quinta-feira, 13 de novembro de 2008

OLHOS NOS OLHOS


Eles querem falas de olhos nos olhos. Como pombos enamorados. Mas para lá da olheira partidária ditadura. Do denso nevoeiro das actuais políticas discriminatórias. Quem tem a liberdade de perscrutar a realidade. Se, somente o pobre, é obrigado a navegar acorrentado à sineta da humana barbárie.










Em meu consciente, loucas saudades
Batalham de antigas felicidades.
Dos tempos das carroças e das belas diligências.
Dos bois, e dos cavalos. Das humanas urgências.
Das bicicletas e suas delirantes velocidades.
Na época desvairos de loucas inconsequências.
Da corrida às maquinas… Futuras paridades.
As quais, nas humanas Abrangências
E inseparáveis vaidades e futilidades.
Ao nascer do novo dia, findam retrógradas... Às humanas imergências.
No laconismo das humanas carências.
Veleidades neste queimar solar... Que, não permite volubilidades.
Nem aceleração superior a comuns cósmicas convergências.
Na ainda, humana insuficiência e biológica improficiência.
Saudades, dos alegres passeios em alamedas arborizadas!
Caminhos sem medos, a um progresso benfazejo.
Enquanto, se namorisca moçoilas de faces ruborizadas.
Que seus beijos eu desejo.
Caminho entre as carroças de velocidades ajuizadas.
No caminhar, chega a novidade! Mas, do passado... Resta ensejo!
O mundo, larga a rédea para vencer nas maquinarias.
A terra, é perfurada ao ferroso movimento.
Abandonadas nos prados, restam as alimárias.
Enquanto o éter se enturva no carbono elemento.
Findando assim, a era das amenas calmarias.
Do motor a dois tempos, segue-se o foguete ao firmamento.
Humano, é mundo! E mundo, é universo!
Que a todos dá o seu tempo, no comum caminhar
Em rota sem reverso
Até ao total consciente avizinhar.
Neste conduzir universal
De forças conjunturais.
Avançam planetas em rotas naturais.
E, ainda, outros em rota transversal
Ao caminho de objectivos Orbitais.
Na benignidade dos desígnios celestiais.
Tão longo caminhar, origina movimentos.
De mil escolhos à que desviar.
Mas no respeito pelos elementos
A rota não podemos transviar.
No cosmos, as multas são humanos padecimentos.
Não são o acréscimo de quem nos anda a vigiar.
Para sacar impróprios vencimentos
Lapidados em ministerial orgiar.
Um pequeno deslocamento ao cósmico sincronismo.
Tem por penalização o humano abismo.
No entanto, os terráqueos, na ânsia de alimentarem a velocidade
Não olham ás leis da gravidade, fricção, pressão e estabilidade.
Nem às forças da sua espiritualidade.
Assim, neste brutal absentismo.
O homem, necessita de petróleo para o seu maquinismo.
E marmóreo, e recluso do amealhar, ao ambiente não dá credibilidade
Rasga a terra, até ao derradeiro cataclismo.
Nesta prática de apadrinhado e infrutífero malabarismo.
Ao excitar velocidade entre peso, volume e calor, na terráquea irmandade
Suscita sideral disparidade
No todo sideral, e ameno progresso do humano ao universalismo.
Não há lei! Nem código! Que, aos grandes da terráquea comunidade
Não faculte a funesta liberdade.
De, em proveito próprio, lesar quem é obrigado ao completo mutismo.
Nesta conjuntura, a seca, e os maremotos, já não são novidade.
Os degelos, e os tremores de terra, são mera banalidade.
Problemas respiratórios, na conjuntura, padecem de igual fatalismo.
Enquanto o homem, continua na sua bestialidade.
De, não, tentar aprender e respeitar o cósmico comum servilismo.
Na terra, planeta deste sistema solar em movimento.
Para se poder circular, cria a politica força, novo código das estradas.
Sem melhorias à condução. Mas de pesados emolumentos.
No entanto, nas aldeias, vilas e cidades
Deste Portugal de egrégios antepassados.
Os carros atravancam direitos e propriedades.
Deixando ao peão, exíguos corredores nos passeios apertados.
Forçando o mesmo, a movimentos acrobáticos de imensas dificuldades.
Mas, o governo, não vê tamanha anarquia. Nem respeita os tratados.
Negando assim, a constituição. A qual, não permite tais barbaridades.
Vive o seu estado de graça. Sobre os que, o código traz manietados
Ao jugo dos artigos das novas e económicas penalidades.
Neste Portugal, de códices remendados e ultrapassados.
E de vielas repletas de sinaléticas coloridas, sem validades obedecidas.
Vive o cidadão no meio da estrada
Desarvorado em loucas corridas
Na demanda de segura beirada.
Nos tempos actuais.
Os passeios, são para os carros, e para os mastros dos sinais.
As estradas, são para os peões, que nelas caminham como marginais.
Nesta derrota de códigos e licitudes sem dispostos doutrinais.
No remendado velho código, a multa, é a vertente primária do estado.
Nada o mesmo faz: Pelo ensino, e prevenção na condução.
O tão falado códice, serve unicamente o governo instalado.
Ao cidadão, é desumana penalização.
Nada delega de bem ao condutor encartado.
Que nas precárias picadas deste velho Pais, na condução não vê condição.
Senhor condutor: seja a estas regras prestado.
Se, na estrada, há charcos abissais, ande com precaução.
Se, o carro cai em berma não sinalizada, Não fique desmotivado.
Pense no todo o terreno, e compre um carro com mais tracção.
Mesmo que fique endividado.
Ao sair de casa, repare no ar dos pneus da sua locomoção.
Mas, não saia de casa sem dinheiro! Pois pela certa… Será multado.
O estado, necessita do seu dinheiro e submissa colaboração.
Em politico saber, as transgressões são mais penalizadas.
Neste correr, a fáceis e fictícios lucros, os ilustres e sábios elementos.
Carregaram com mais ouro os velhos artigos das calçadas esburacadas.
Que ainda sobrevivem do tempo da tracção do jumento.
Nas terráqueas estradas, de um construtivo alarmante.
Morre o terráquea condutor agarrado ao volante.
Não por inépcia! Ou falta do viajante.
Morre-se sim, pela falta de honestidade e real garante
do paradoxal administrativo mandante!
Na capa das imunidades... Não Há forma ao construtivo.
Nada se faz de forma eficiente.
E na falta de moral, com mão de ferro, dita a lei o administrativo.
Que nada cria, na prevenção do acidente.
O tracejado das ruas, é vergonhosa pintura de cariz furtivo.
A sinalética, deixa o mais experimentado condutor demente.
O traçado, emparceira-se com o destrutivo.
Meu Deus, até quando tanto deficiente?
Deste circular de caminho abortivo.
Conduzir em Portugal, é rocambolesca aventura
Que a todos dá tristeza e amargura.
E a muitos, o futuro encurta
Como quem, simples flor furta.
Este velho novo código.
Que trata os condutores por malfeitores
Mais parece obra de mendigo.
Ou de um governo de possessos ditadores.
À nudez do códice, e patente ilegalidade.
Já se manifestam opositores
Sobre a constitucionalidade
Deste alfarrábio regulador dos condutores.
Os quais, aguardam, que a sobriedade
Lhe conteste a legalidade.
Eduardo Dinis Henriques

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