sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

MAUS VENTOS


Portugal tem que instituir um novo sistema político. E chamar os políticos da abrilada á responsabilidade. Só assim, voltará a ser Portugal.

É um vergonhoso esbanjar.
Para os políticos do melhor manjar.
E com tanto cruzar de talheres.
Portugal já nem tem escaleres.
Só restam os cacilheiros.
A este povo de marinheiros.
Que em noite de infernal neblina.
Largou as velas a satânica bolina.
Aprisionada nestes ventos.
De rumos infestos.
A Nau de D. Fernando II e glória.
Resta desarvorada a lembrar alguma história.
Neste jugo de esbanjamento. Amarrada resta.
Sem ondulante festa.
Sem Alma! Sem querena!
Até o Tejo! A olha com pena.
E o marinheiro. Sem dinheiro para o cacilheiro.
Como solitário faroleiro.
Olha o rio das de outrora caravelas.
Hoje, sem velas.
Triste a recordar o passado.
Chora amargurado.
Por ter negado irmãos.
E estendido as mãos.
A estes nefastos políticos adamastores.
Que da Lusa encalhamento são cruéis mentores.
Eduardo Dinis Henriques

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