È tanta a insegurança e descontentamento. E tão brutal e elucidativa tem vindo a ser a abstenção. Que, alguma coisa, corre mal.
Este país, já não tem sangue. Tal foi o derrame da cabidela política. Instaurada em nome da liberdade. E quem ficou fora do tacho, na desgraça deste destempero, aflitivamente, grita por Salazar. Ou esquecendo Aljubarrota. Anseia pela bandeira Espanhola. Na esperança de que a mesma, com mais igualdade, e benfazeja democracia, traga um pouco de justiça e amparo aos mais necessitados. Que, com cinco réis de sacrificados proventos. Na força das actuais democráticas desigualdades, se vêem, obrigados a pagar aos políticos, salários desconformes com a situação do país.
NACIONAL MORTALHA
Para cá do mar tenebroso
Que outrora nos deu impérios
Em navegar honroso
Sem medos de etéreos mistérios
Instaurou-se a mourama
E sem Pátria o sangue se derrama
De sul a norte
Vive-se a morte
Em grotesca sorte
A esta vida maldita
S. bento é a mesquita da desdita
Na força de políticas de nacional incongruência
É o ferro sem Pátria abrangência
No escravizar de quem trabalha
Política de doentia mortalha
A comer do granjeado no passado
Que injuriosamente vai dando por devassado
Na maledicência dos politiqueiros
Que de S. Bento
Encunhados em diplomas de doutores e engenheiros
Sem nacional benigno alento
Vão usurpando as nacionais riquezas
E minando as Pátrias mentes
Humanas fraquezas
Seres dementes
Mouros vendidos
Corpos ao infortúnio rendidos
De tantos Pátrios imerecidos
Em fronteiras desguarnecidas
Outrora nunca vencidas
Armas sem estandarte
Os vossos matais
Com ferro sem nacional arte
Neste escravizar de mortais
Eduardo Dinis Henriques
Sem comentários:
Enviar um comentário