sexta-feira, 13 de março de 2009

Não será o sal do pão a matar os portugueses


Se o país continuar com estas políticas criadoras de assimetrias sociais. Com políticos e empresários que não constróem riqueza. Mas ganham muito para além das possibilidades nacionais. Não será o sal do pão a matar os portugueses. Mas sim a falta do mesmo.

PARLAMENTO

Como é triste o destino do homem
Obrigado a caminhar
Na vida
De sentidos acorrentados!
Olhar… Sem o direito a ver.
Ouvir… Sem poder falar.
Sofrer… Sem poder gritar.
Andar… Sem direito a rumo…
Tal destino de besta.
Só barriga.
A qual, na fome, para seu sustento
Come de tudo, que, lhe atiram
Ou deixam na manjedoira.
Negra esta sorte.
Ontem… Não fui preso
Nem fugi à Nação.
Não sou dotado a fruir
Do actual funesto estatuto.
A política da abrilada… Não me aleita.
A sociedade enganada não me aceita.
Sou de outra era… Não nego…
Nem digo mal de ontem…
Para andar na ribalta de hoje.
Dignos e ilustres eruditos.
De tempos outros.
Ao longo dos anos,
Foi o vosso sábio saber
Baluarte desta Nação.
E, por todo o mundo respeitado.
Hoje, no medo, vossos dignos nomes
Esta gente tenta
Por todos os meios esconder.
E, no exercício de uma politica
Maquiavélica e engenhosa
E, manhosamente aplicada denegrir..
Tudo o que por vós foi feito.
No entanto, não têm escrúpulos
Nem vergonha em comer e viver do que vós…
Dignos mestres… Em saber, criaste
E defendeste.
Hoje, noutro saber, de nefasta ciência e efeitos,
Vive a tua gente em desgraça.
O espaço é outro… Não há valores.
Os eleitos de hoje… Lá por dizerem merda,
Em publico, para o publico nas muitas eruditas
E culturais cavaqueiras em televisão…
Já se julgam, por tamanha valentia e proeza
Eruditos e cultos de requintada beleza.
É, a moderna visão do respeito e educação.
Assim, no seguimento da mesma linha de pensamento
E igual berço de cultura.
Aplaudindo este douto… Saber de hoje.
Os não menos dignos e eleitos
Interlocutores e membros destas distintas
Assembleias, consideram-se por tal proeza
Do aplauso eruditos e cultos.
E membros do conjunto de igual merda.
Neste espaço de cultura, tolerância e liberdade.
Que, doutos doutores e militares, impuseram ao povo
De Portugal.
Vivem as populações em completa desonra.
O servilismo a outros, com outros sistemas…
Políticos, económicos, sociais e culturais.
Assim, como o caminhar na ignorância.
Foi a força desta nefasta abrilada.
Deixando na estrada o sentido do dever nacional…
Que, em honra e dignidade expandiu esta Nação
De cinco continentes.
Hoje, servimos e pagamos, a quem, vestido na farda
De El Rei Dom Afonso Henriques.
Mui nobre e valente fundador desta Nação.
As suas Armas jurou servir e honrar.
Nada foi respeitado. E, em prol de outros conceitos…
Com esta gente, de mil caras, envoltas
Em vergonhosa bruma de juramentos esquecidos.
É Portugal… Obrigado a viver no servilismo
De outros interesses.
Outros políticos são eleitos… Todos doutos doutores.
Todos vieram de fora
Para ajudar na derrocada da Nação.
Falam em liberdade, mas põem a ferros
Quem defendeu a Nação.
Todos são cultos intelectuais… Todos são
Unanimes na defesa das suas gentes.
Mas, o pobre, já é, mais pobre…
Só com a presença
Em Portugal
Desta gente miserável.
Hoje, rico é o político.
Todos gritam liberdade… Todos estão no hemiciclo.
Para ganhar. E, aos gritos e sorrisos com palmadinhas
Nas costas e jantares marcados.
Lá vão
Dando andamento no parlamento.
Isto quando não andam
Nas passeatas de fraudulentas
E comprometedoras viagens.
Assim, é este parlamento
De tão tristes imagens.
Não há consenso.
Umas vezes, rude. Outras, com o respeitoso
V. Excia. senhor deputado. Se me permite,
Vou discutir o orçamento…
Agora, e já. Que se dane a agenda.
Que se trame a especialidade.
Nós temos o poder… Nós somos os melhores…
Somos os eleitos deputados…
Temos direitos.
E, temos direito a mais dinheiro.
O povo que pague.
Ou abre-se os cofres e vende-se o oiro.
É outro, o saber a falar…É o novo poder a impor
As suas prioridades.
Da resolução dos graves problemas que afectam
O País e a sua gente, a divina providência
Que se encarregue.
Pois ninguém veio ao mundo
A seu próprio pedido.
Ou por ordem do parlamento.
Assim, anda o país. Com todos a afirmar impor
A igualdade de direitos para pobres e ricos.
No entanto, nada fazem, a não ser gritar e discutir.
Entre si, ou de partido para partido.
Aprovam e desaprovam… Mas sentados ficam
Em cima da lei. Que, foi criada por outros, mais dignos.
Em defesa dos bons costumes.
Mas como tal termo já não faz sentido.
O teor da lei é outro, na justiça de hoje.
A qual parece unicamente legalizar
O envio à cadeia do pobre desgraçado… Do ébrio…
Do triste sem casa… Que, mija na rua de uma cidade
Já sem urinóis.
No entanto, estes homens… Que, sentados
Na lei gritam por igualdade de direitos,
Não deixam de aplaudir
Dentro do hemiciclo solene da nossa Pátria.
Deputada forasteira…
Que, impunemente no local de aprovação
Das leis deste país.
E na cara de quem as aprova…
Mostra os seus seios sem respeitar a bandeira.
Tantas foram as leis desrespeitadas, tantos os juramentos
Esquecidos.
E tamanha a carga de abutres…
Que, hoje, nesta Pátria,
Outrora de cinco continentes.
Vive muita da tua gente a ferro e fogo.
Filhos de tua terra são negados
E muito do teu abandonado povo.
Sobrevive da caridade.
Eu, sou simplesmente luso, não digo merda.
Para ser culto.
Não sou militar para ser General.
Sou sim, militar para ser soldado a Portugal.
Tão pouco entrego solo Pátrio
Ou nego seus filhos…
Para daí… Servir na política os interesses
De outras nações

Eduardo Dinis Henriques



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