sábado, 3 de outubro de 2009

ABASTARDAR



Para comer, ser-se obrigado a mistificar a vida. Deixar-se de dizer as coisas, tal e qual, como nos parecem justas. Ter que andar de salamaleques com patifes e delinquentes, que entre muitas divulgadas faltas, ainda apregoam a conveniente frase “ POLÍTICAMENTE CORRETO” para desculparem ou permitirem as mesmas faltas. Calar e perdoar culpas desvergonhadas, que por todas as esquinas, são grosseiramente divulgadas. Depois de publicamente terem sido delatadas. Sem que o difamador ou o presumível criminoso seja punido, e uma vez por todas, arredado da vida pública. Para que o pobre, também tenha direito a bons salários. E as mesmas condições de reforma, politicamente instituídas para os políticos.
E no respeito pelo consagrado na constituição, direito a comer.
Esta desfaçatez e assimétrico projecto de vida, será: DEMOCRACIA ?
Não é! Este jugo, às actuais albardas convencionais. Não querendo ser juiz pago. Nem moralista de conveniência. Mas no respeito pelo meu semelhante, esta vergonhosa postura, não é mais, do que covardia e hipocrisia.


BASTARDO

Será que? O que é! É?
Ou será que? O que não é! É?
Quem sabe, até?
Se, no meio de tanta contrafé.
E tanto bebedor de café.
Neste mundo de pouca fé.
Em que, impera o português do boé.
Na política de um assolador Noé.
Figura negra disforme e chué.
Inebriada em coca e capilé.
A qual, nos obriga a andar de boné.
Com a pala virada à ralé.
Como simples marioneta xoné.
Enquanto, nos vai tocando oboé.
Em duplo e nasalado banzé.
Causticando aos ouvidos do pagante Barnabé.
O qual, débil na pele de André.
Vê o país submergir em diluviano fricassé.
Na força de quem, não foi deitado ao bidé.
Pela senhora, que no canapé.
Conspurcado de nauseante chulé.
Em recôndito e prostituto chalé.
Às escondidas do seu amado Tósé.
Nos braços de um qualquer xexé.
Gera o bastardo de tão nefasta maré.
Que nos obriga a andar a pé.
Enquanto ele em bons carros, gasta o nosso pré

Eduardo Dinis Henriques.

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