quinta-feira, 1 de outubro de 2009

MAIS SABER MENOS COMIDA










Mais um espaço do mesmo. O prato, está fechado na manjedoura das políticas. Já nem tripas Há. O porco é sintético. E as políticas desumanas.

LUGAR
Curvado Não é curvo
Mas a distancia é sempre circular
E o longínquo à vista é turvo
Não dá para até lá pular.
Nem para saltitar
A idade não estaciona
Caminha sempre a debilitar
O lugar do tempo assim nos pressiona
A esta regra infalível temos que caminhar
Depois de cansados de gatinhar
E como tudo de um todo é oriundo
Horizontalmente nos elevamos
Sem no todo do mundo
O calendário da vida anotarmos
Erectos em desconexos projectos deambulamos
E tudo contornamos
Para a mais saber chegarmos
Entre rezas mesinhas e bruxedos
Crucifixos e amuletos
Lá vamos na linha da vida cheios de medos
Vestidos de preconceitos e conceitos obsoletos
Rectiliniamente escrevemos
E praticamente tudo medimos
Algo tememos
O circular sentimos
Mas caminhamos ao milímetro
Num todo sem circular metro
Embora a idade seja em tempo medida
Ainda acompanha a era do quadrado
Por conveniência urdida
Embora a íris seja redonda
Como a gota que forma uma onda
Assim como tudo o que nos circunda
Sem redonda ser de alguém a sua corcunda
Curva é a recta da loxodromia
Mas recta na curva é a ortodromia
Mecânicas de posicionamentos e distancias
Enquanto o corpo ao tempo vai curvando
Na verdade das vividas circunstancias
A que nos força o tempo que sempre vai mudando
E crescendo enquanto vai andando
Eduardo Dinis Henriques

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