labareda a incendiar carne fraca, a estimular ao cinismo e a esporear a mente criminal. Gorjeta, que perversamente vem perverter aqueles, que ainda neste inferno, estendem as mãos a condigno e honroso trabalho.
Corja de oportunistas, a sugar em Pátria bandeira, que briosamente, nunca defenderam.
Dadores de esmolas que acicatam o povo à pratica de actos imorais. E à criminalidade da pecaminosa liberdade da mentira.
O povo, assim como as administrações políticas. Espelham-se mutuamente. São a cara, de um mesma fisionomia. São a voz e o eco, da mesma vivência. São o grito ou a surdez, do progresso ou do aniquilamento. São um todo a Nação. Ou um todo, a caminho da dependência. São a maquina criminal, da aniquilação de históricas fronteiras.
O povo, no seu todo, e na fúria da sua promiscuidade. Rapidamente perde o norte, o caracter e o bom senso. E ensurdecido no contágio do maléfico. Desordenadamente, esquece quem ao todo foi nobre. E assim, perdido, segue o grito espúrio. Junta-se na cobiça de maior gamela, à sua ralé. Espelhado no todo, é parte integrante da mistificada injuria. É a peçonhenta voz, que vem denegrir quem trabalhou no caminho do bem, a uma consciência de mais humanização e moral.
Mas este povo, assim como o seu espelhado político, que tão depressa, despe o casaco do seu primeiro grito. Como logo traja outra qualquer farpela. E assim, couraçado em nova armadura, no egoísmo de maior gamela, vagueia por todas as gritadas ideologias. Actualmente desvirtuadas e desprovidas de saudável, criativo e benfazejo idealismo, na força da gritaria materialista e do sectarismo bazofiado a pessoais enriquecimentos, pelos seus sectários lideres. Que, facciosamente gritam a mais brilho, a reflectir pelo já fracturado espelho. Cansado de espelhar tanto falseado brilho. Nocivo reflexo. Que dia a dia, raio a raio, vai escurecendo o caminho de melhor comum advir
Mas infelizmente, é toda esta amalgama, toda esta força inconsequente, sempre a contradizer-se. A blasfemar e a benzer-se. A denegrir e a lisonjear, o que conhece, e não conhece. Mas por torpe egoísmo, sempre a movimentar-se no rumo do caminho mais falseado. E do reflexo, que mais vai estilhaçando, o já, tão injuriado espelho. Haja bandeiras no ar. A cor, é irrelevante é indiferente. A massa, até é daltónica O importante, são as promessas, de todos virem a ser doutores, à sombra das bandeiras aplaudidas, por doente multidão, que vai sucumbindo à epidemia das mãos nos bolsos. Para toda esta massa de gritaria. Para estes números, em filas a outros números. Para estes amontoados de cruzes, a estiolarem a luz a benfazejas urnas. O que interessa, é o grito. No meio deste silencio ensurdecedor. Assim, sem consciência do seu acto, lá vai desordenado o gritado desvairado de forças. Inconstantes, inconsoláveis e imprevisíveis. Tanto caminham com velas ao Divino. Como com varapaus a criminais matanças. Dependendo a sua acção, da força e do interesse do reflexo do seu aplauso, no fosco espelho da infligida promiscuidade.
Mas infelizmente. É esta divinizada ou satanizada massa de crentes, ou de ateus. Que glorificam ou maculam, a sua história comum.
É esta massa, a força criadora da glória de um Império.
Ou a traiçoeira armadilha motivadora da queda do constituído Império.
Mas, neste todo, a massa, para além da sua crónica doença. Na incongruência da actual sociedade. Caminha estupidificada. Não vê, que somente, enche a gamela dos raios, que nas suas falsas farpelas ideológicas, vão violentando os fracos estilhaços do tão atormentado e constrangido espelho. Enquanto a massa, agora inerte. Deambula sem direito a gamela. Levando na mão, quebradiça e vazia malga, a esmolar a sopa do Barroso. No grito, entornada.
Já nem consegue enxergar, que não virá a ser doutor. O grito, já reabre escolas técnicas. Enquanto abrilhanta a designação das profissões. A vulgar criada. Passa a chamar-se: pomposamente, técnica de limpeza. Mas o varredor de ruas, para gastar menos vassoura e aprimorar a sua profissão. Não é entusiasmado a licenciar-se em energias eólicas.
Desvairada, cansada de promessas, a falange que segue com as mãos fora dos bolsos a melhor rumo. Como nunca, imigra.
A restante, continua a ser amalgama a votos. Ou a massa, que desvirtua grito, na vergonhosa verdade da vencedora abstenção. Os votados, em engendradas leis à auto promoção. Valorizam os seus desproporcionados salários. Enquanto o trabalhador, é forçado a viver na dependência de miserável paga. Os votados, para si próprios, promovem leis que legalizam chorudas e rápidas reformas. Mas o trabalhador, tem que labutar a vida toda, para usufruir vergonhosa reforma. Os votados, aos seus interesses, formalizam e organizam subsídios, que cobrem praticamente todas as despesas. Mas o trabalhador, esse, como nunca, é tão pecaminosamente desrespeitado. Do seu parco rendimento, tem que fazer frente às suas despesas. E pagar o cibo de pão, que parcamente lhe enganará a fome.
Não à duvida! Estamos estupidificados! Cobrimos de ouro e regalias, quem nos força à pungente escravatura.
Eduardo Henriques

CERÚLEO
Caminho como votante número.
Mais cego que Homero.
Sou grito de Traição.
A morte, da nacional filiação.
Trajo farrapos.
Feitos na cor de mil trapos.
Mas cobro de ouro, quem me escraviza.
A chorar, a quem a humanidade diviniza.
Tu! Que tudo espelhas cerúleo.
Em cristalino raio hercúleo.
Traz a esta gente, novo brilho.
Para que, construa humano trilho.
Que espelhe, verdadeiros raios de solidariedade
Sobre esta sofrida humanidade.
Eduardo Henriques

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