terça-feira, 5 de abril de 2011

O SOL JÁ NÃO ILUMINA

Agora é que eles comem tudo. Mas o povo, sem forças. E dos bens escamoteado. Sem sopas nem cajado. Na fome. Já nem canta. Engasgou-se no rilhar de dente com dente. Na fumaça. Que obscurece a iluminação ao encobrimento da verdade e da justiça.

O sol já não ilumina
Esta terra que domina.
Por todo o lado há trafulhice.
Político compadrio e pulhice.
Com os políticos a comer caviar.
Enquanto o povo, escravizado, vive a mendigar.
Malfadado desviar.
Só a morte, nos vem abreviar.
Do jugo destas oligarquias de malfadados partidarismos.
Que têm afundado Portugal aos mais abissais abismos.
Ou se no meio de tanto erudito.
Por milagre Bendito.
Aparece-se um messias analfabeto. Mas de coração português.
Que do compadrio e da pulhice não fosse freguês.
Porque estes encanudados de utópica e fraudulenta embriagues.
Só têm provado que as letras, podem ser terrível maldição.
Catastrófica e criminosa punição.
Do iletrado mas honesto trabalhador.
Que se vê obrigado a batalhar.
Para alimentar quem politicamente lhe cerceia o sustento.
Quem no saber das universidades nega nacional valimento.
A onde resta a igualdade?
Nesta maldita liberdade!
Que me acalenta a saudade.
De quando o povo era mais respeitado
Pelo seu estado.
Então mais prestado.
Não este pseudo estado aparelhado aos governos.
Que vai atirando Portugal para as fornalhas dos infernos.
Na força do jugo dos partidarismos.
E dos políticos compadrios e proteccionismos.
Conquanto vão negando a de outrora soberania.
Na imposição de nociva e partidária tirania.
Povo sem cajado.
Deambula aleijado.
Triste e andrajoso.
A sofrer desejoso.
Dos tempos dos carapaus com açorda.
Que a todos dava engorda.
E da bandeira! Que do alto, orgulhava!
E por todo o mundo ao sol brilhava!
Lusa Bandeira das Cinco Quinas!
Sem homens a teus castelos, em sofrimento agonias.
Eduardo Dinis Henriques

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