domingo, 6 de setembro de 2009

PAÍS CRUCIFICADO




È tanta a insegurança e descontentamento. E tão brutal e elucidativa tem vindo a ser a abstenção. Que, alguma coisa, corre mal.
Este país, já não tem sangue. Tal foi o derrame da cabidela política. Instaurada em nome da liberdade. E quem ficou fora do tacho, na desgraça deste destempero, aflitivamente, grita por Salazar. Ou esquecendo Aljubarrota. Anseia pela bandeira Espanhola. Na esperança de que a mesma, com mais igualdade, e benfazeja democracia, traga um pouco de justiça e amparo aos mais necessitados. Que, com cinco réis de sacrificados proventos. Na força das actuais democráticas desigualdades, se vêem, obrigados a pagar aos políticos, salários desconformes com a situação do país.

NACIONAL MORTALHA

Para cá do mar tenebroso

Que outrora nos deu impérios

Em navegar honroso

Sem medos de etéreos mistérios

Instaurou-se a mourama

E sem Pátria o sangue se derrama

De sul a norte

Vive-se a morte

Em grotesca sorte

A esta vida maldita

S. bento é a mesquita da desdita

Na força de políticas de nacional incongruência

É o ferro sem Pátria abrangência

No escravizar de quem trabalha

Política de doentia mortalha

A comer do granjeado no passado

Que injuriosamente vai dando por devassado

Na maledicência dos politiqueiros

Que de S. Bento

Encunhados em diplomas de doutores e engenheiros

Sem nacional benigno alento

Vão usurpando as nacionais riquezas

E minando as Pátrias mentes

Humanas fraquezas

Seres dementes

Mouros vendidos

Corpos ao infortúnio rendidos

De tantos Pátrios imerecidos

Em fronteiras desguarnecidas

Outrora nunca vencidas

Armas sem estandarte

Os vossos matais

Com ferro sem nacional arte

Neste escravizar de mortais

Eduardo Dinis Henriques 

 

 

 

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