quarta-feira, 4 de março de 2009

O MUNDO CAMINHA MAL


A revolução Francesa. De raiz Francesa. Mas de significado mundial. Nasce na causa do despotismo, da brutalidade com que então as forças reinantes espezinhavam os concidadãos. O mais pobre, por todos era delapidado dos magros conseguidos. Com impostos, taxas e senhoriais feudos. Para os mandantes e os seus protegidos, esbanjarem em senhoriais Palacetes, bailes e beberetes.
A má vida, não era causada pelas naturais dificuldades do trabalho. Era sim, causada pelo inumano sistema reinante. Que não reinava.
Não havia viva Alma que se entende-se. Mas no inferno deste fosso de sociais assimetrias. As armas por si, foram erguidas.
A revolução caminhava pela revolução.
Pois todos tinham o medo e a certeza do descontentamento geral. Os gritos não eram contra ninguém, surgiam e repercutiam o eco no natural movimento da incerteza no futuro. Todos queriam precaver e assegurar o cibo da sua malga.
Pois até então, o sistema mandante, somente obrigava e permitia que, por meio de sistemas obscuros e proteccionistas. Fosse sempre o mais pobre, as gentes produtivas, a pagar todas as crises.
Hoje, no planeta, vivem-se os mesmos medos. Os mandantes, para os pobres, no proteccionismo dos compadrios, não conseguem dinheiro que permita humanos meios de subsistência . Mas, para a alta finança, que tem vindo a delapidar e a poluir o planeta. Logo surgem os milhões. Milhões, que são pertença das gentes produtivas.
A politicagem das ultimas décadas, por incapacidade cultural, ou por falta de rigor no exercício do mandato. Ou simplesmente por falte de moral e honestidade, é a causadora da actual planetária fome. Do planetário desassossego.
Situação que, mais uma vez, excita ao natural movimento da humanidade.
O ar, já cheira a sangue. Muitos rostos já são cadavéricos. Neste outro, semelhante inferno. A humanidade, no peso das incongruentes reinantes políticas. Caminha sem o querer nem saber, para uma revolução mais sangrenta. Imposta pelo jugo de quem a reinar desgoverna. Dando assim caminho à natural demanda de um sistema humanamente mais justo.
Reparai no recente caso da Guine. Neste trágico retroceder à barbárie. Em pleno século XXI. Não no ceio dos desprotegidos. Mas sim, no meio político, é assassinado um Comandante Chefe das Forças Armadas e um Presidente da República.
Em Portugal, na ultima revolução, foram ofertados mundos e fundos. Mas infelizmente, caminhamos de cavalos para burros. O desemprego é brutal, o trabalho é precário. A justiça é lenta. A fome grassa e a insegurança atemoriza. Serão isto benfazejas melhorias?
A politicagem essa, distanciada dos concidadãos, em pouco tempo de mandato. Consegue reformas muito a cima das possibilidades nacionais.
Mas para o desgraçado que trabalha, as políticas leis, forçam-no a andar até às últimas, para ter direito a cinco Réis de mel quando. Será isto igualdade?
Segundo a imprensa escrita, são cada vez mais as famílias sem água nem electricidade.
Segundo a mesma fonte, só em 2008, a Epal, efectuou 10.660 cortes de abastecimento. Será isto progresso?
No interior de Portugal, em muitas aldeias, não se ouve o rir de uma criança.
Até mesmo Lisboa, à noite, dá ideia de uma cidade deserta. Por todo o lado o descontentamento. Uns a gritar pelo malvado Salazar. Outros a quererem a nacionalidade Espanhola. Qual será a causa desta incongruência ?
Triste destino desta universal Nação.


GUIMARÃES

Guimarães!!! mundo de horizontes!
Ontem muralha de senhorios distantes.
Ténue arrabalde de outras cortes.
Teus braços de feudatário eram a ruína…
A quem, a Pátria já opina.
E aos seus, a liberdade destina!
No horizonte, o sol… Novo dia avizinha!
Aquece quem caminha!
Embrandece… Quem definha.
No berço, grita uma criança!
As muralhas nuas de seu suor e crença…
Aguardam a sua tença!
Enquanto o povo no terreiro…
Forma albissareiro…
As boas novas do guerreiro!
Na espera, desespera quem sofria.
Na forja… O aço esfria!
Urge braço… Valentia Pátria!
O tempo abraça... A formação é fraternal!
Elos ao desígnio... Comunhão divinal!
Um todo... Ao hino nacional!!!
Cresce o Infante que domina!
Segura na mão… O montante… Força divina!
Que, ás cinco quinas atina.
Jura aos seus estandarte e bandeira.
De Guimarães! Ao mundo… Ondulante companheira!
Diligente à Cruz de Cristo… É-lhe obreira.
Guimarães! Ao mundo foste colossal!
O sal do mar! Não te foi abissal!
A quilha firme! De rumo universal!
O despontar do longínquo abismal!
Não foi só, mercado animal!
Ás esclavagistas grilhetas do mal!
Serviu a Deus! No encontro das gentes.
No aproximar dos continentes:
Serviu as gentes! Ao servir as mentes!
Oh Portugal!!! De atlânticas areias!
E castelos de mil ameias!
Ao mundo… Ainda hoje candeias!!!
Guimarães! As pedras não findam!
Os astros: Circundam.
No espaço, cedo ou tarde abrandam.
Quem sabe… Se a fecundar?
Para ao mundo dar…
O mesmo mandar.
Do egrégio Guimarães!!!
Que ao mundo… Lançou nobres capitães!
Nas velas, espada, Cristo e pães!!!
Eduardo Dinis Henriques

INFANTE D. HENRIQUE


Longe, para lá do mar.
Sentado em meu patamar,
Vislumbro mundo sem fim.
Falta ainda o instrumento!
Que do mundo enfim...
Dê cabal conhecimento.
Disputa o mar com o vento
As areias da praia.
O mercê… vencido...
Logo espraia.
No movimento... Obedecido.
É novo mundo… Que raia...
Ao evolucionar… Merecido.
Neste olhar aos elementos.
Emergem os ensinamentos.
Enrolam-se nas naus... Os valentes!
Em demanda de outros continentes.
Armam-se as velas aos ventos.
Nas salgadeiras... Os alimentos.
A cruz de Cristo... Ergue o religioso.
Da palavra de Deus... Oficioso.
Velas e almas...
Desafiam quimeras.
Lágrimas salíferas.
Saudades que desesperas.
Vento que o mar não acalmas.
Não vences a fé dos navegantes.
Nas Naus… Velejam gigantes!
Sol e calmarias.
Ao mundo as novas tardarias.
Escorbuto... Que tantos matarias.
Zagaia... Em negro mão.
Coração... Ainda sem sermão.
Africano meu irmão.
A luz... Nem sempre é a verdade...
Da sombra... Na realidade.
A liberdade… Nem sempre dá a faculdade.
De na vida, auferir… Igual oportunidade.
Nau da autenticidade.
Mil ondas choraste.
Enquanto o mar rasgaste.
Foste comercio e escravizaste.
Foste a chegada... Evangelizaste.
Deste do mundo mais saber...
Na tua força de perceber.
Na ingerência... Não aculturaste.
Nem aniquilaste.
Nativos que encontraste.
Os cultos respeitaste.
Edificaste... voltaste.
Mas já mais largaste!
De novos mundos… Teu coração.
Que ao mundo… Foi oração.
Neste navegar de aproximação.

Eduardo Dinis Henriques

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